sábado, 11 de junho de 2011

Texto: Atos 13. 1-4: Tema: Transformando a visão em ação. Conclusão!

”. Há três questões que eu quero destacar nesse versículo 2,
 Primeiro. Quando a obra missionária tem originalidade e supervisão do Espírito. O melhor de Deus é entregue a Deus, quem está indo lá e separando Paulo e Barnabé? Não é o presbitério, não é o conselho da igreja, por que ai corremos o risco de escolher errado. Mais quem ta indo também não é o departamento de missões da sua igreja, quem ta separando Paulo e Barnabé é aquele que determina a originalidade da obra missionária. É aquele que garante a supervisão da obra missionária, e Ele sabe a quem Ele chama e porque Ele chama. Então Ele manda separar Paulo e Barnabé, e quem eram Paulo e Barnabé? Eram crentes trabalhosos lá da igreja e o pastor quer se livrar, ai manda pro campo missionário? Não! Paulo e Barnabé eram o melhor que a igreja tinha, é alguém que tava dando trabalho na igreja ai manda pro ministério pra depois ficar dando trabalho no plenário? Não! É gente cheio do Espírito Santo cheio de caráter, que tem vida e testemunho diante de Deus. O reverendo Ariosvaldo Ramos disse que alguém falou para ele, “o problema maior da igreja é que os bandidos descobriram a igreja”, e quando esse tipo de gente descobre a igreja nós enviamos o pior pra missões, mais aqui por que a obra é originalizada pelo Espírito, ele tira o melhor, por que a gente não consegue imaginar um pastor deixando a igreja para ir ao campo missionário? Por que a gente não tem a visão de que o melhor de Deus é para missões. Por que a gente tem dificuldade de enviar uma oferta especial pra missões uma vez por ano? É por que não entendemos que missões merecem todo o sacrifício afinal o principio é teológico, o que Deus tinha de melhor mandou pra nós. Ele não pegou um daqueles anjos e mandou pra cá, ele mandou o seu filho, o que ele tinha de melhor no céu e é como se ele dissesse: esse é o principio que eu quero ver na obra missionária. Por que é que queremos construir outro principio se o principio é esse? Olhe para Deus que deu exemplo com a sua vida, entregou o seu filho para missões e por isso ele pode exigir o melhor da igreja. Por que por essa igreja ele deu o que tinha de melhor. É isso que esta aqui no versículo de numero 2.

Segundo. Nós precisamos saber se de fato sabemos pra que Deus nos chamou. Você sabe pra que Deus lhe chamou? Essa gente era profeta essa gente era mestre, essa gente estava desenvolvendo um trabalho extraordinário e Deus diz: olha separai-me a Paulo e Barnabé para a obra que eu chamei. Amados, Deus sempre tem um chamado específico pra nós, por que Deus tem sempre novos desafios pra colocar em nossas mãos. O ministério na perspectiva de uma mesmice, de uma rotina onde a gente se conforma em ir e voltar pra igreja sem que nada aconteça, assim a gente morre e mata a igreja. Mais quando temos a visão de que Deus sempre tem algo novo pra exercer na nossa vida começamos a enxergar o ministério com uma dinâmica extraordinária e ele não se torna rotina, pelo contrário depois de algum tempo a gente quer entregar o ministério por que não agüentamos mais a igreja, e a igreja quer nos botar para fora por que também não nos agüenta mais. E então se transforma numa problemática sem fim. Mais antes que a igreja de Antioquia botasse Paulo e Barnabé pra fora o Espírito Santo o fez. Precisamos atentar para o chamado especifico de Deus. Nós precisamos pensar pra que Deus me chamou, será que é pra ficar lá na igreja perdendo tempo brigando com o presbítero? Com Diácono? Será que Deus quer usar a gente em outro lugar? Que Deus nos ajude a fazer uma reflexão, a avaliar o nosso ministério, e rever os nossos paradigmas e a aplicar a visão do Reino de Deus em nossa vida.
                     
Terceiro. Precisamos entender que o chamado de Deus nem sempre esta acompanhado de Clareza. Aquela clareza que a gente tem na igreja local, a gente sabe que na terça tem oração, na quinta tem doutrina e no domingo escola dominical, à noite o culto. Se morrer alguém a gente enterra, se nascer alguém a gente batiza, se alguém noivar a gente casa, e se alguém quiser separar a gente tenta reconciliar. Então a gente já sabe o que vai acontecer, Paulo e Barnabé vocês vão para uma obra que eu lhes chamei, quanto é o salário, qual é a cidade e o que é que eu vou fazer? Não ta nada claro, John Stott disse que é igual ao chamado de Abraão, “Abraão deixa a tua parentela e vai para uma terra que eu vou lhe mostrar”, ou seja, tem que ter confiança em Deus. Tem que ter convicção de que Deus mandou e ele vai mostrar o que fazer e dar tudo que você precisa para realizar a obra dele. Hoje porém convenhamos que ficou um pouco difícil de fazer missões, por que a gente quer uma coisa muito clara e as vezes não da pra ser tão claro. Esse é terceiro fato que eu vejo aqui, Deus não foi muito Claro ao Chamar Paulo e Barnabé. Versículo 3. Eu entendo que há ainda duas questões para a igreja que quer transformar a visão em ação.

Primeiro. O Espírito Santo é quem nomeia e quem envia. Mais o Espírito Santo nomeia e envia através da igreja, ele nomeou Paulo e Barnabé, mas foi através da igreja que eles foram enviados. Ele faz isso através da igreja que tem visão e se abre para missões.

Segundo. Precisamos evitar o individualismo em nome do Espírito e o institucionalismo sem o Espírito. John Stott. Onde esta o individualismo? Alguém chega à igreja e diz: Deus me chamou pra missões e eu vou, e a igreja? Não importa o que a igreja pensa, o individualista o Espírito me disse. O Espírito me tocou pra eu ir pro seminário, mais e a igreja vê sinais de vocação em você? Não sei, só sei que o Espírito me mandou e eu vou e quando tá no seminário não tem mais tempo pra Deus. Por que você não estava na escola dominical domingo de manhã? Por que eu estava estudando pra prova do seminário. Que seminário é esse que rouba o dia do Senhor da sua vida? Deus vocaciona e chama, mas quem legitima o chamado do obreiro é a igreja, é o pastor que ta do lado e que vê nele o fruto a vida e o caráter de um vocacionado, do contrario não adianta mandar pro campo, é problema.
Por outro lado existe o institucionalismo destituído do Espírito. É a igreja que acha que pode fazer a obra de Deus sem ouvir o Espírito, que a instituição já criou a sua infra estrutura e ela já sabe tudo o que fazer e não ouve o Espírito, sabe qual é o problema? Ela deixa de vê no chamado o chamado e começa a fazer politicagem dentro da igreja e se colocar a favor de quem não tem o chamado, por que a instituição é humana e comete esses erros porque a instituição precisa estar presente mais ouvindo o que o Espírito diz a igreja. A igreja coloca essa visão em ação quando ela observa essas questões que esta escrita aqui em atos nos versículos 2,3 de Atos 13. Foi o que Antioquia fez. Eu quero concluir indo pra terceira e ultima parte.

Terceiro. Transformando a visão em ação no campo missionário.
Tem muita gente que tem visão mais quando vai pro campo volta cego, perde a visão, o que foi que aconteceu? Nada, o campo disse que eu não tenho chamado pra lá. Tinha uns gigantes lá e eu tive que sair correndo mas Deus não tinha lhe chamado? Eu acho que ouvi demais!

Conclusão:
Os três aspectos que eu vou colocar pra concluir ele têm o caráter mais missiologico, eu vejo isso em Paulo e Barnabé,
Missionário precisa ter compromisso em prestar relatório com o campo que lhe enviou, ele tem satisfação pra dar. Paulo no capitulo 14 verso 27 vemos que a primeira coisa que ele faz é prestar relatório do seu trabalho, o valor disso aqui é que ele mostra que tem compromisso com quem tem compromisso com ele, ele mostra que esta debaixo de uma autoridade.
Precisamos entender que missionário tem a necessidade e a responsabilidade de se envolver com questões teológicas, por que o campo é um lugar de muitos conflitos. É lugar de muitas dúvidas, todos lá tá novo e querem saber de tudo e você precisa dar uma resposta a eles. Precisamos acabar com essa idéia de que o missionário não precisa saber teologia por que ele tá indo só evangelizar, e ai qual é a perspectiva não é de firmar um povo pra Deus? Se for pra gente abrir uma Igreja presbiteriana com uma proposta neo pentecostal, não vamos fazer isso. Nós devemos abrir mais um campo missionário por que nós temos uma teologia que é capaz de fazer a diferença. No capitulo 15 verso 6 eu vejo uma discussão importante sendo feita na assembléia de Jerusalém e ela tem como foco missionários. Esses missionários que voltaram do campo estavam envolvidos aqui em questões teológicas, por que para eles era importante resolver essas questões e levar para o campo um posicionamento da igreja para o campo missionário.
Nós precisamos ter cuidado de dar ao campo missionário desde cedo uma identidade de igreja. Não estamos abrindo campo missionário pra ser eterno campo missionário. Que oremos a Deus para sermos campos missionários com caráter de igreja e identidade denominacional. A igreja primitiva compreendeu e praticou o sacerdócio universal. A igreja primitiva entendeu que era o corpo de Cristo e que assim como Ele, em carne, andou entre os homens e em todos os lugares, ela, assim também, deveria viver.       
Pb. João Batista de Lima.                 

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