quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cristo Jesus o Deus encarnado

Cristo Jesus o Deus encarnado


Texto: João 14. 6


Introdução: Esse versículo em que João registra as palavras literais de Jesus. Inclui três coisas que identificam Jesus Cristo como Deus. Pois são qualificações próprias de Deus. Neste versículo há uma distinção de pessoas.
Pois o Filho fala a respeito do Pai, mas não há entre eles distinção de essência. Eles possuem a mesma natureza, e isto é provado pelas coisas que Cristo diz ser.


I.                    EU SOU O CAMINHO
Os evangelhos nos ensinam que Jesus Cristo nos ensina e dirige no caminho que Deus quer que trilhemos (Lc 1.79); alem disso, as Escrituras nos ensinam que Jesus Cristo nos abriu um novo caminho (Hb 10.20); todavia, o texto de João 14.6 não está dizendo que Cristo nos ensina e dirige no caminho, nem que abre um novo caminho aos homens em direção ao pai, mas diz que ele próprio é o caminho.
Como o pai Jesus Cristo é Deus. O próprio Cristo afirma nesse mesmo capitulo que Ele é igual ao Pai, pois ver o Filho é a mesma coisa que ver o Pai (Jo 14. 8-9). Tanto o Pai quanto o Filho possuem atributos comuns. O pai não somente dá amor aos seus. Mas ele é amor. Assim também é o filho. O pai não somente concede bondade, mas ele é bondade. O filho também o é. Ora, o texto diz do filho aquilo que diz do pai, ou aquilo que Deus também é: o caminho. Aliás, a palavra caminho acabou sendo um designativo da pessoa de Jesus, pois Paulo perseguia aqueles que eram do caminho (At 9.2).
Existe não somente uma identidade de essencial entre essas duas pessoas de trindade. Mas há também certas coisas que elas fazem juntas. Não somente ele é o caminho que conduz as pessoas ao pai, como também o pai é quem conduz as pessoas a Cristo (Jo 6.37-44), a fim de que elas sejam completamente remidas. Por essa razão, podemos dizer como Hendricksen. Que Jesus é o caminho num sentido duplo:


1.1  Ele é o caminho para Deus chegar-se aos homens.
Jesus Cristo é a comunicação de Deus aos homens, Deus através de Jesus Cristo que é o Emanuel-Deus conosco. Em Cristo Jesus o Deus escondido se torna o Deus revelado. Pois ele é o caminho pelo qual Deus se chega e se torna conhecido dos homens. (Mt 11.27).


1.2  Ele é o caminho para o homem chegar-se a Deus.
O caminho inverso também é verdadeiro. Não há modo de os homens se chegarem a Deus se não por meio de Jesus Cristo. Ele é o ponto de ligação entre ambos. Essa dupla maneira de ser o caminho é possível por causa da dupla natureza que o nosso redentor possui. Ele pode ser o caminho de Deus para chegar-se ao homem porque ele é um com o pai. E então Deus se chega a nós por meio dele. Ele pode ser o nosso caminho para Deus porque ele é Emanuel- o Deus-conosco e então por meio dele vamos a Deus. Este é o verdadeiro significado principal de João 14.6.


II.      EU SOU A VERDADE
Toda verdade que conhecemos vem de Jesus Cristo. Todavia, o texto não está dizendo que ele tem a verdade, mas que ele é a verdade personalizada.
Jesus Cristo identifica-se com a verdade. Observe o que ele diz em João 8.32. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. É claro que aqui ele esta se referindo ás suas palavras. Então ele passa a identificar a verdade consigo mesmo. Quando diz, se pois o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (Jo 8.36). Ao mesmo tempo diz, que a verdade e o filho libertam. Ora, isso é possível porque o filho (Jesus) é a encarnação da verdade.


III.                EU SOU A VIDA
Todos os atributos cheios de gloria em si mesmos pertencem tanto ao pai quanto ao filho. A vida é um deles. Assim como o seu pai tem vida em si mesmo, Jesus também tem. Pois ter vida em si mesmo é algo estritamente divino (Jo 5. 26).
Nós recebemos vida de Cristo mais ele é a própria vida. Nesse sentido é que Paulo disse; Cristo vive em mim (Gl 2.20). Ou seja, devemos retirar de nós todos os resíduos da velha vida que permanecem em nós e que nada mais significa para nós que vivemos, plenamente, a nova vida em Cristo.


CONCLUSÃO:
A nova criação, suprema esperança de todos os redimidos, é o último ponto a que o Evangelho nos conduz. Logo será vista concretizada no céu; mas nós já temos o privilégio de formar parte dela espiritualmente. 
    Deus introduz a nova criação, não para atender a uma necessidade da nossa parte, mas para satisfazer à Sua própria natureza santa. Tínhamos necessidade de ser perdoados, justificados e restaurados por causa de todos os estragos causados pelo pecado, mas dificilmente podemos dizer que tínhamos necessidade de ser “criados em Cristo Jesus” (Ef 2:10). Este maravilhoso acontecimento se insere no plano de Deus para satisfazer-lhe o coração.
 “Se alguém está em Cristo, e nova criatura” (2 Co 5:17).
  Pb. João Batista de Lima

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