segunda-feira, 30 de maio de 2011

Transformando a visão em ação. 2 Parte


Texto: Atos 13. 1-4:
Tema: Transformando a visão em ação.

II. Deus pode quebrar todo e qualquer paradigma.
A igreja vai se formando, o tempo vai passando e ela vai construindo suas próprias tradições, ao ponto de achar que, a pintura do templo não pode mudar, que a toalha que esta lá na mesa não pode ser tirada porque ela já é santa também, e ai uma série de paradigmas que vão sendo estabelecidos que vão roubando da igreja a verdadeira visão que ela deveria ter. E o paradigma tem essa capacidade de parar, de engessar, é um tipo de coisa fechada que não se abre pra nada. E eu encontro aqui dois paradigmas, um paradigma é quebrado quando Deus converte Saulo, o outro paradigma Deus quebra quando ele converte Cornélio.  Quais são esses dois paradigmas que precisa ser quebrados para desembocar na visão que Antioquia vai ter? E que nós precisamos ter?
Primeiro. O paradigma de uma missão sem teologia.
Esse era o paradigma de Saulo de Tarso, aos poucos, Saulo e todo e qualquer Judeu, estão fanaticamente envolvidos na missão de fazer o Judaísmo prevalecer, de preservar o Judaísmo, que essa missão é fanaticamente absorvida e que eles se esquecem de observar a teologia que diz que Jesus é o Cristo, Saulo esta saindo de Jerusalém, indo para tarso exatamente fazer o que? Prender crentes, botá-los na prisão, por que eles representam ameaça para o seu Judaismo. E se tem uma coisa que Paulo é, é homem de missão, e a faz com coragem e determinação, mas a sua missão é equivocada porque a sua teologia é equivocada, e todas as vezes que a gente abraça uma missão destituída da verdadeira teologia essa missão se transforma em ideologia. E talvez seja isso o que aconteceu com a igreja desse Brasil sobre muitos aspectos, abraçou-se a missão do crescimento, e do crescimento pelo crescimento, e como essa missão não tem teologia ela desemboca nas mais diversas das ideologias. Ideologia de empreendimento religioso, ideologia empresarial, ideologia sincretista, ideologia pra gente ganhar dinheiro, ideologia pra gente ficar rico. Isso não é missão isso é ideologia, e o que é ideologia? É a idéia da ciência e a ciência enquanto idéia, ou seja, eu pego a minha idéia e a transformo em ciência, transformo em logia, transformo em estudo, transformo em alguma coisa fechado e digo, essa é a minha teologia, mais às vezes não é teologia é ideologia, e toda missão que não esta precedida de uma teologia sadia, ela pode ser a melhor das missões, mais ela é contra Deus, porque se ela for contraria a palavra de Deus ela não agrada a Deus e o exemplo disso é Babel, Babel é um projeto extraordinário, aquela gente tem uma missão e está disposto a morrer por aquela missão de chegar até o céu, mais ela se contrapõe a teologia, ela é contra a Bíblia na medida em que, Deus manda que eles se horizontalize e eles querem se verticalizar, Deus manda multiplicar e encher a terra, eles não querem encher a terra mas, chegarem no céu. Deus sempre deu a missão do homem ser homem, mais o homem sempre quis ser Deus, Deus deu a missão do homem cuidar da terra, mais ele quis sempre chegar no céu, deixa pra chegar no céu na hora certa, por que se não a nossa escatologia se torna em alguma coisa escapista. Toda missão que não precede da palavra de Deus, ela não agrada a Deus.
Eu acho interessante por que Saulo está em uma missão imbuída, e pensa que ta agradando a Deus e de repente ele descobre que esta perseguindo Deus, ele ta indo contra Deus. Você já imaginou você lá no seu campo missionário, lá na sua igreja desenvolvendo o seu ministério, com toda sua energia, reunião após reunião, visitas após visitas, pregação após pregação, e descobre que está lutando contra Deus? É isso que Saulo descobre que toda aquela missão que ele estava desenvolvendo era contra Deus. Sabe por quê? Por que a sua teologia era equivocada. Então essa dicotomia não pode existir, da gente achar que possa existir missão sem teologia. Um segundo paradigma é quebrado com a conversão de Cornélio, e esse é ao contrario.
Segundo. O paradigma da teologia sem missão.
Qual era a teologia da igreja de Antioquia ate Deus fazer tudo isso? Era a teologia de que Deus só podia salvar Judeu. E essa teologia de que Deus só salvava Judeu, castrou a igreja da missão, não tinha missão, ora, se Deus só salva Judeu e se a gente já ta aqui alcançando todo mundo, então a missão acabou, nada de Cornélio, nada de Gentios, e muitos de nós estamos vivendo uma teologia dentro de nossas igrejas sem missão. O problema da teologia sem missão é que ela se encerra em si mesma, transforma a igreja em gueto e é incapaz de transcender as paredes do próprio templo. Historicamente nós temos uma capacidade de achar que a teologia subsiste sem missão. A teologia existe para ser proclamada, e o que é proclamação se não a missão? Mais Pedro diz: nós temos a teologia e a nossa teologia é altamente organizada, a nossa teologia é para ortodoxo nenhum botar defeito, veja o que a gente crê. A gente crê que Jesus é enviado de Deus, a gente crê que ele ressuscitou, a gente crê que o Espírito Santo veio no dia de pentecoste, a gente crê que Jesus vai voltar, a gente crê em todas essas verdades. Só tem um problema, a gente crê que é só para gente aqui. E o gentio lá do outro lado ta perguntando para que serve essa teologia? Se não faz com que esse Cristo de vocês chegue aqui ate nós? Para que é que serve uma teologia que não produz obra?  Para que é que serve uma teologia que não muda caráter? Para que é que serve uma teologia que não tira a hipocrisia do nosso coração e não faz com que a gente pare de mentir? Para que é que serve uma teologia que não muda nada nem ninguém? Nós precisamos de uma teologia que nos leve a missão, o fato é que, Deus resolve desorganizar a teologia de Pedro, por que quando Pedro tem aquela visão onde Deus diz mata e come, ele diz, de maneira nenhuma eu vou comer esse negócio, mas, lá na frente chega alguém enviado da parte de Deus, e esse alguém ta levando Pedro para pregar para Cornélio, quando ele chega lá ele começa a entender alguma coisa, a Bíblia diz que Pedro abriu a boca, e quando ele abriu a boca no verso 34 do capitulo10, ele então começou a pregar, eu vou chegar no versículo 44 do capitulo 10, o texto, “dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviram e os fieis que eram da circuncisão que tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre gentio”. Veja o problema maior no verso 46, “pois os ouviam falar em línguas e engrandecer a Deus, então perguntou Pedro”, Pedro agora ta confuso, a teologia dele agora se desorganizou, verso 47, “pode alguém recusar a água para que não sejam batizados estes que também receberam como nós o Espírito Santo?” Verso 48, “e mandou que fossem batizados em nome do Senhor”. 

O que é que Pedro ta dizendo? Ora, se o Espírito Santo habitou nessa gente, por que é que eu não vou batizar com água? E ai Pedro que se prepare, por que agora ele vai ter que se explicar diante do concilio da igreja. Por que ele agora produziu uma desorganização na teologia de Jerusalém que até então tava tudo muito claro.
Não batiza-se, não prega-se, não da cargos para nenhum gentio, afinal de contas esse pessoal é incircunciso, e se eles não fazem parte do DNA de Abraão, fica de fora. Agora Pedro vai para Jerusalém, e o que ele vai fazer quando chegar lá? Capitulo 11. Olha Pedro aqui explicando para o concilio, versículo 15 ao 18. Quando comecei a falar caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós no princípio, lembrei-me então, de que o Senhor dissera: João, certamente batizou com água, mais vós sereis batizados com o Espírito Santo, conclusão de Pedro, portanto se Deus lhes concedeu o mesmo dom que a nós quando cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para que pudesse resistir a Deus. Ouvindo eles essas coisas apaziguaram-se e glorificaram a Deus dizendo: na verdade até aos gentios Deus concedeu o arrependimento para a vida. Percebam um fato importante, será que Pedro virou pragmático, abriu mão da teologia em nome da missão? Não! Ele apenas redescobriu um princípio teológico que estava desconhecido. Ele coloca isso no versículo 16. “Lembrei-me então de que o Senhor dissera: João certamente batizou com água, mais vós sereis batizados com o Espírito Santo”, é como se ele dissesse que lembrou de um ponto que havia esquecido na sua teologia, e que ele precisava resgatá-lo, do contrario, a sua missão iria destruir a teologia, não iria construir missão. Ele teve então que repensar a sua teologia. A verdade é que todos nós na nossa caminhada precisamos repensar a missão, a teologia, o discurso, o comportamento e que precisamos estar abertos á palavra de Deus. Por que na hora em que nós nos fechamos em torno das nossas ideologias perdemos de foco, tanto a teologia quanto a visão, que teologia deixa de ser teologia, missão passa a ser ativismo religioso, e a ortodoxia passa a ser alguma coisa morta e estéreo. Devemos viver uma missão que pregue contra uma missão com a cara de um neo pentecostalismo e um esoterismo religioso sem fundamento que não produz nem espiritualidade nem convicção doutrinaria. Daí por que eu me sinto na liberdade de dizer o seguinte: precisamos de uma educação teológica orientada para a evangelização, de uma evangelização de conteúdo teológico, que apresentem as dimensões mais amplas do evangelho. Somente pela teologia podemos corrigir os equívocos do evangelismo moderno, somente pelo evangelismo as verdades teológicas tornam-se conhecidas do homem pecador, precisamos de evangelistas que se utilize da teologia na pregação e precisamos de teólogos que tenham compromisso com a missão. Admitimos que não encontramos tanta gente assim, no entanto trago a memória o exemplo do Congregacional Johnatan Edward, que foi filósofo, teólogo, pastor e um extraordinário evangelista poderosamente usado por Deus no grande avivamento americano nos anos 34 e 35 do Século XVIII. Nesse sentido cabe bem as palavras de John Make, que diz o seguinte: ”as teologias, os teólogos, os seminários teológicos, devem por tanto ser missionários, a igreja não tem hoje diante de si uma tarefa missionária mais importante que a tarefa teológica, o entendimento das pessoas devem ser iluminado, e os seus corações incendiados.” O que é que ele ta dizendo? Quem lida com missões se volte para missão, para teologia, por que ai vai ter tanto a mente iluminada quanto o coração incendiado. E se a mente tiver iluminado pelo Espírito e por uma teologia Biblica, e o coração tiver incendiado pela missão, a gente não vai precisar viver uma dicotomia entre uma coisa e outra por que se as duas são de Deus que andemos de acordo com as duas. Uma não é contra a outra, uma completa a outra e uma depende da outra, para que Deus seja glorificado.
Esses são os dois paradigmas que Deus resolve quebrar. Eu não sei quantos paradigmas temos em nossa missão, mais eu sei que Deus é poderoso para quebrar os que ele ver que esta emperrando a sua obra e nos fazer ter mais compromisso com a verdade e a teologia ortodoxa.
Continua na próxima postagem! Pb. João Batista de Lima.

Estudo na carta de Paulo aos Efésios capitulo 3. 1-13


Estudo na carta de Paulo aos Efésios capitulo 3. 1-13.
Neste ponto, Paulo se apresenta e explica o seu papel pessoal e único no propósito de Deus para com os gentios. Não é sem razão que veio a ser conhecido como “o apostolo aos gentios”.
Na segunda parte de Efésios 2, conforme vimos no capitulo anterior, ele pintou um contraste vivido entre a dupla alienação que os gentios padeciam diante de Cristo (alienação de Deus e alienação de Israel) e sua dupla reconciliação através de Cristo.
Mas, abruptamente, ele desvia o ponto de atenção, antes centralizada neles, para fixá-lo em si mesmo. Eu, o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios (v. 1). Humanamente falando, não era o prisioneiro de Cristo, mas, sim, de Nero. Paulo, porem, nunca pensava nem falava em termos puramente humanos. Acreditava na soberania de Deus sobre os assuntos dos homens. Assim, chamava-se (literalmente) o prisioneiro de Cristo Jesus, ou o prisioneiro do Senhor.
A prisão de Paulo, que teria contribuído para confirmar seu apostolado, foi indubitavelmente uma de suas adversidades desfavoráveis. Suas cadeias comprovaram e realçaram sua vocação. Porque a única razão que ocasionou sua prisão foi a proclamação do evangelho feita por ele aos gentios. Sua inabalável firmeza não foi uma pequena prova adicional de que se desincumbira de seu oficio com integridade.
1. A revelação divina a Paulo, ou o mistério que lhe foi dado a conhecer (Vs. 1-6)
Três vezes neste curto parágrafo Paulo emprega a palavra “mistério”: segundo uma revelação me foi dado a conhecer o mistério (v. 3) ...podeis compreender o meu discernimento no mistério de Cristo (v. 4) ...e manifestar qual seja a dispensação do mistério (v. 9). é uma palavra-chave para a nossa compreensão do pensamento de Paulo. Devemos reconhecer que as palavras em português e em grego não significam a mesma coisa. Em português um “mistério” é algo obscuro, oculto, secreto, enigmático. O que é “misterioso” é inexplicável, até mesmo incompreensível. A palavra grega mystérion é diferente, no entanto. Embora continue sendo um “segredo”, já não está cuidadosamente guardado, mas, sim, revelado. Originalmente a palavra grega se referia a uma verdade em que alguém tinha sido iniciado. No Cristianismo, no entanto, não há “mistério” esotéricos reservados para uma elite espiritual. Mais simplesmente, mystérion é uma verdade que esteve oculta ao conhecimento humano, mas que atualmente está desvendada pela revelação de Deus.
Resumindo, podemos dizer que o mistério é a união completa entre judeus e gregos, através da      união de ambos com Cristo. É esta dupla união, com Cristo e entre eles, que era a substancia do mistério. Deus o revela especialmente a Paulo, conforme este escreve resumidamente (v. 3) no capitulo anterior. Mas também fora revelado aos seus (de Deus) santos apóstolos e profetas, no Espírito (. 5) e, através destes, “aos seus santos” (Cl 1: 26). Agora era, portanto, a possessão comum da igreja universal.
Era uma nova revelação. Porque em outras gerações não foi dado a conhecer aos filhos dos homens (V. 5), mas, sim, estava desde os séculos oculto (v. 9). Estas declarações tem sido um enigma para os leitores da Bíblia, porque o Antigo Testamento já revelara que Deus tinha um propósito para os gentios.
Mais o que nem o Antigo Testamento nem Jesus revelaram foi a natureza radical do plano de Deus, ou seja, que a teocracia ( a nação judaica sob o governo de Deus) terminaria e seria substituída por uma nova comunidade inter-racial, a igreja e que esta igreja seria o corpo de Cristo, organicamente unido a ele.
2. A comissão divina a Paulo ou ministério que lhe foi confiado (v. 7-12)
No fim do versículo 6, Paulo virtualmente equiparou o mistério com o evangelho. Pelo menos escreve que é por meio do evangelho que os cristãos judeus e gentios são unidos a Cristo. Isto acontece somente porque o evangelho anuncia o mistério, de modo que as pessoas o ouçam, creiam nele e venham a ter experiência dele.
Paulo considera que esta comissão ou ministério é um privilégio enorme. Porque aquilo que chama de esta graça, que poderíamos chamar de “este dom privilegiado de Deus”, lhe fora dado, a despeito do fato de ser o menor de todos os santos (v. 8), ou “o membro mais vil do povo santo”. É uma expressão muito marcante. Toma o superlativo (elachistos, “ínfimo” ou “mínimo”) e faz o que é impossível na lingüística mas que  é possível na teologia; transforma-o em comparativo (elachisteros ,”mais mínimo” ou “menor do que o mínimo”). Talvez estivesse deliberadamente jogando com o significado do seu nome. Seu sobre nome romano, “Paulus”, significa “pequeno”, e a tradição diz que era um homem pequeno. Paulo sabia combinar a humildade pessoal com a autoridade apostólica. Na verdade, ao “minimizar a si mesmo, engrandecia o seu oficio”.
O ministério privilegiado de divulgar o evangelho. Confiado a ele pela graça de Deus,     é o que ele passa a desenvolver em três etapas:
a.    Pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo (v. 8)
Podemos julgar quais são estas riquezas pela exposição de Paulo em Efésios 1 e 2. São riquezas livremente disponíveis por causa da cruz. Incluem a ressurreição da morte no pecado, a entronização vitoriosa com Cristo nos lugares celestiais, a reconciliação com Deus, a incorporação com os crentes judeus na nova sociedade de Deus, o fim da hostilidade e o começo da paz, o acesso ao pai mediante Cristo e pelo Espírito, o ingresso no reino e na família de Deus, sendo parte integrante da sua moradia entre os        homens; tudo isso representando apenas um vislumbre de riquezas futuras, das riquezas da glória da herança que Deus dará a todo o seu povo no ultimo dia. Paulo indica dois dos incentivos mais fortes a evangelização. Começa enfatizando que a revelação e a comissão que lhe foram dadas permanecem indissoluvelmente juntas, pois o que foi revelado deve sem falta tornar-se conhecido de outros. A verdade revelada lhe foi comissionada. Uma vez que tenhamos a certeza de que o evangelho é tanto a verdade da parte de Deus quanto riquezas 
para a humanidade, ninguém conseguira silenciar-nos .
Continua na próxima postagem!

domingo, 22 de maio de 2011

Transformando a visão em ação. 1 Parte

Texto: Atos 13. 1-4:
Tema: Transformando a visão em ação.
Introdução: Eu tive a grata satisfação de participar, de uma conferencia missionária onde o Reverendo Aurivan Marinho foi um dos preletores. E ele fez uma explanação sobre missões no livro de Atos dos Apóstolos que fez a diferença naquela tarde para todos os presentes! Aqui eu gostaria de reconhecer o excelente trabalho que esta sendo desenvolvido pelo Rev. Aurivan Marinho como presidente da Aliança das igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil. E agradecê-lo pelo incentivo e apoio que ele sempre tem me dado em meu ministério como plantador de igrejas!   
Meus irmãos eu acredito que há quatro divisores de águas aqui em Atos dos apóstolos com relação à obra missionária, e digo que são os seguintes:

1º A dispersão. No capitulo de numero 8 posterior a morte de Estevão no versículo de número 4 eu encontro o seguinte: “mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra”. Na medida em que essa gente é empurrada para fora das fronteiras de Jerusalém, parece que eles não conseguem se conter, de alguma maneira eles falam, pelo poder do Espírito é claro. E então a palavra vai transcendendo as fronteiras da própria Jerusalém e chegando a Samaria. Portanto esse é um elemento fundamental para a expansão da obra missionária em Atos dos apóstolos, a dispersão. O que eu chamaria de a estratégia do Espírito, por mais contraditório que seja essa perseguição não é um acaso, mais soberanamente Deus se utiliza para propagar a sua palavra.
           
2º A conversão de Saulo no capitulo 9.  Isso porque Deus se utiliza de um perseguidor para transformá-lo num missionário perseguido. E uma vez levantado por Deus, Saulo vai definitivamente determinar um novo rumo na ação missionária pela graça de Deus.

3º A Conversão de Cornélio. Na visão de Pedro, Deus não ia salvar Gentio, Deus jamais ia se interessar por aquela gente, pois para os judeus ela era considerada imunda, mas até que Deus se revelou a Pedro e disse que ele não podia tornar imundo aquilo que Deus tinha purificado. Até então Pedro pensava que era mais Santo do que Deus, por que Deus ta dizendo no versículo 13 do capítulo 10 “Levanta-te Pedro! Mata e come”, ao que Pedro responde: “De modo nenhum, Senhor! Porque eu sou santo e puro, não posso comer desse negocio ai não”, só depois ele entende que o que Deus ta dizendo é que ele quer salvar também pecadores gentios.

4º O surgimento da igreja de Antioquia. Por que essa é a primeira igreja necessariamente missionária, e essa igreja começa aqui no capitulo de numero 11. E no capitulo 13 nós vamos observar que Paulo e Barnabé estão sendo separados para uma grande obra. A igreja de Antioquia é a primeira ação organizada de que se tem noticias, antigamente era tudo muito individual, alguém era expulso daqui, alguém era perseguido dali, outro sozinho pelo Espírito ia por ali. Agora não, é uma igreja que diante de um planejamento do Espírito esta se levantando pra fazer missões. Há três questões que podemos abordar a luz desse texto e a luz do tema que é Transformando a visão em ação.

O primeiro é que a gente precisa formar a visão. Ninguém transforma visão em ação sem que antes tenha a visão, esse é o ponto de partida. Precisamos por tanto, avaliar como foi que a igreja de Antioquia chegou a essa visão missionária.

Segundo. Como nós podemos transformar a visão em ação a partir da igreja. Como é que a igreja lá dentro da sua estrutura eclesiástica transforma a visão que ela tem em ação missionária?

Terceiro. Como a gente transforma a visão em ação no campo. Muitas vezes a gente tem a visão aqui na igreja mas quando chega no campo, volta porque a visão não se revelou eficaz. Primeiro aspecto da formação dessa visão, o que é que esta precedendo a visão de Antioquia? O que é que está acontecendo que posteriormente vai formar a visão de Antioquia? Antioquia forma sua visão com base em que?

I. Uma visão dos atos redentores de Deus.
Eu não acredito que exista obra missionária sem que a igreja resgate a visão dos atos redentores de Deus na história. Somente uma igreja que crê que Deus é redentor tem a capacidade, tem a ousadia, tem a confiança pra sair e pra fazer missões, e essa igreja nasce dentro de uma visão que está muito claro em Atos dos apóstolos, uma visão que se caracteriza por dois grandes eventos, a morte de Cristo e a descida do Espírito Santo no dia de pentecostes. Com base na visão que essa igreja tem da cruz torna-se capaz de morrer por Cristo. Nós encontramos vários exemplos de gente aqui que está sendo perseguida, de gente que esta morrendo, mais que não esta relutando por que acredita numa coisa, o Cristo que morreu ele vive, ele ressuscitou, ele esta a direita de Deus eles acreditam que a morte de Cristo na cruz não foi um martírio, que a morte de Cristo tem um efeito redentor, e quando você olha para as pregações em Atos: a de Pedro no capitulo 2, 3 e 4, e por ai vai, você vai perceber que a visão da cruz, a visão de ressurreição, a visão da entronização, a visão de que Cristo foi assunto aos céus e está a direita de Deus, isso determina a caminhada da igreja. Essa gente não estaria disposta a morrer por alguém que estivesse morto, a razão por que eles estão dispostos a morrerem é por que eles crêem que o Cristo que morreu vive, e se ele vive é porque ele não era um homem comum, ele é o filho do Deus vivo, e como ele é o Filho do Deus vivo convém que eles sejam capazes da dar a vida por esse Cristo que morreu por eles. E por tanto isso é determinante para a ação dessa igreja, eles olham para a cruz e percebe que é a maior revelação da fraqueza do homem exposta em Deus, toda fraqueza que você possa imaginar no homem se revela em Deus na cruz do calvário. Ali totalmente dependente, totalmente humilhado, totalmente entregue, totalmente coberto do pecado humano na medida em que ele assume a condição humana e substutivamente toma o nosso lugar, eles olham pra Jesus e vê a fraqueza deles exposta na vida de Jesus, na morte de Jesus. Mais por outro lado eles vêem esse Jesus ressuscitar, e eles vêem o poder de Deus se revelando na fraqueza do homem, e eles acreditam nessas coisas e pregam isso com convicção, e eles vão até as ultimas conseqüências. Mais ai há um outro episódio, nada disso seria suficiente se eles permanecessem amedrontados, acovardados, sem saber o que fazer, ai vem o dia de pentecostes, e o Espírito Santo desce, e quando o Espírito Santo desce o poder de Deus se revela na fraqueza desses homens. Porque se a fraqueza deles havia se revelado em Deus, agora o poder de Deus se revela na fraqueza deles, e eles se levantam pra dizer que não estão embriagados, mais que é o poder do Espírito Santo, é a profecia de Joel que está se cumprindo, e que finalmente, eles agora são capazes de entender a cruz, são capazes de entender a mensagem do calvário e de proclamá-la com coragem e ousadia. É por causa desse poder que aos poucos vai se construindo a visão, de que se o poder de Deus se manifestou na fraqueza do homem, se o Espírito Santo desceu como sinal de que Jesus ressuscitou e está assentado a direita de Deus, então eles não podem se calar, eles tem que pregar e não só em Jerusalém mas, em Samaria,  na Judéia, e finalmente eles entendem que se o poder de Deus se revelou na fraqueza deles, eles tem que pregar ate os confins da terra. É daí que nasce a visão plena e universal de que essa mensagem tem que ser pregada pra todos, é em função da compreensão do significado da morte de Cristo e da descida do Espírito Santo. Estou certo de que, esses dois atos verticais, a subida de Cristo, a descida do Espírito Santo, desemboca em expansão, horizontaliza de maneira extraordinária por que se Cristo subiu é por que ele ressuscitou, se o Espírito Santo desceu é por que ele tem algo para realizar aqui, e, portanto, a obra objetiva da salvação realizada na cruz ganha subjetividade no coração do homem gerado pelo Espírito Santo, mas também ganha objetividade outra vez na medida em que essas pessoas cheias do Espírito Santo saem para pregar, saem para proclamar, saem para realizar as obras de Deus. Há um segundo aspecto que precede a visão missionária da igreja de Antioquia.
Mais esse aspecto vocês irão ver na próxima postagem!
Pb. João Batista de Lima

Estudo na carta de Paulo aos Efésios capitulo 2. 11-22.


                                           Efésios capitulo 2. 11-22.
“Alienação” é uma palavra popular em uma cultura contemporânea. Paulo emprega a palavra com relação às duas condições “desafeiçoar”, “excluir” ou “alienar” que no verbo grego é apallotrioo. No Novo Testamento ocorre somente em Efésios 4.18 e 21 e em Colossenses 1.20-21. “Alheios à vida de Deus”
A substituição da “Aliança” pela Reconciliação:
É o tema de Efésios 2. Na primeira metade do capitulo (Vs. 1-10) os seres humanos são retratados como estando alienados de Deus quando Paulo diz que: “estais mortos nos...delitos e pecados” e “por natureza filhos da ira” (Vs. 1-3). Na segunda metade (Vs. 11-22), os seres humanos são retratados como estando alienados uns dos outros. “o judeu tinha desprezo imenso, pelo gentil. Os gentios diziam que os judeus foram criados por Deus para serem combustível para o fogo do inferno. Deus, diziam eles, ama somente a Israel dentre as nações que fez... Não era nem sequer licito prestar ajuda a uma mãe gentia na sua necessidade mais urgente, porque isso seria trazer outro gentil para o mundo. Ate a vinda de Cristo, os gentios eram objeto de desprezo para os judeus. A barreira entre eles era total. Esta é a situação histórica, cultural e social de Efésios 2, embora todos os seres humanos estivessem alienados de Deus por causa do pecado, os gentios também estavam alienados do povo de Deus e pior ate mesmo  do que esta dupla alienação (da qual a parede do templo simbolizava). Era a “inimizade” ou “hostilidade”. A in inimizade entre o homem e Deus é a            inimizade entre os gentios e os judeus.
O grande tema de Efésios 2 é que Jesus Cristo destruiu as     duas inimizades. Ambas estão mencionadas na segunda metade do capitulo, embora na ordem inversa (V. 14 “Ele de ambos fez um; e,                                                                                                                       tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade (Echthra)”. (V.16 “ E reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade (Echthra)”.
1.        O retrato de uma humanidade, ou o que éramos outrora (Vs. 11-12)
Nos versículos 1-, Paulo retratou a totalidade da raça humana (Judeu e gentios igualmente) no pecado e na morte. Aqui, nos versículos 11 e 12, refere-se particularmente ao mundo gentio ou pagão antes de Cristo. Os gentios e os judeus se chamavam comumente com nomes ofensivos. Paulo enfatiza este fato aqui. Os gentios eram chamados de “incircuncisao” por aqueles que se intitulam “circuncisao na carne, por mãos humanas”. É como se Paulo declarasse a insignificância de nomes e etiquetas, em comparação com a realidade por trás deles, e dando a entender que, por trás “daquilo que é chamado a circuncisao que é feita na carne por mãos humanas” há outro tipo, uma circuncisao do coração, espiritual e não física, que era necessária tanto aos judeus como aos gentios, e disponível a todos eles.
No versículo 12, ele deixa a questão das ofensas trocadas entre judeus e gentios, e passa para a realidade séria da alienação gentia. Primeiro, estavam em Cristo. No capitulo 1 ele mostra as grandes bênçãos espirituais de estar em Cristo, a segunda e a terceira incapacitações dos gentios eram muito semelhantes entre si. Eram tanto separados da comunidade de Israel quanto estranhos ás alianças da promessa (provavelmente a promessa fundamental feita a Abraão). A quarta e quinta incapacidade dos gentios são declaradas de modo rígido: não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Estavam sem esperança, porque, embora Deus planejasse incluí-los um dia, e assim prometera, eles não sabiam que eram predestinados e, portanto não tinham esperança para sustentá-los e estavam sem Deus.
Esta era a terrível situação do antigo mundo gentio antes de Cristo. Era separado do Messias, da teocracia e da aliança, da esperança e do próprio Deus (Teocracia—governo de Deus). William Hendricksen resume: os gentios estavam “sem Cristo, sem Estado, sem amigos, sem esperança e sem Deus”. Numa frase única de Paulo, estavam longe (13) alienados de Deus e do povo de Deus.
Somos ordenados a nunca esquecermos que éramos antes do amor de Deus se estender para baixo e nos alcançar. Pois somente se nos lembrarmos da nossa antiga alienação (por mais desagradável que ela seja para nós), podemos nos lembrar, da grandeza da graça que nos perdoou e que está nos transformando.
2.      O que Jesus Cristo fez      (Vs. 13-18)
Os filhos de Israel, povo que lhe é chamado. “por contraste, as nações gentias estavam longe, eram povos que tinham de ser conclamados de longe”. Deus, porém, prometeu que um dia falaria “Paz, paz para os que estão longe e para os que estão perto”, promessa que já foi cumprida. Em Jesus Cristo e que é citada aqui por Paulo com referencia ao Senhor. Mediante Jesus Cristo e pelo Espírito Santo temos acesso a Deus como nosso pai (V. 18). Pois o sangue de Cristo (como em 1.17) significa sua morte sacrificial na cruz por nossos pecados, através da qual nos reconciliou com Deus e uns com os outros, ao passo que em Cristo Jesus significa a união pessoal com Cristo. O que Jesus Cristo realizou por meio da cruz está explicado por Paulo. Não é uma reconciliação universal que Cristo realizou ou que Paulo proclamava, pelo contrario. É uma proximidade de Deus e uns aos outros experimentada com gratidão por aqueles que estão perto de Cristo, até mesmo numa união vital e pessoal. Isso quer dizer, conforme a expressão de John Mackay ao comentar estes versículos, que o principio divino de integração para unir os seres humanos nem é intelectual (pela filosofia), como no catolicismo romano, nem político (pela conquista), como no islamismo ou marxismo, mas sim espiritual (pela redenção por Cristo, que envolve a união entre os judeus e gentios, entre o homem e Deus e, finalmente, entre o céu e a terra).
P. O que Cristo fez quando morreu na cruz, para afastar a inimizade entre os judeus e os gentios, entre o homem e Deus?
R. Aboliu... para que dos dois criasse... e reconciliasse... somos informados que aboliu a lei de mandamentos a fim de criar uma, e uma só nova humanidade, e reconciliar com Deus as duas partes dela.     
2.1 A Abolição da Lei dos Mandamentos (V. 15a)
A primeira coisa que Paulo diz é que Cristo derrubou a parede, a hostilidade, quando aboliu na sua carne a Lei dos mandamentos na forma de ordenanças. Deus pode perdoar todas as nossas transgressões porque “tendo cancelado o escrito de divida, que era contra nós e que constava de ordenanças o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”(2. 13-14).
2.2 A Criação de uma nova humanidade (V. 15b)
Paulo avança agora do negativo para o positivo, da tendência separadora da lei, para a criação de alguma coisa nova (uma nova humanidade, sem divisões). O que Paulo está mencionando na realidade, não é um “novo homem”, mas sim, uma “nova raça humana”, unida por Cristo na sua própria pessoa. Esta nova unidade em e através de Cristo faz mais do que terminar com o abismo entre judeus e gentios. Noutras passagens Paulo diz que também abole distinções sexuais e sociais. “...onde não pode haver grego nem judeu, circuncisao, bárbaro, cita, escravo, livre, porém Cristo é tudo em todos”. E não é que os fatos de segregação humana sejam removidos. Os homens permanecem sendo homens e as mulheres sendo mulheres, os judeus permanecem sendo judeus, e os gentios, gentios, a desigualdade diante de Deus, é abolida. Há uma nova unidade em Jesus Cristo.
2.3 A Reconciliação de Judeus e Gentios com Deus (V. 16)
Não se quer com isto que a totalidade da raça humana esteja agora reconciliada e unida. Há mais uma etapa na obra de Cristo que ele passa a mencionar. É que Cristo vindo evangelizou Paz (V. 17). Já fomos informados que ele é a nossa paz (V. 14) e que criou uma nova humanidade fazendo a paz (V. 15). A primeira palavra que falou aos apóstolos foi: “Paz seja convosco!” E é a proclamação do evangelho da paz para o mundo através dos lábios dos seus seguidores, sempre que proclamava a paz. É Cristo quem a proclama através de nós. E assim muitos membros de cada comunidade a receberam, e acharam-se unidos com Deus e uns com os outros. Porque por ele ambos temos acesso ao pai em um só Espírito (V. 18).
E ao desfrutar desse livre acesso a Deus, descobrimos que não temos qualquer dificuldade prática com o ministério da eterna trindade. Nosso acesso é ao pai, por ele (o filho que fez a paz e a pregou). E por um Espírito que regenera sela e habita em seu povo, que testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
3.      O que agora viemos a ser (Vs. 19-23)
Paulo começa o seu resumo. Explicou passo a passo o que Cristo tem feito para aproximar de Deus e o seu povo, aqueles que anteriormente no mundo gentio longe.
3.1 O Reino de Deus (V. 19a)
Conforme o versículo 12, os gentios eram forasteiros sem cidadania nem voto. “Separados da comunidade (politéia) de Israel”. Agora, porém, segundo Paulo lhes diz, sois concidadãos (sumpolitai) dos santos, as palavras já não sois  estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos enfatizam o contraste entre a falta  de raízes de uma vida fora de Cristo e a estabilidade de fazer parte da Nov sociedade de Deus. “Já não vivemos com passaporte, mas, sim... temos realmente as nossas certidões de nascimento”...
3.2 A Família de Deus (V. 19)
A metáfora altera-se e torna-se mais intima: sois Da família de Deus. Em Cristo. Vivemos juntos como filhos em uma família. Os filhos do pai, ultrapassando as barreiras raciais, são introduzidos nesta vida fraterna. Irmãos (“No sentido de irmãos e irmãs”) É a palavra mais comum para os cristãos no Novo Testamento. Expressa um estreito relacionamento de afeição, de cuidado e de apoio. Philadelphia, “amor fraternal”, sempre deve ser uma característica especial da nova sociedade de Deus.
3.3  O Templo de Deus (Vs. 20-22) 
Paulo agora chega ao seu terceiro quadro. Essencialmente, a igreja é uma comunidade de pessoas. Mesmo assim, assemelha-se em vários aspectos a um edifício, e particularmente a um templo. Paulo refere-se ao fundamento e a pedra angular do edifício, á estrutura como um todo, e suas pedras individuais, sua coesão e seu crescimento, sua função presente e (pelo menos implicitamente) seu destino futuro. Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular (V. 20). No qual todo edifício, bem ajustado cresce... A unidade e o crescimento da igreja vêm em conjunto, e Jesus Cristo é o segredo de ambos.
3.4 Qual é o propósito do Novo Tempo?
Em principio, é o mesmo que o do velho, ou seja: ser a habitação de Deus (V. 22). O Novo Templo, não é uma construção material, nem um santuário nacional, nem tem um terreno localizado, é um edifício espiritual (a família de Deus e uma comunidade inter-racial e tem alcance mundial, onde quer que se achem membros do povo de Deus).  É ai que Deus habita. Com este povo Deus fez uma aliança solene. Deus vive nesse povo. Quando Paulo ditava esta carta, existia em Eféso o magnífico templo de mármore de Ártemis (Grande é Diana dos Efésios), uma das sete maravilhas do mundo antigo.
O Apóstolo relembra aos seus leitores gentios que, estáveis alienados de Deus e do seu povo. Cristo, porém, morreu para reconciliar-vos  com ambos. É por isto que não sois os estrangeiros – que éreis, mas sim, o reino sobre o qual Deus reina. A família que ele ama e o templo em que ele habita.
Conclusão:  
A igreja deve ser aquilo que já é segundo o propósito de Deus e a realização de Cristo, e ser vista como tal: uma nova humanidade, um modelo de comunidade humana, uma família de irmãos e irmãs reconciliados que amam ao pai e amam uns aos outros, a habitação evidente de Deus pelo seu Espírito. Somente então o mundo crerá em Cristo como pacificador. Somente então é que receberá a gloria devida ao seu nome.
Pb. João Batista de Lima

terça-feira, 17 de maio de 2011

Como saber se você é vivo espiritualmente?


Texto: João 11.28-46.
Tema: Como saber se você é vivo espiritualmente?
 Introdução: A Bíblia com toda sua revelação, narra nesta historia a tristeza, o sofrimento e a dor que foi causado pelo pecado. E mostra que Jesus estava indignado com o pecado. Mas, revela também um Deus amoroso que se compadeça dos homens pecadores e que dar-les a vida eterna.
 Para que você saiba que é possível estar fisicamente vivo e espiritualmente morto, você precisa discernir um fato: que o nível físico, o nível do Espírito (o nível da alma), para existirem não se faz necessária uma simultaneidade. Lazaro estava morto fisicamente, mas estava vivo espiritualmente.
Seu corpo morrera, mas Espírito não.
Vamos descobrir se você esta morto, ou vivo espiritualmente das seguintes formas.

I. Mortos não têm apetite. Os evangelhos ensinam que Maria e marta faziam quitutes saborosos (Lc 10). Todavia, posso garantir-lhes que, depois de quatro dias de putrefação; depois de envolto na sombria morte, não havia perfume de comida apetitosa que levantasse Lazaro daquela tumba simplesmente porque nada apetece aos mortos espiritualmente, mortos não tem apetite. É por isso que homens mortos espiritualmente não têm gosto pela Bíblia e sua leitura, não gostam de oração, não tem fome de Deus, é por causa dos benefícios que Deus pode dar. Não é a pessoa de Deus que os atrai, pois eles não têm apetite por Deus. Deus não é para ele o grande prazer da vida.

II. Mortos não têm ação. O que caracteriza a morte é a inércia mais profunda. Não tem ação espiritual, sua argumentação é que não tem tempo. Eles têm ação no nível físico porque criam tempo para suas atividades físicas, fazem cursinhos casam e se dão em casamento, fazem faculdade vão a acampamentos de férias, no nível físico não falta tempo, mas no nível espiritual, dizem não ter tempo. Mas não é falta de tempo, é falta ação. O motivo é que eles estão mortos espiritualmente.

III. Mortos não reagem ao amor. Primeiramente, ao amor de Deus, mortos não podem reagir ao amor de Deus. O texto diz que Jesus chorou, quando chegou a sepultura de Lazaro, ele o amava. Mas Lázaro não reagiu ao seu amor, suas lagrimas não o levantou, seu amor não o ergueu, simplesmente porque mortos não reagem ao amor de Deus.
É por isso que nós pregamos a cruz; falamos que alguém veio a este mundo e morreu por amor. Levou sobre si as nossas dores, a nossa vergonha. A angustia do homem que já experimentou de tudo e não conseguiu satisfação, absorveu as lepras as AIDS, as dores de todos os homens. Pagou o preço do meu resgate do inferno. A historia convergiu para ele.  

IV. Mortos precisam ter um encontro com Jesus. Mortos precisam de ressurreição. A resposta de Jesus aos mortos espirituais é: Eu sou a ressurreição e a vida. Mortos precisam de vida. Mortos precisam de salvação, precisam sair do pó. Não é uma ressurreição sem fonte que acontece por acaso. É uma ressurreição que tem objetivo, uma fonte, uma origem, uma pessoa, alguém de onde ele emana. “eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que morra vivera”. Jesus se comoveu com a situação de Lázaro, ele se comove quando vê o homem morto espiritualmente. Jesus se comove diante de um homem que esta como eu estava ou como você está, morto espiritualmente. O texto diz que Jesus chora por causa do homem morto porque Jesus o ama a ponto de dar a sua própria vida por ele. Jesus andou em direção ao morto e mandou que retirasse a pedra do tumulo. Há tantos sepulcros andantes em nossas ruas; tantos espíritos sepultados em corpos ambulantes, e qual a entrada para sua interioridade? É o seu coração. Tire dele a pedra, a pedra do preconceito religioso. Você diz: eu não nasci nesta religião; tenho que morrer na minha! Mas eu estou convidando a vir a Jesus que da a você a vida espiritual. É preciso tirar a pedra do preconceito; de certos pecados que estão tapando, bloqueando o seu coração. A pedra da indiferença, da incredulidade, a pedra da carnalidade, da vaidade exagerada e da ambição. Tire a pedra! E escute Jesus te chamando para a vida eterna. Levante-se e desperte do sono espiritual, ouça Jesus a te convocar a sair da morte espiritual, como Lázaro você também pode ser ressuscitado por Jesus, venha seguir os passos de Jesus e ser feliz por toda a eternidade.

Conclusão: quando a luz de Jesus começar a entrar nessa caverna escura que é a sua alma, quando a voz de Jesus o despertar, ponha-se de pé: venha para fora! É a vida que te chama. Quem for ressuscitado por Jesus recebe a vida eterna. O ressuscitado necessita de viver livre, e foi para a liberdade que Cristo ti libertou. Ele convoca você para á salvação, para á liberdade, vá a Jesus hoje mesmo por meio da fé! Ele o convida para andar com ele, como Lázaro fez. Venha para fora!   
Pb. João Batista de Lima


Estudo Bíblico na carta aos Efésios capitulo 2. 1-10.


Estudo Bíblico na carta aos Efésios capitulo 2. 1-10.

RESSURRETOS COM CRISTO
INTRODUÇÃO:
Será que as pessoas de bem e de reflexão já se sentiram mais perplexas sobre a situação do homem do que nos dias atuais? Lógico que, cada geração forçosamente tem visão ofuscada dos seus próprios problemas, porque está demasiadamente envolvida para fazer uma analise adequada.

É importante colocar esse parágrafo no seu contexto. Consideramos anteriormente a oração de Paulo (1: 15-23) no sentido de que os olhos interiores dos seus leitores fossem iluminados pelo Espírito Santo a fim de conhecerem as conseqüências do chamamento de Deus, a riqueza da herança que os guarda no céu e, acima de tudo, a suprema grandeza do poder de Deus que já esta disponível para eles.
Temos razão suficiente para ficarmos perplexos quanto a situação atual de humanidade. Os meios de comunicação nos capacitam a entender a extensão mundial da corrupção vigente. Problemas com o desemprego e a fome, o racismo, a desintegração da família, a violência a desonestidade a promiscuidade sexual e outros, são o retrato da nossa época.
No texto citado, Paulo primeiramente sonda as profundezas do pessimismo a cerca do homem, e depois sobe às alturas do otimismo a cerca de Deus, contrastando o que o homem é por natureza e o que pode vir a ser mediante a graça de Deus.
1.  A CONDIÇÃO HUMANA (1-3)
Nesta passagem, Paulo não está retratando apenas um grupo particularmente decadente. É o quadro da condição humana universal.
a)      Estávamos mortos (1-2ª)
Está é uma declaração real da condição espiritual de todas as pessoas fora de Cristo. A vida verdadeira é a comunhão com o Deus vivo, e a morte espiritual é a separação dele que o pecado inevitavelmente traz (Is 59.2). Tais estão cegas a Glória de Jesus Cristo, e surdas à voz do Espírito Santo. Não tem amor por Deus. Estão tão indiferentes a ele quanto um cadáver. Infelizmente este é um diagnostico do homem caído na sociedade caída de todos os lugares.
b)     Estávamos escravizados
“Andar”, sugerem-se um passeio agradável, com liberdade para desfrutar das belezas do nosso meio ambiente. Diferente, no entanto, era o nosso andar em delitos e pecados. Havia uma escravidão pavorosa a forças que nos controlavam.
        1º)  Paulo descreve-nos seguindo “o curso deste mundo” (2). A frase grega é seguindo o século deste mundo. As duas palavras, século e mundo expressam todo o sistema de valores sociais que está alienado de Deus. As pessoas tendem a não ter uma mente própria, mas entregam-se à cultura popular da televisão, das revistas sedutoras, etc.
        2º) O segundo cativeiro da humanidade sem Deus é o diabo, que aqui é chamado de “o príncipe da potestade do ar”. As Escrituras identificam o diabo como fonte das tentações ao pecado, como leão e como assassino. Podemos com segurança fazer remontar a ele, todo mal, todo o engano e toda a violência.
       3º) A terceira influencia que nos mantém na escravidão são as inclinações da nossa carne (3), que é a nossa natureza humana caída e egocêntrica. Nada á de errado com os desejos naturais do corpo, é somente quando esses desejos se transformam em desejos pecaminosos. As inclinações da carne envolvem também os desejos errados da mente, tais como a ambição, a rejeição da verdade conhecida e pensamentos maliciosos e vingativos.
         c). Estávamos condenados
Da condição desesperadora da humanidade caída, passamos agora para a iniciativa graciosa de Deus e sua ação.
a.      O que Deus fez.
Numa só palavra, Deus salvou-nos. Primeiro, Deus nos deu vida juntamente com Cristo (5), depois, juntamente com ele nos ressuscitou (6) e, em terceiro lugar, nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus (6). Algo semelhante ao que aconteceu com Cristo em sua ressurreição, ascensão e exaltação. Estamos assim, unidos e identificados com Cristo. Estávamos mortos, mas fomos tronados Espiritualmente vivos. Estávamos no cativeiro, mas fomos entronizados.
b.      Por que Deus o fez  
A ênfase principal desse parágrafo é que o que levou a Deus a agir em nosso favor não foi algo em nós mas algo nele mesmo. Paulo usa quatro palavras para expressar a iniciativa salvadora de Deus. Escreve da misericórdia de Deus (4), da graça de Deus (5,8) e da bondade de Deus (7).
Para reforçar a salvação como ato gracioso de Deus Paulo acrescenta duas negações:
          A primeira é: E isto (a fé) não vem de vós, é dom de Deus (8), a Segunda é: Não de obras para que ninguém se glorie. Não se trata de recompensa por qualquer ato de caridade.
 As boas obras entram no tema da salvação não como sua base ou meio, mas como conseqüência e evidencia. Não somos salvos por causa das obras, mas somos salvos para as boas obras (10) A Deus seja toda a glória por tão grande salvação!
Chamo a sua atenção para o versículos 8 e 9.  Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, reconheceu a profundidade do assunto sobre a soberania de Deus na predestinação para a mente humana, e exclamou, após fazer a mais completa apresentação do assunto no capitulo onze da carta aos Romanos: (Rm 11. 33-36). 
“Afirmamos que Cristo morreu para assegurar a salvação de uma tão grande quantidade de pessoas que ninguém é capaz de enumerar, pessoas que mediante a morte de Cristo não somente podem ser salvas, mas são salvas, têm de ser salvas; e não existe a possibilidade de, por meio de qualquer casualidade, elas serem outra coisa, exceto pessoas salvas” (Charles Haddon Spurgeon).
Não estamos falando sobre apresentar alguma terrível limitação na obra de Cristo, quando nos referimos à “expiação limitada”. Na verdade, estamos realmente apresentando um ponto de vista mais elevado sobre a obra de Cristo no Calvário, quando dizemos que a morte de Cristo realiza alguma coisa na realidade e não apenas na teoria. A expiação, nós cremos, foi autêntica, vicária e substitutiva; ela não foi uma expiação possível e teórica que, para ser eficaz, depende da ação do homem. E, quando alguém compartilha o evangelho com pessoas envolvidas em falsas religiões, eu afirmo que a doutrina bíblica da expiação realizada por Cristo é uma verdade poderosa e a única mensagem capaz de causar verdadeiro impacto em lidar com os muitos ensinos heréticos sobre a pessoa de Cristo apresentados em nossos dias. Jesus Cristo morreu em favor daqueles que o Pai, desde a eternidade, decretou que salvaria. Existe absoluta unidade entre o Pai e o Filho na salvação do povo de Deus. O Pai decretou a salvação deles, o Filho morreu no lugar deles, e o Espírito os santifica e os conforma à imagem de Cristo. Esse é o testemunho coerente das Escrituras.
 Está é a principal dificuldade do arminianismo. Uma vez que o homem poderá alterar seu destino, como podemos dizer que Deus é soberano?
Quando Cristo entrou no Santo dos Santos, Ele o fez “pelo seu próprio sangue”. Ao realizar isso, somos informados que obteve “eterna redenção”. Novamente, essa não é uma afirmação teórica, e sim a declaração de um fato. Cristo não entrou no Santo dos Santos para tentar conseguir a redenção para seu povo! Ele entrou ali depois de já ter conseguido a redenção. Então, o que Ele está fazendo agora? A sua obra de intercessão é outra obra que se realiza independentemente de sua morte sacrificial? A morte de Cristo é ineficaz sem esta “outra” obra? A intercessão de Cristo não é uma segunda obra, independente de sua morte. Pelo contrário, Cristo está apresentando diante do Pai o seu perfeito e completo sacrifício. Ele é o nosso Sumo Sacerdote, e o sacrifício que Ele oferece em nosso lugar é o seu próprio sacrifício. Ele é o nosso Advogado, como disse o apóstolo João (1 João 2.1-2).
A expiação realizada pela morte de Cristo está claramente vinculada à sua advocacia diante do Pai. Por essa razão, podemos reconhecer as seguintes verdades:
1) É impossível que o Filho não interceda por alguém em favor de quem Ele morreu. Se Cristo morreu como Substituto deles, como não poderia Ele apresentar seu próprio sacrifício em lugar deles diante do Pai? Podemos crer que Cristo realmente morreu por alguém que Ele não tencionava salvar?
2) É impossível que alguém em favor de quem Cristo não morreu receba a intercessão dEle. Se Cristo não morreu em favor de determinado indivíduo, como poderia Ele interceder por esse indivíduo, visto que não tem bases sobre as quais Ele pode buscar a misericórdia do Pai?
3) É impossível que se perca alguém em favor de quem Cristo intercede. Podemos imaginar o Filho rogando ao Pai, apresentando sua perfeita expiação em favor de uma pessoa que Ele deseja salvar, e o Pai rejeitando a intercessão do Filho? O Pai sempre ouve o Filho (João 11.42). O Pai não ouvirá as súplicas do Filho em favor de todos os que o Filho deseja salvar? Além disso, se cremos que Cristo pode interceder por alguém que o Pai não salvará, temos de crer que:
a) há divisão na Divindade – o Pai deseja uma coisa, e o Filho, outra; b) o Pai é incapaz de fazer o que o Filho deseja que Ele faça. Ambas as idéias são completamente impossíveis.
Na oração sacerdotal de Cristo (João 17), podemos ver claramente que Ele não age como Sumo Sacerdote em favor de todos os homens. O Senhor Jesus distinguiu claramente entre o “mundo” e aqueles que, em toda a oração, são mencionados como pertencentes a Ele mesmo. E o versículo 9 ressalta fortemente esse argumento:
“É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.”
Quando Cristo ora ao Pai, Ele não ora em favor do “mundo”, e sim em favor daqueles que Lhe foram dados do mundo, pelo Pai (João 6.37).
CONCLUSAO:
Os apóstolos ensinavam que Cristo morreu pelos pecadores e que o dever de todo homem é arrepender-se e converter-se. Eles sabiam que somente a graça de Deus podia produzir arrependimento e fé no coração do homem. E, ao invés de ser um obstáculo à obra de evangelização dos apóstolos, essa mensagem era o poder que estava por trás da evangelização que eles realizavam. Eles proclamavam um Salvador “poderoso”, cuja obra é todo-suficiente e que salva total e completamente os homens! Os apóstolos sabiam que Deus estava trazendo os homens para Si mesmo, e, visto que Ele é o soberano do universo, não há poder no mundo que seja capaz de parar a sua mão! Ora, existe um fundamento sólido para a evangelização! E o que poderia ser mais estimulante para um coração dilacerado por culpa do que saber que Cristo morreu em favor de pecadores e que a obra dEle não é apenas teórica, e sim real?
A igreja precisa desafiar novamente o mundo com a proclamação ousada de um evangelho que é ofensivo – ofensivo porque fala sobre Deus que salva a quem Ele quer; ofensivo porque proclama um Salvador soberano que redime o seu povo
"Minha esperança de ser preservado até o fim se baseia no fato de que Jesus Cristo pagou caro demais por mim para deixar-me escapar. Cada crente custa-lhe o sangue do seu coração. Vá ao Getsemani e ouça seus gemidos: depois, aproxime-se e observe o suor de gotas de sangue, e diga-me, ele perderá uma alma em favor de quem sofreu assim? Contemple-o pendurado na cruz, torturado, zombado, carregado com um terrível fardo e então escondido da face de seu Pai pelo eclipse; você acha que ele sofreu tudo aquilo e ainda assim permitir que aqueles em favor de quem suportou isso sejam jogados no inferno? Ele será um perdedor maior que eu se eu viesse a perecer, pois ele perderá o que lhe custou a sua própria vida. Aqui está a sua segurança - você é a porção do Senhor, e sua herança não lhe será roubada. C. H. Spurgeon
Pb. João Batista de Lima  

sábado, 14 de maio de 2011

André Lázaro - Encontrando Bianca


Na versão feminina da peça audiovisual, o material educativo anti-homofobia mostra duas meninas namorando. O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, afirma que o ministério teve dificuldades para decidir sobre manter ou tirar o beijo gay do filme. “Nós ficamos três meses discutindo um beijo lésbico na boca, até onde entrava a língua. Acabamos cortando o beijo”, afirmou o secretário durante a audiência. 
O material produzido ainda não foi replicado pelo MEC. A licitação para produzir kit para as 6 mil escolas pode ocorrer ainda este ano, mas a previsão de as peças serem distribuídas em 2010 foi interrompida pelo calor do debate presidencial. A proposta, considerada inovadora, de levar às escolas públicas um recorte do universo homossexual jovem para iniciar dentro da rede de ensino debate sobre a homofobia esbarrou no discurso conservador dos dois principais candidatos à Presidência. 
O secretário do MEC reconheceu a dificuldade de convencer as escolas a discutirem o tema e afirmou que o material é apenas complementar. “A gente já conseguiu impedir a discriminação em material didático, não conseguimos ainda que o material tivesse informações sobre o assunto. Tem um grau de tensão. Seria ilusório dizer que o MEC vai aceitar tudo. Não adianta produzir um material que é avançado para nós e a escola guardar.” 

Apesar de a abordagem sobre o adolescente homossexual estar longe de ser consenso, o combate à homofobia é uma bandeira que o ministério e as secretarias estaduais de educação tentam encampar. Pesquisa realizada pelas ONGs Reprolatina e Pathfinder percorreram escolas de 11 capitais brasileiras para identificar o comportamento de alunos, professores e gestores em relação a jovens homossexuais. Escolas de Manaus, de Porto Velho, de Goiânia, de Cuiabá, do Rio, de São Paulo, de Natal, de Curitiba, de Porto Alegre, de Belo Horizonte e de Recife receberam os pesquisadores que fizeram 1.406 entrevistas. 
O estudo mostrou quadro de tristeza, depressão, baixo rendimento escolar, evasão e suicídio entre os alunos gays, da 6ª à 9ª séries, vítimas de preconceito. “A pesquisa indica que, em diferente níveis, a homofobia é uma realidade entendida como normal. A menina negra é apontada como a representação mais vulnerável, mas nenhuma menina negra apanha do pai porque é pobre e negra”, compara Carlos Laudari, diretor da Pathfinder do Brasil.

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