segunda-feira, 6 de junho de 2011

Estudo na carta de Paulo aos Efésios capitulo 3. 1-13 conclusão

b.     Manifestando o mistério a todos os homens (v. 9)
A segunda parte ou etapa do ministério privilegiado de Paulo é expressa nestes termos: manifestar qual seja a dispensação (plano) do mistério, desde os séculos ocultos em Deus, que criou todas as coisas. O versículo 9 não é uma repetição do versículo 8. Há três diferenças relevantes.
Em primeiro lugar, a pregação do evangelho agora é definida, não como euangelizó (“anunciar boas novas”), mas, sim, como photizò (“iluminar”). Paulo já empregara esse verbo em 1: 18. Agora o pensamento muda do conteúdo da mensagem (boas novas) para a condição daqueles aos quais é proclamada (nas trevas da ignorância).
c.      Tornando conhecida a sabedoria de Deus para os poderes cósmicos (v. 10)
A perspectiva do apostolo alarga-se ainda. Diz-nos que, embora o evangelho seja endereçado primária e diretamente aos seres humanos, traz indiretamente uma mensagem também aos anjos, aos principados e potestades nos lugares celestiais. O que ele quer dizer?
O primeiro resultado a ser esperado da pregação das insondáveis riquezas de Cristo e do mistério seria o crescimento da igreja. Os gentios e os judeus aceitariam o evangelho, seriam convertidos, e se achariam juntos como membros da família de Deus e do corpo de Cristo. De fato, isto já havia acontecido, quando Paulo estava escrevendo. Ele não estava tecendo teorias. O mistério não era uma abstração. Estava assumindo uma forma concreta diante dos olhos das pessoas.
Assim, pois, enquanto o evangelho se espalha em todas as partes do mundo, esta nova comunidade cristâ de cores variadas desenvolve-se. É como a encarnação de um grande drama. A historia é o teatro, o mundo é o palco, e os membros da igreja em todos os países são os atores. O próprio Deus escreveu a peça e a dirige e a produz. Ato após ato, cena após cena, a história continua a desdobrar-se. Mas quem está no auditório? São as inteligências cósmicas, os principados e potestades nos lugares celestiais. Devemos pensar neles como sendo os espectadores do drama da salvação. Por isso, “a historia da igreja cristâ fica sendo uma escola superior para os anjos”.
Nosso conhecimento desses seres espirituais é limitado, e devemos tomar cuidado para não irmos além daquilo que as Escrituras ensinam, não caindo na especulação ociosa. É através da velha criação (o universo) que Deus revela sua gloria aos seres humanos; é através da nova criação (a igreja) que revela a sua sabedoria aos anjos. Parece legitimo dizer que, embora nós não possamos vê-los, eles podem nos ver. Olham fascinados ao verem gentios e judeus sendo incorporados na nova sociedade como iguais. Ademais, aprendem da composição da igreja não somente a multiforme sabedoria de Deus (v, 10) como também o seu eterno propósito (v. 11). Este propósito, ele o estabeleceu em Cristo Jesus nosso Senhor, no palco da História, mediante a sua morte e ressurreição, o dom do seu Espírito, a pregação do evangelho, e a emergência da igreja. Porque é em Cristo Jesus nosso Senhor mediante a fé nele que todos nós, sejamos judeus ou gentios, temos ousadia e acesso com confiança (v. 12). Este acesso universal de todo o povo de Cristão a Deus através de Cristo é aquilo que os reformadores do século XVI chamavam de “o sacerdócio universal de todos os crentes”; é um privilegio fundamental de todos os que estão em Cristo, ou seja, da igreja, a comunidade universal de judeus e gentios, acerca da qual Paulo acabara de escrever.
Conclusão:
A principal lição desta primeira metade de Efésios 3 é a centralidade bíblica da igreja. Algumas pessoas constroem um cristianismo que consiste inteiramente em um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, e que virtualmente, nada tem a ver com a igreja, mas acrescentam que já rejeitaram a organização eclesiástica como sendo irrecuperável. Ora, é compreensível, até mesmo inevitável, que critiquemos muitas das estruturas e tradições herdadas pela igreja. Toda igreja, em todo lugar e a todo tempo, precisa de reforma s de renovação. Deves ter cautela, para não desprezarmos a igreja der Deus, e para que não sejamos cegos diante da sua Historia.
1.      A igreja ocupa lugar central na História
O versículo 11, conforme vimos, alude ao eterno propósito de Deus. É também chamado de seu palno ou o plano de mistério (v. 9). Fomos informados de que esse é o plano no propósito de Deus, que foi concebido na eternidade, conservado oculto desde os séculos (v. 9), o qual em outras gerações não foi dado a conhecer aos filhos dos homens (v. 5). Ele agora o estabeleceu em Cristo Jesus nosso Senhor, primeiramente através da sua obra histórica na salvação e através da sua proclamação subseqüente no mundo.
A Historia secular concentra-se nas guerras, nas batalhas e nos tratados de paz, seguidos ainda por mais guerras, batalhas e tratados de paz. A Bíblia concentra-se, pelo contrario, na guerra entre o bem e o mal, na vitória decisiva ganha por Jesus Cristo sobre os poderes das trevas, no tratado de paz ratificado pelo seu sangue, e na proclamação soberana de uma anistia para todos os rebeldes que se arrependem e crêem.
2.      A igreja é central para o evangelho.
3.      A igreja é central na vida cristâ
 Devemos estar prontos a orar, a trabalhar e, se necessário, a sofrer, a fim de transformar esta visão numa realidade.   
Pb. João Batista de Lima

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