terça-feira, 17 de maio de 2011

Estudo Bíblico na carta aos Efésios capitulo 2. 1-10.


Estudo Bíblico na carta aos Efésios capitulo 2. 1-10.

RESSURRETOS COM CRISTO
INTRODUÇÃO:
Será que as pessoas de bem e de reflexão já se sentiram mais perplexas sobre a situação do homem do que nos dias atuais? Lógico que, cada geração forçosamente tem visão ofuscada dos seus próprios problemas, porque está demasiadamente envolvida para fazer uma analise adequada.

É importante colocar esse parágrafo no seu contexto. Consideramos anteriormente a oração de Paulo (1: 15-23) no sentido de que os olhos interiores dos seus leitores fossem iluminados pelo Espírito Santo a fim de conhecerem as conseqüências do chamamento de Deus, a riqueza da herança que os guarda no céu e, acima de tudo, a suprema grandeza do poder de Deus que já esta disponível para eles.
Temos razão suficiente para ficarmos perplexos quanto a situação atual de humanidade. Os meios de comunicação nos capacitam a entender a extensão mundial da corrupção vigente. Problemas com o desemprego e a fome, o racismo, a desintegração da família, a violência a desonestidade a promiscuidade sexual e outros, são o retrato da nossa época.
No texto citado, Paulo primeiramente sonda as profundezas do pessimismo a cerca do homem, e depois sobe às alturas do otimismo a cerca de Deus, contrastando o que o homem é por natureza e o que pode vir a ser mediante a graça de Deus.
1.  A CONDIÇÃO HUMANA (1-3)
Nesta passagem, Paulo não está retratando apenas um grupo particularmente decadente. É o quadro da condição humana universal.
a)      Estávamos mortos (1-2ª)
Está é uma declaração real da condição espiritual de todas as pessoas fora de Cristo. A vida verdadeira é a comunhão com o Deus vivo, e a morte espiritual é a separação dele que o pecado inevitavelmente traz (Is 59.2). Tais estão cegas a Glória de Jesus Cristo, e surdas à voz do Espírito Santo. Não tem amor por Deus. Estão tão indiferentes a ele quanto um cadáver. Infelizmente este é um diagnostico do homem caído na sociedade caída de todos os lugares.
b)     Estávamos escravizados
“Andar”, sugerem-se um passeio agradável, com liberdade para desfrutar das belezas do nosso meio ambiente. Diferente, no entanto, era o nosso andar em delitos e pecados. Havia uma escravidão pavorosa a forças que nos controlavam.
        1º)  Paulo descreve-nos seguindo “o curso deste mundo” (2). A frase grega é seguindo o século deste mundo. As duas palavras, século e mundo expressam todo o sistema de valores sociais que está alienado de Deus. As pessoas tendem a não ter uma mente própria, mas entregam-se à cultura popular da televisão, das revistas sedutoras, etc.
        2º) O segundo cativeiro da humanidade sem Deus é o diabo, que aqui é chamado de “o príncipe da potestade do ar”. As Escrituras identificam o diabo como fonte das tentações ao pecado, como leão e como assassino. Podemos com segurança fazer remontar a ele, todo mal, todo o engano e toda a violência.
       3º) A terceira influencia que nos mantém na escravidão são as inclinações da nossa carne (3), que é a nossa natureza humana caída e egocêntrica. Nada á de errado com os desejos naturais do corpo, é somente quando esses desejos se transformam em desejos pecaminosos. As inclinações da carne envolvem também os desejos errados da mente, tais como a ambição, a rejeição da verdade conhecida e pensamentos maliciosos e vingativos.
         c). Estávamos condenados
Da condição desesperadora da humanidade caída, passamos agora para a iniciativa graciosa de Deus e sua ação.
a.      O que Deus fez.
Numa só palavra, Deus salvou-nos. Primeiro, Deus nos deu vida juntamente com Cristo (5), depois, juntamente com ele nos ressuscitou (6) e, em terceiro lugar, nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus (6). Algo semelhante ao que aconteceu com Cristo em sua ressurreição, ascensão e exaltação. Estamos assim, unidos e identificados com Cristo. Estávamos mortos, mas fomos tronados Espiritualmente vivos. Estávamos no cativeiro, mas fomos entronizados.
b.      Por que Deus o fez  
A ênfase principal desse parágrafo é que o que levou a Deus a agir em nosso favor não foi algo em nós mas algo nele mesmo. Paulo usa quatro palavras para expressar a iniciativa salvadora de Deus. Escreve da misericórdia de Deus (4), da graça de Deus (5,8) e da bondade de Deus (7).
Para reforçar a salvação como ato gracioso de Deus Paulo acrescenta duas negações:
          A primeira é: E isto (a fé) não vem de vós, é dom de Deus (8), a Segunda é: Não de obras para que ninguém se glorie. Não se trata de recompensa por qualquer ato de caridade.
 As boas obras entram no tema da salvação não como sua base ou meio, mas como conseqüência e evidencia. Não somos salvos por causa das obras, mas somos salvos para as boas obras (10) A Deus seja toda a glória por tão grande salvação!
Chamo a sua atenção para o versículos 8 e 9.  Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, reconheceu a profundidade do assunto sobre a soberania de Deus na predestinação para a mente humana, e exclamou, após fazer a mais completa apresentação do assunto no capitulo onze da carta aos Romanos: (Rm 11. 33-36). 
“Afirmamos que Cristo morreu para assegurar a salvação de uma tão grande quantidade de pessoas que ninguém é capaz de enumerar, pessoas que mediante a morte de Cristo não somente podem ser salvas, mas são salvas, têm de ser salvas; e não existe a possibilidade de, por meio de qualquer casualidade, elas serem outra coisa, exceto pessoas salvas” (Charles Haddon Spurgeon).
Não estamos falando sobre apresentar alguma terrível limitação na obra de Cristo, quando nos referimos à “expiação limitada”. Na verdade, estamos realmente apresentando um ponto de vista mais elevado sobre a obra de Cristo no Calvário, quando dizemos que a morte de Cristo realiza alguma coisa na realidade e não apenas na teoria. A expiação, nós cremos, foi autêntica, vicária e substitutiva; ela não foi uma expiação possível e teórica que, para ser eficaz, depende da ação do homem. E, quando alguém compartilha o evangelho com pessoas envolvidas em falsas religiões, eu afirmo que a doutrina bíblica da expiação realizada por Cristo é uma verdade poderosa e a única mensagem capaz de causar verdadeiro impacto em lidar com os muitos ensinos heréticos sobre a pessoa de Cristo apresentados em nossos dias. Jesus Cristo morreu em favor daqueles que o Pai, desde a eternidade, decretou que salvaria. Existe absoluta unidade entre o Pai e o Filho na salvação do povo de Deus. O Pai decretou a salvação deles, o Filho morreu no lugar deles, e o Espírito os santifica e os conforma à imagem de Cristo. Esse é o testemunho coerente das Escrituras.
 Está é a principal dificuldade do arminianismo. Uma vez que o homem poderá alterar seu destino, como podemos dizer que Deus é soberano?
Quando Cristo entrou no Santo dos Santos, Ele o fez “pelo seu próprio sangue”. Ao realizar isso, somos informados que obteve “eterna redenção”. Novamente, essa não é uma afirmação teórica, e sim a declaração de um fato. Cristo não entrou no Santo dos Santos para tentar conseguir a redenção para seu povo! Ele entrou ali depois de já ter conseguido a redenção. Então, o que Ele está fazendo agora? A sua obra de intercessão é outra obra que se realiza independentemente de sua morte sacrificial? A morte de Cristo é ineficaz sem esta “outra” obra? A intercessão de Cristo não é uma segunda obra, independente de sua morte. Pelo contrário, Cristo está apresentando diante do Pai o seu perfeito e completo sacrifício. Ele é o nosso Sumo Sacerdote, e o sacrifício que Ele oferece em nosso lugar é o seu próprio sacrifício. Ele é o nosso Advogado, como disse o apóstolo João (1 João 2.1-2).
A expiação realizada pela morte de Cristo está claramente vinculada à sua advocacia diante do Pai. Por essa razão, podemos reconhecer as seguintes verdades:
1) É impossível que o Filho não interceda por alguém em favor de quem Ele morreu. Se Cristo morreu como Substituto deles, como não poderia Ele apresentar seu próprio sacrifício em lugar deles diante do Pai? Podemos crer que Cristo realmente morreu por alguém que Ele não tencionava salvar?
2) É impossível que alguém em favor de quem Cristo não morreu receba a intercessão dEle. Se Cristo não morreu em favor de determinado indivíduo, como poderia Ele interceder por esse indivíduo, visto que não tem bases sobre as quais Ele pode buscar a misericórdia do Pai?
3) É impossível que se perca alguém em favor de quem Cristo intercede. Podemos imaginar o Filho rogando ao Pai, apresentando sua perfeita expiação em favor de uma pessoa que Ele deseja salvar, e o Pai rejeitando a intercessão do Filho? O Pai sempre ouve o Filho (João 11.42). O Pai não ouvirá as súplicas do Filho em favor de todos os que o Filho deseja salvar? Além disso, se cremos que Cristo pode interceder por alguém que o Pai não salvará, temos de crer que:
a) há divisão na Divindade – o Pai deseja uma coisa, e o Filho, outra; b) o Pai é incapaz de fazer o que o Filho deseja que Ele faça. Ambas as idéias são completamente impossíveis.
Na oração sacerdotal de Cristo (João 17), podemos ver claramente que Ele não age como Sumo Sacerdote em favor de todos os homens. O Senhor Jesus distinguiu claramente entre o “mundo” e aqueles que, em toda a oração, são mencionados como pertencentes a Ele mesmo. E o versículo 9 ressalta fortemente esse argumento:
“É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.”
Quando Cristo ora ao Pai, Ele não ora em favor do “mundo”, e sim em favor daqueles que Lhe foram dados do mundo, pelo Pai (João 6.37).
CONCLUSAO:
Os apóstolos ensinavam que Cristo morreu pelos pecadores e que o dever de todo homem é arrepender-se e converter-se. Eles sabiam que somente a graça de Deus podia produzir arrependimento e fé no coração do homem. E, ao invés de ser um obstáculo à obra de evangelização dos apóstolos, essa mensagem era o poder que estava por trás da evangelização que eles realizavam. Eles proclamavam um Salvador “poderoso”, cuja obra é todo-suficiente e que salva total e completamente os homens! Os apóstolos sabiam que Deus estava trazendo os homens para Si mesmo, e, visto que Ele é o soberano do universo, não há poder no mundo que seja capaz de parar a sua mão! Ora, existe um fundamento sólido para a evangelização! E o que poderia ser mais estimulante para um coração dilacerado por culpa do que saber que Cristo morreu em favor de pecadores e que a obra dEle não é apenas teórica, e sim real?
A igreja precisa desafiar novamente o mundo com a proclamação ousada de um evangelho que é ofensivo – ofensivo porque fala sobre Deus que salva a quem Ele quer; ofensivo porque proclama um Salvador soberano que redime o seu povo
"Minha esperança de ser preservado até o fim se baseia no fato de que Jesus Cristo pagou caro demais por mim para deixar-me escapar. Cada crente custa-lhe o sangue do seu coração. Vá ao Getsemani e ouça seus gemidos: depois, aproxime-se e observe o suor de gotas de sangue, e diga-me, ele perderá uma alma em favor de quem sofreu assim? Contemple-o pendurado na cruz, torturado, zombado, carregado com um terrível fardo e então escondido da face de seu Pai pelo eclipse; você acha que ele sofreu tudo aquilo e ainda assim permitir que aqueles em favor de quem suportou isso sejam jogados no inferno? Ele será um perdedor maior que eu se eu viesse a perecer, pois ele perderá o que lhe custou a sua própria vida. Aqui está a sua segurança - você é a porção do Senhor, e sua herança não lhe será roubada. C. H. Spurgeon
Pb. João Batista de Lima  

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