segunda-feira, 28 de maio de 2012

Culto na IPB Morada Nova recebeu rev. Moisés Batista e Pb. Lusivan Holanda nas festividades de 1º ano.

Culto na IPB Morada Nova recebeu rev. Moisés Batista e Pb. Lusivan Holanda nas festividades de 1 ano.

Maio é  mês de comemoração da Igreja Presbiteriana do Brasil. São 153 anos de história e de perseverança no Evangelho. Nos dias 25 a 27 de Maio, a Igreja Presbiteriana de Morada Nova, campo missionário do Projeto Rumo ao Sertão, realizou cultos de ação de graças, também por seu aniversario de um ano.
De acordo com o conteúdo das pregações foi um momento de muita emoção para a comunidade. "Nossa igreja está em festa, pois, realizar o culto de aniversário do seu 1ºano da IPB em Morada Nova, é uma benção para nós. Pb. Lusivan Holanda disse que o intuito de participar do culto em nossa igreja é justamente para prestigiar quem está começando".
 O presidente do IBR Lusivan Holanda, foi o preletor das noites de Sábado e domingo. Esteve presente, também, a Irmã Larissa Montenegro (esposa de lusivan) e sua filhinha Maria Fernanda, o irmão Cleiton e sua Noiva Rafaella.
Foram convidados os campos missionários e seus respectivos missionários das seguintes cidades, IPB Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte, Jaguaruana, Jaguaribe, Aracati, IPB Pereiro, Russas Quixadá. Obreiros; José Hélio, Francisco Hélio, Jeová Ananias, Welighton, Flavio e Genis. Rvs. Ely Leite, Elias Carneiro.
Participaram. Missionário Flavio IPB Quixadá, Rer. Moisés Batista IPB de Piquet Carneiro, que Foi o pregador na noite de sexta feira na abertura das festividades,
Foram momentos de muita alegria por ver os irmãos participando com muito fervor e felizes por fazer parte da história de plantação desta Igreja. A Igreja Presbiteriana de Morada Nova iniciou suas atividades há 1 ano nesta cidade.
A festividade para a comunidade da IPB de Morada Nova é em dose dupla. Os 153 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil será comemorado com muita emoção para os membros dessa igreja que, assim como a IPB, teve seu início fundamentado na comunhão entre os irmãos, realça o Pb. João Batista.
As pregações do Pb. Lusivan Holando foi de suma importância para a igreja e para os que nos visitavam. Os cânticos que foram entoados pela Irmã Larissa Montenegro Levou-nos a momentos de Reflexão e todos ficaram satisfeitos com o que Deus fez nestes 3 dias de comemoração por nosso 1º ano neste cidade.
Só temos de agradecer a Deus por nos ter proporcionado tamanha felicidade de ver uma Igreja Reformada em contexto neo pentecostal esta com uma participação como a nossa nestes dias.
Na noite de sexta feira tivemos a participação no louvor de, Jamilly Flavio e Edson, da cidade de Quixadá. Que venham os próximos desafios e que Deus nos conceda muito mais vitórias para a Glória do seu nome. Pb. João Batista de Lima. SOLI DEO GLORIA!!!

domingo, 20 de maio de 2012

1 ano da IPB em Morada Nova

1 ano da IPB em Morada Nova

Nos dias 25 a 27 completa um ano de Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) em Morada Nova Ceará.  No dia 09 de fevereiro de 2011 chegamos nesta cidade para começarmos a plantação deste trabalho, eu minha esposa Eliuda Maria e nossos dois filhos, Jeiel Esdras e Jesrael Lucas. É claro que enfrentamos muitas dificuldades nesta caminhada, estamos completando 1 ano de muitos desafios e lutas, mais até aqui o Senhor nos ajudou.
Dizem que apenas os loucos falam consigo mesmo, correto?  Dizem, mas eu discordo. Lembra do salmista falando consigo na Escritura - "por que estás abatida, ó minh'alma?"? (Sl.42.5). Para o salmista era o contrário da loucura, era um exercício de manutenção da lucidez.
Muitas vezes eu estive assim também, pensativo e até pensando em parar por um tempo,
Não que haja algum arrependimento nesse processo, nenhum. Pelo menos não que eu lembre. Não quero dar a impressão que não cometi erro algum, porque é possível e provável que alguma coisa eu tenha feito de errado. Mas ao mesmo tempo eu creio que Deus conduziu a transição de modo tão perfeito, que eu não consigo imaginar algo contrario ao que esta acontecendo.

Eu não posso falar de modo genérico, porque desconheço a realidade de outras cidades e estados, mas noto grande diferença em termos de liberdade para trabalhar a partir dos pressupostos reformados. Infelizmente, eu já fiz um duplo esforço - o de lutar por um lugar para a perspectiva reformada, e então poder ensinar algo dela. Gastava-se mais energia até chegar ao ensino ou ministério propriamente dito. Em Morada Nova a experiência tem sido diferente: por haver um compromisso institucional com a cosmovisão reformada, o ministério tem "fluído" mais tranquilamente. Não "romantizo" a presbiteriana: a minha experiência foi desta maneira. Ao mesmo tempo, sei que é possível um pastor presbiteriano ter dificuldades para exercer o ministério reformado em alguma igreja com maior influência arminiana, pentecostal ou etc.
Além disso, cada igreja possui as suas lutas, então sempre há o que trabalhar, e a perfeição é inexistente deste lado do céu. Busco ainda outra diferença notável que é o grau de companheirismo e amizade entre os pastores não apenas da mesma igreja, mas do presbitério. Temos um relacionamento de companheirismo, posso citar alguns como por exemplo os reverendos Djalma, Marcos Severo Giovanni Almeida e o Presbitero Lusivan Holanda e Eduardo Paulo. Entre outros que conseguimos manter um relacionamento de verdadeiros companheiros ministerial.  Antes de vir para Morada Nova estivemos trabalhando na IPC Igreja Presbiteriana de Caraúbas, hoje pastoreada pelo rev. Giovanni Almeida.  Contamos com um numero de 11 membros e 14 congregados que já estão sendo discipulado para o batismo e profissão de fé.
É provável que no próximo ano nós estaremos sendo transferidos para outra cidade, esperamos que Deus nos ajude a manter um trabalho de relevância enquanto estivermos aqui. Hoje estamos agradecidos a Deus por ter nos dado a oportunidade de Plantar mais uma igreja no solo nordestino! Pb. João Batista de Lima

sábado, 19 de maio de 2012

Lições Sobre Alegria



Lições Sobre Alegria 
Tiago Santos
 Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Salmo 37.4  
 O salmo 37 é um poema sapiencial (de sabedoria; com orientações práticas sobre como Deus quer que vivamos nossa vida) em forma de acróstico. Neste tipo de composição, as linhas ou estrofes iniciam, cada uma, com letras em ordem alfabética. Essa técnica, a exemplo do paralelismo, auxilia na memorização do ensino.
Todo o Salmo 37 mostra a perplexidade de Davi com toda forma de impiedade; trata da adversidade dos justos face a prosperidade dos ímpios. Ensina-nos a como viver no meio dos que odeiam o povo de Deus, e como devemos confiar nossos caminhos a ele.

O verso que abre este texto, e fonte de nossa consideração, fala sobre agradar-se no Senhor, ou seja, ter agrado em; ter prazer em; ter contentamento ou satisfação em;

Este verso fala sobre o resultado de nos agradarmos no Senhor. Fala-nos sobre a verdadeira e pura alegria! A alegria (lat. alacre) é um sentimento nobre. Diz-se da alegria ser um sentimento ou senso de contentamento; de júbilo e exultação; de felicidade íntima ou interior.

Ademais, este versículo é também uma promessa: Agradarmo-nos do Senhor há de satisfazer os desejos de nosso coração. 

A questão é: O que é agradar-se do Senhor ? ou como nos agradarmos do Senhor ? 

Este é um privilegio somente daqueles que o conhecem. Não podemos nos agradar - ou nos alegrar - com o que ou quem não conhecemos. Conhecer ao Senhor faz-nos desejar parecer mais com ele. Passamos a querer ter comunhão com o Senhor, e nos alegramos em sua presença. 

Agradar-se do Senhor, pressupõe, portanto, um conhecimento íntimo dele e de sua obra. Este fato por si só há de gerar deleite em nossas almas. 

Ao abrirmos a Escritura, ou ouvirmos a sua mensagem, e, iluminados pelo Espírito Santo, passarmos a conhecer a gloriosa verdade acerca de Deus, de Seu ser, seus atributos, sua vontade, suas obras, haveremos de ter deleite sem igual ! A Fé, meus irmãos, produz alegria em nossos corações. 

Supor, portanto, que seguirmos o caminho do Senhor significa em "dolorosas austeridades, melancolias e tristezas" oriundas do fato de termos de nos "negar a nós mesmos" e "carregar a nossa cruz diariamente" é uma tolice; uma distorção do caráter da verdadeira e pura religião. 

Afinal, temos de entender que "negar a nós mesmos" é um privilegio da graça, pois ao fazermos assim, negamos nossa natureza corrupta e pecaminosa; quando "carregamos nossa cruz", que é instrumento de morte, na verdade, estamos declarando que morremos para nós mesmos e para o mundo e vivemos em Cristo, "crucificando-nos a nós mesmos para o mundo e o mundo para nós".

As Escrituras estão repletas de ensinamentos que revelam-nos que a natureza da verdadeira alegria e felicidade plena, não está na ausência de sofrimentos ou dores, mas sim em estar na presença do Senhor e de meditar em sua Palavra.

Aliás, a prova de nossa alegria no Senhor vem de nossas lutas e provações (Tg. 1.2), pois desenvolve nossa fé; a resignação de nossos pais na fé (Elias, Davi, Jó, Paulo, etc) são incontestes evidências de que acolhiam com alegria e contentamento a providência de Deus em suas vidas; não que eles não tenham sentido a agudez dos sofrimentos e tristezas na carne; eles não se alegravam nas aflições em si mesmas, mas na capacidade de suportá-las que o Senhor lhes outorgava. Confiar na providência e apegar-se à sua Palavra arrefecia sua miséria e intensificava seu deleite nele.

Vejamos as seguintes passagens:
Salmo 40.8: "Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei";
Salmo 119.47: "Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo".
Romanos 7.22: "Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus";
I Pedro 1.8: "... a quem, não havendo visto, amais. No qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória";

Tributar amor a Deus pelo que ele é, em si mesmo, já seria suficiente para nosso deleite eterno; ele, no entanto, concede-nos amá-lo e alegrarmo-nos nele pelo que ele é e pelo que ele está fazendo! As manifestações de suas glórias, tanto no céus como na terra, trazem perene deleite à sua Igreja, tanto aquela que triunfa como a que ainda milita.

Se, portanto, amaramos a Deus de todo o nosso coração, de toda nossa alma, com toda nossa força e entendimento, e, amarmos assim a sua santa, pura e perfeita Palavra, haveremos de experimentar tamanha alegria, que nem se pode mensurar, independente das circunstâncias.

É isto que o salmista está dizendo! Se nos agradamos de Deus (e tudo que esta sentença infere), haveremos de ter plena alegria nele. Nosso caminho será dele e o mais ele fará. Não precisamos nos preocupar com a injustiça à nossa volta, nem aquelas que contra nós é dirigida. Nossa atenção está voltada para ele, para ele somente.

Conhecer ao Senhor e amá-lo; amar a suas obras - que são a manifestação de sua sabedoria, bondade, poder ; amar a sua Palavra,isto é agradar-se do Senhor.

E, quanto mais nos "agradamos" do Senhor, tanto mais ele será o maior desejo do nosso coração!

O cumprir a Lei de Deus - satisfazer a sua vontade - será o desejo maior de nosso coração! A promessa consiste justamente em Deus nos fortalecer e colocar de lado nossos desejos ensimesmados, e nosso desejo passa ser o de obedecê-lo; de viver vidas santas e agradáveis a ele; nos conformarmos à sua estatura e imagem. Assim, o próprio Deus se compromete a realizar tais desejos, pois são para sua glória.

O Senhor Jesus Cristo, quando encarnou-se e viveu como homem, nutria em seu coração o desejo de glorificar ao Pai, e o Pai satisfez o desejo de seu coração (Jo 12.50; 17.4,5,24).

Qual é o desejo de nosso coração?

Cristo - Deus verdadeiro e homem verdadeiro - deu-nos sua vida na cruz do Calvário para que pudéssemos ter vida nele. À parte de Cristo, Deus nos seria por adversário e as Escrituras ecoariam condenação, mas nele, somos feitos filhos de Deus. Sua obra redentora concede-nos acesso ao Pai e é somente em Cristo que poderemos nos agradar do Senhor, e somente em Cristo que os desejos de nosso coração serão satisfeitos.

Nossa alegria consiste em estar em e conhecer a Cristo e ter comunhão com ele. Será este o seu caso? Você está alegre no Senhor ? Você se agrada no Senhor? Qual o desejo do seu coração ? Será um desejo que você pode entregar nas mãos do Senhor para que sejam satisfeitos?

Ó, que a bondade de Deus, em conceder-nos Cristo para que nele busquemos sua face, o conheçamos e dele nos agrademos, conceda-nos a graça de que o desejo de nosso coração seja a sua glória.
 Esta é uma promessa que se cumprirá cabalmente naqueles que forem achados fieis no Senhor e dele se agradarem.
 Amém.

domingo, 13 de maio de 2012

Dia Feliz com as mães!

Nunca entendi porque as homenagens às mães são, geralmente, tristes e melancólicas. Vem-me a memória aquela famosa canção: “Mamãe, mamãe, mamãe, Tu és a razão dos meus dias…” embalada pela entonação dramática do Agnaldo Timóteo. A letra é linda, mas a clássica interpretação parece mais um hino fúnebre.
É preciso reparar essa injustiça. Nesse dia que se convencionou o dia DELAS (o dia D), a atmosfera deve ser de puro entusiasmo, alegria, festejo. Na figura da mãe, Deus se mostra mais nitidamente. Quem mais, além do Senhor, nos ama incondicionalmente, com desvelo, zelo e cuidados sem limites? A maternidade é porção abundante de divindade.
Tudo de lindo que já se falou e escreveu sobre as mães é ainda pouco para fazer uma justa homenagem a essas mulheres divinas. Acredito que todos os mais sublimes adjetivos de todos os idiomas do planeta são pobres e  insuficientes para descrever, e laurear, nossas mães. Palavras são recursos limitados demais, não comportam o universo chamado MÃE.
Mãe é benção, dádiva e bem-aventurança, então, a tônica desse dia deve ser a alegria, muita alegria. Digo para aqueles que têm suas mães ao seu lado: regozijem-se, sejam gratos a Deus por estarem partilhando suas vidas com elas. Aqueles cujas mães estão em outra dimensão, alegrem-se igualmente por todos os momentos que viveram ao seu lado! Aqueles que nunca puderam conhecer ou conviver com suas mães, alegrem-se pela vida ganha das mãos do Todo-poderoso que lhes trouxe ao mundo através de um útero fértil por Seu amor criador.
Todos os dias são Maternos, todos os dias pertencem a essas maravilhosas, lindas, exuberantes e insubstituíveis mulheres. Meigas, duronas, moderninhas, conservadoras, frágeis, fortes, enérgicas, tolerantes…sempre amorosas, sempre protetoras, sempre-MÃES, doadoras de vida.
Hoje em Morada Nova foi uma benção e graças a Deus tínhamos 28 mães visitantes e Deus nos honrou com sua presença através das mensagens lidas pelas irmã!
Que Deus continue abençoando a todos da Igreja que se esforçaram para a Realização deste evento!  


sexta-feira, 11 de maio de 2012

O Homem - Um ser Rebelde



O Homem - Um ser Rebelde
Por Francis Schaeffer
Os cristãos muitas vezes comentam o quanto ficaram "chocados" por terem observado este ou aquele comportamento. Nós nunca deveríamos hesitar em denunciar algo quando está errado. Mas como podemos ficar "chocados" ou surpresos com os pecados dos outros, se nós mesmos somos igualmente corruptos aos olhos de Deus? Se realmente entendemos o quanto todos nós somos pecaminosos aos olhos de Deus, então estaremos em condições de compreender que estamos no mesmo nível que o resto das pessoas. Do ponto de vista da nossa natureza pecaminosa, estamos todos reduzidos às mesmas proporções.
Paulo fez desta questão da pecaminosidade humana algo pessoal, incluindo-se na discussão. Ele não estava dizendo "Serão os judeus melhores que os gentios?" Ele estava dizendo "Será que somos melhores, do que eles?" (3.9). Ele se identifica a si mesmo com os seus companheiros judeus. "Seria eu, seríamos nós melhores do que eles?" pergunta ele. E a resposta é: "Não. Nós, inclusive eu, não somos melhores do que eles".
A citação que Paulo faz do Antigo Testamento certamente teria arrasado os seus leitores judeus - e, por extensão, também os leitores cristãos de hoje. Como alguém pode sentir que está em numa posição confortável diante do Deus santo, só pelo fato de ter uma Bíblia, se a Bíblia mesmo diz que ninguém é justo? Todo aquele que tentar se autojustificar acabará levando só pedradas depois do versículo 12. Ninguém está a salvo só porque se escondeu debaixo das asas protetoras do Judaísmo - ninguém está a salvo só por estar debaixo das mesmas asas do Cristianismo. Ninguém é justo, "nem um sequer".
Será que isto significa que estamos todos além da esperança? Se todos somos assim tão moralmente corruptos aos olhos de Deus, será que resta alguma esperança para nós? Lembre-se de que neste ponto, em sua carta aos Romanos, Paulo ainda está pregando "a primeira metade do evangelho"; ele continua tentando .mostrar que todas as pessoas necessitam de salvação. Não se esqueça do pressuposto disso tudo: "não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação" (1.16).
"Mas por que eu preciso de salvação?"
"Porque você está sob a ira de Deus."
"E por que eu estou sob ira de Deus?"
Paulo está respondendo a esta questão na primeira metade do seu comentário ao evangelho (1.18—3.20), e ele prossegue em 3.13, traçando um quadro assustador da raça humana.
A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos. (3.13-18)
Que terrível quadro Paulo está apresentando da raça humana dos seus próprios dias. E poderíamos supor que a humanidade de hoje esteja de alguma maneira melhor? Será que a humanidade "progrediu" em termos de moralidade - como tantos querem nos fazer acreditar? A Palavra de Deus certamente diria "Não, nem um sequer!" Podemos até estar progredindo em certo sentido, mas não quanto à nossa postura moral diante de Deus. Não devemos ousar tratar o assustador quadro de Paulo como se fosse uma abstração qualquer. É assim que nós, hu¬manos, somos, e é assim que um Deus santo nos vê.
Ora, sabemos que tudo o que a lei diz aos que vivem na lei o diz, para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. (3.19-20)
Paulo está agora partindo para a conclusão do seu discurso con¬tra os judeus; mas, da mesma forma como ele tem feito desde o versículo 9, ele vai progressivamente estendendo sua análise para incluir toda a humanidade. Uma vez que nem um sequer, não importa se judeu ou gentio, está guardando a lei de forma perfeita, a única conclusão possível é que toda a humanidade apresenta-se culpada diante de Deus e sujeita ao um devido julgamento. "Visto que... por obras da lei..." Paulo está se referindo não apenas à Lei de Moisés, mas a boas obras de qualquer tipo: "visto que ninguém será justificado diante dele por [boas] obras da lei". O sentido do grego original é ainda mais forte.- "Nenhuma carne jamais será... nenhuma carne poderá jamais ser justificada". Todos aqueles que não têm a Bíblia serão julgados de acordo com o padrão perfeito de Deus, com base no juízo que cada um faz dos outros, como vimos em 2.1.
Ninguém jamais poderá dizer "segui completamente o padrão, de acordo com o qual eu julguei os outros". E, em seguida, vem o judeu e diz "está certo, acontece que nós temos a Bíblia". E Deus responde: "É verdade, mas também é verdade que você não a seguiu". Portanto, a conclusão a que chegamos é que a nossa situação é simplesmente caótica. "Visto que ninguém jamais será justificado diante dele [de Deus] por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado".
Chegamos assim ao final da apresentação de Paulo da "primeira metade do evangelho". Ele levou a maior parte do primeiro capítulo, todo o segundo capítulo e grande parte do terceiro capítulo para nos mostrar que precisamos da salvação. O que ele ainda não nos contou foi como ser salvo. A palavra salvação ocorreu somente uma vez, em um dos versículos-chave: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação" (1.16). Quer seja no mundo grego e romano humanista, quer no humanismo do século 20, por toda parte ouvimos a mesma queixa-. "Por que eu preciso de salvação?" As pessoas podem até ter todo o tipo de opiniões sobre se Deus existe ou como ele é se ele realmente existir, mas quando elas ouvem falar que Deus diz que devem ser salvas, elas geralmente têm objeções.
É interessante notar que as pessoas não rejeitam o Existencialismo . da mesma forma como rejeitam o Cristianismo. O existencialista diz que todas as pessoas estão perdidas. O existencialista diz que todas as pessoas estão condenadas. O existencialista diz que não há esperança alguma. Cínicos e niilistas de todos os tipos dizem que não há esperança na vida, a vida é complicada, a vida é impossível, o homem é um zero à esquerda. E é aí que o Cristianismo difere radical-mente do Existencialismo e eis porque as pessoas têm uma reação assim tão forte contra o Cristianismo, mas não contra o Existencialismo.
O Existencialismo diz que o homem é um zero à esquerda e que está irremediavelmente perdido. Já o Cristianismo diz que o homem está perdido sim, não pelo que ele é, mas devido à forma pela qual ele resolveu agir, por livre e espontânea vontade. Se um homem é condenado pelo que ele é, você não poderia dizer que ele está errado - ele é apenas patético. Mas o Cristianismo diz que o homem não é patético. Na verdade, o homem é uma maravilhosa criação de Deus. Acontece que ele também é um ser rebelado contra Deus e merece a ira de Deus. O homem não ê um ser patético, o homem é um ser rebelde.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Egocentrismo

"Não negligencieis a prática do bem e a mútua cooperação [koinonia]" Hebreus 13.16 
Por John MacArhtur 
 O egocentrismo não tem lugar na igreja. Nem devíamos dizer isso, mas, desde o alvorecer da era apostólica até hoje, o amor próprio em todas as suas formas tem prejudicado incessantemente a comunhão dos santos. Um exemplo clássico e antigo de egocentrismo fora de controle é visto no caso de Diótrefes. Ele é mencionado em 3 João 9-10, onde o apóstolo diz: "Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida. Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja". . Diótrefes anelava ser o preeminente em sua congregação (talvez até mais do que isso). Portanto, ele via qualquer outra pessoa que tinha autoridade de ensino – incluindo o apóstolo amado – como uma ameaça ao seu poder. João havia escrito uma carta de instrução e encorajamento à igreja, mas, por causa do desejo de 

Diótrefes por glória pessoal, ele rejeitou o que o apóstolo tinha a dizer. Evidentemente, ele reteve da igreja a carta de João. Parece que ele manteve em segredo a própria existência da carta. Talvez ele a destruiu. Por isso, João escreveu sua terceira epístola inspirada para, em parte, falar a Gaio sobre a existência da carta anterior. . Na verdade, o egoísmo de Diótrefes o tornou culpado do mais pernicioso tipo de heresia: ele rejeitou ativamente e se opôs à doutrina apostólica. Por isso, João condenou Diótrefes em quatro atitudes: ele rejeitou o ensino apostólico; fez acusações injustas contra um apóstolo; foi inóspito para com os irmãos e excluiu aqueles que não concordavam com seu desafio a autoridade de João. Em todo sentido imaginável, 

Diótrefes era culpado da mais obscura heresia, e todos os seus erros eram frutos de egocentrismo. . Em nosso estado caído, estado de carnalidade, somos todos assediados por uma tendência para o egocentrismo. Isto não é uma ofensa insignificante, nem um pequeno defeito de caráter, nem uma ameaça irrelevante à saúde de nossa fé. Diótrefes ilustra a verdade de que o amor próprio é a mãe de todas as heresias. Todo falso ensino e toda rebelião contra a autoridade de Deus estão, em última análise, arraigados em um desejo carnal de ter a preeminência – de fato, um desejo de reivindicar para si mesmo aquela glória que pertence legitimamente a Cristo. Toda igreja herética que já vimos tem procurado suplantar a verdade e a autoridade de Deus com seu próprio ego pretensioso. . De fato, o egocentrismo é herético porque é a própria antítese de tudo que Jesus ensinou ou exemplificou. E produz sementes que dão origem a todas as outras heresias imagináveis. . Portanto, não há lugar para egocentrismo na igreja. Tudo no evangelho, tudo que igreja tem de ser e tudo que aprendemos do exemplo de Cristo golpeia a raiz do orgulho e do egocentrismo humano. . Koinonia . As descrições bíblicas de comunhão na igreja do Novo Testamento usam a palavra grega koinonia. O espírito gracioso que essa palavra descreve é o extremo oposto do egocentrismo. Traduzida diferentemente por "comunhão", "compartilhamento", "cooperação" e "contribuição", esta palavra é derivada de koinos, a palavra grega que significa "comum". Ela denota as ideias de compartilhamento, comunidade, participação conjunta, sacrifício em favor de outros e dar de si para o bem comum. . Koinonia era uma das quatro atividades essenciais que mantinha os primeiros cristãos juntos: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão [koinonia], no partir do pão e nas orações" (At 2.42). 
O âmago da "comunhão" na igreja do Novo Testamento era culto e sacrifício uns pelos outros, e não festividade ou funções sociais. A palavra em si mesma deixava isso claro nas culturas de fala grega. Ela foi usada em Romanos 15.26 para falar de "uma coleta em benefício dos pobres" (ver também 2 Co 9.3). Em 2 Coríntios 8.4, Paulo elogiou as igrejas da Macedônia por "participarem [koinonia] da assistência aos santos". Hebreus 13.16 diz: "Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação [koinonia]". Claramente, o egocentrismo é hostil à noção bíblica de comunhão cristã. . Uns aos outros . Esse fato é ressaltado também pelos muitos "uns aos outros" que lemos no Novo Testamento. Somos ordenados: a amar "uns aos outros" (Jo 13.34-35; 15.12, 17); a não julgar "uns aos outros" e ter o propósito de não por tropeço ou escândalo ao irmão (Rm 14.13); a seguir "as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" (Rm 14.19); a ter "o mesmo sentir de uns para com os outros" e acolher "uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus" (Rm 15.5, 7). Somos instruídos a levar "as cargas uns dos outros" (Gl 6.2); a sermos benignos uns para com os outros, "perdoando... uns aos outros" (Ef 4.32); e a sujeitar-nos "uns aos outros no temor de Cristo" (Ef 5.21). Em resumo, "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo" (Fp 2.3). . No Novo Testamento, há muitos mandamentos semelhantes que governam nossos relacionamentos mútuos na igreja. Todos eles exigem altruísmo, sacrifício e serviço aos outros. Combinados, eles excluem definitivamente toda expressão de egocentrismo na comunhão de crentes. 
Cristo como cabeça de seu corpo, a igreja . No entanto, isso não é tudo. O apóstolo Paulo comparou a igreja com um corpo que tem muitas partes, mas uma só cabeça: Cristo. Logo depois de afirmar, enfaticamente, a deidade, a eternidade e a proeminência absoluta de Cristo, Paulo escreveu: "Ele é a cabeça do corpo, da igreja" (Cl 1.18). Deus "pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo" (Cl 1.22-23). Cristãos individuais são como partes do corpo, existem não para si mesmos, mas para o bem de todo o corpo: "Todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor" (Ef 4.16). . Além disso, cada parte é dependente de todas as outras, e todas estão sujeitas à Cabeça. Somente a Cabeça é preeminente, e, além disso, "se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam" (1 Co 12.26). . Até aquelas partes do corpo aparentemente insignificantes são importantes (vv. 12-20). "Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve. Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo?" (vv. 18-19). . Qualquer evidência de egoísmo é uma traição de não somente o resto do corpo, mas também da Cabeça. Essa figura torna o altruísmo humilde em virtude elevada na igreja – e exclui completamente qualquer tipo de egocentrismo. . Escravos de Cristo . 
A linguagem de escravo do Novo Testamento enfatiza, igualmente, esta verdade. Os cristãos não são apenas membros de um corpo, sujeitos uns aos outros e chamados à comunhão de sacrifício. Somos também escravos de Cristo, comprados com seu sangue, propriedade dele e, por isso, sujeitos ao seu senhorio. . Escrevi um livro inteiro sobre este assunto. Há uma tendência, eu receio, de tentarmos abrandar a terminologia que a Escritura usa porque – sejamos honestos – a figura de escravo é ofensiva. Ela não era menos inquietante na época do Novo Testamento. Ninguém queria ser escravo, e a instituição da escravidão romana era notoriamente abusiva. .
 No entanto, em todo o Novo Testamento, o relacionamento do crente com Cristo é retratado como uma relação de senhor e escravo. Isso envolve total submissão ao senhorio dele, é claro. Também exclui toda sugestão de orgulho, egoísmo, independência ou egocentrismo. Está é simplesmente mais uma razão por que nenhum tipo de egocentrismo tem lugar na vida da igreja. O próprio senhor Jesus ensinou claramente este princípio. Seu convite a possíveis discípulos foi uma chamada à total autorrenúncia: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Lc 9.23). . Os doze não foram rápidos para aprender essa lição, e a interação deles uns com os outros foi apimentada com disputas a respeito de quem era o maior, quem poderia ocupar os principais assentos no reino e expressões semelhantes de disputas egocêntricas. Por isso, na noite de sua traição, Jesus tomou uma toalha e uma bacia e lavou os pés dos discípulos. Sua admoestação para eles, na ocasião, é um poderoso argumento contra qualquer sussurro de egocentrismo no coração de qualquer discípulo: "Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.14-15). . Foi um argumento do maior para o menor. Se o eterno Senhor da glória se mostrou disposto a tomar uma toalha e lavar os pés sujos de seus discípulos, então, aqueles que se chamam discípulos de Cristo não devem, de maneira alguma, buscar preeminência para si mesmos. Cristo é nosso modelo, e não Diótrefes. . Não posso terminar sem ressaltar que este princípio tem uma aplicação específica para aqueles que estão em posições de liderança na igreja. É um lembrete especialmente vital nesta era de líderes religiosos que são superestrelas e pastores jovens que agem como estrelas de rock. Se Deus chamou você para ser um presbítero ou mestre na igreja, ele o chamou não para sua própria celebridade ou engrandecimento. Deus o chamou a fazer isso para a glória dele mesmo. Nossa comissão é pregar não "a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos [escravos], por amor de Jesus" (2 Co 4.5).

terça-feira, 8 de maio de 2012

A pratica do amor cristão

Tema: A pratica do amor cristão Texto: Gálatas 5. 4 O caos mundial denuncia a principal crise que vivemos a crise de amor. O apóstolo Paulo já afirmou um pouco antes (v. 6) que a fé cristã opera por meio do amor. Não podemos conhecer a fé sem o amor. Não podemos exercer fé genuína em Deus e em Cristo e concomitantemente não praticar-mos o amor. Deus é amor e Jesus Cristo é a confirmação prática do amor de Deus. Todo aquele que “crê” em Deus e em Cristo também deve praticar o amor. Não existe nada mais desagradável do que um ambiente hostil no qual as pessoas se digladiam entre si ao ponto de quase se matarem entre si. A igreja é também uma instituição e como tal é mister que aqueles que a compõem cultivem entre si um ambiente de amor. Nalgum sentido penso no amor como uma longa escadaria da qual a maioria de nós galgou apenas alguns degraus. Mas que possamos avançar nessa caminhada. O.I.: De que forma nós podemos ser aperfeiçoados na prática do amor Cristão? O.T.: É preciso conhecer o pensamento “cristão” acerca do amor. I. As atitudes contrarias ao amor (o que o amor não faz) 1.1 O amor é contrário a calunias (v. 11) Vemos nesse texto o apóstolo Paulo precisando dar explicações mediante falsos boatos ao seu respeito. Alguém havia espalhado a noticia de Paulo seria a favor da circuncisão, o que favoreceria o pensamento dos judaizantes. Aliás, foram muitas as vezes que falsos rumores surgiram a seu respeito. Particularmente, não sou do tipo que defende uma espécie de blindagem sobre a imagem de certas pessoas, sejam elas lideres ou não. Todavia, me angustio profundamente de comentários injustos lançados contra mim ou contra outros. Acredito que a velha brincadeira do “telefone sem fio” reflete grandemente a realidade daquilo que vivemos no dia a dia, ou seja, histórias distorcidas, males ampliados e valorizados enquanto as coisas boas são amenizadas, esquecidas e escondidas. Estou plenamente convencido de que as pessoas experimentadas no amor têm uma capacidade dupla: 1) Elas não se deixam influenciar facilmente com a aparência de bondade. Não ficam facilmente impressionadas com a aparente demonstração de bondade que alguns dão. 2) Elas não condenam facilmente as pessoas mediante o primeiro comentário Negativo ao seu respeito. Elas pesam os fatos, não se deixando levar pelo primeiro boato. (Ilustração, Quando estiver diante de uma questão, examine-a de ambas as faces antes de qualquer coisa). Quero concluir esse ponto dizendo que nenhum de nós possui alguma espécie de seguro contra calunias. Qualquer caluniador pode proferir qualquer calunia contra qualquer homem e contra qualquer mulher de bem e ainda assim a pessoa não ter como se defender. A única “garantia” de dispomos é o fato de que o que houve seja alguém experimentado no amor e saberá administrar a situação. 1.2 O amor é contrário ao erro doutrinário (v. 10,12) Quando digo “erro” doutrinário eu me refiro a todo ensino, ideia, conceitos ou sofismas que contrariem qualquer orientação bíblica desde as suas grandes doutrinas até os ensinos mais elementares da fé e da conduta cristã. Tal atitude dos judaizantes estava “inquietando” os crentes em gálatas fazendo com que eles entrassem em duvidas e assim se demovessem do seu estado de graça (v. 4). Por essa razão Paulo profere contra os judaizantes certa sentença condenatória (v. 10) e chega mesmo a desejar que sejam “castrados” os que assim procedem (v. 12). Conclui-se assim que todo comportamento que fere a verdade e que promove a “inquietação” no seio da igreja deve ser prontamente rechaçado por todo cristão comprometido com o amor cristão e com o Cristo de amor, e isso vale para qualquer pessoa (v. 10b) 1.3 O amor é contrário a agressividade (v. 15) É possível conceber um certo tipo de “agressividade” cristã melhor entendida como zelo cristão. É o caso de Jesus expulsando os vendedores do templo ou mesmo o caso de Paulo desejando a castração dos opositores do evangelho entre os Gálatas (v. 12). Nesses casos o que se vê é o que poderíamos chamar de “ira santa”. Nesse caso aqui o que vemos é uma agressividade carnal, uma hostilidade vil, injustificada e às vezes preconceituosa entre irmãos. Atitude preconceituosa não combina com o cristianismo. Olha o que disseram alguns santos do passado sobre o assunto: Crisóstomo: Morder é ato de alguém que está furioso; devorar, de alguém que persevera na milícia. Lutero: Quando a fé em Cristo é derrubada por terra, a paz e a unidade chegam ao seu fim na igreja local. Opiniões e desavenças sobre doutrinas e sobre a vida diária v ao surgindo, e um membro morde e devora a outro, ou seja, condenam-se uns aos outros, até serem consumidos. Rendal: Se o espirito de amor mútuo não impede os irmãos crentes de fazerem de presas uns aos outros, então estão em perigo de tal destruição. Calvino: Quão lamentável, quão desvairado é que nós, que somos membros do mesmo corpo, estejamos juntamente compactuados, de pleno acordo, para nossa destruição mútua. Li recentemente uma ilustração uma estória de uma serpente com raiva mordendo uma lima. Num primeiro momento ela se alegra em perceber o pó que caia perto de si e assim continua mordendo a lima. Algum tempo depois ela começa a sentir dor e ver o sangue escorrendo. É então que se dá conta de que o pó que caia não era da lima mais dos seus próprios dentes. Não suceda irmãos que em pensando que estamos ferindo os outros com nossos atos estejamos de alguma forma ferindo a nós mesmos. Sobretudo se somos corpo de Cristo. II. Características próprias do amor ( o que o amor faz) 2.1 O amor age em esperança (v. 10) Apesar de toda evidencia desfavorável Paulo continua tendo confiança. Isso não pode ser confundido com credulidade ingênua. Paulo era consciente sobre questões como a apostasia. Em 2.4 ela reconhece a existência de falsos irmãos no meio de igreja. Em 2 Tm 4. 10 ele lamenta o fato de que um de seus companheiros íntimos, o Demas o abandonou, amando o presente século. Devemos encarar com bastante seriedade e realismo o fato de que às vezes o pecado dentro da igreja é resultado de vidas irregeneradas; pessoas que de fato não experimentaram o novo nascimento. Não obstante é preciso entender também que muitas vezes, penso que a maioria delas, o problema não é de falta de novo nascimento mas de falta de crescimento, de maturidade, de falta de discipulado profundo, de falta de compromisso com a santidade de vida. Paulo diz então: confio de vós no Senhor. A confiança de Paulo não é ingênua. Paulo não confia no homem pelo homem. A Bíblia diz em determinada ocasião que Jesus não se confiava às pessoas pois ele sabia o que havia no homem (Jo 2. 24,25). A confiança de Paulo estava no Senhor. Apesar do momento adverso Paulo estava convencido de chamado eficaz de Deus na vida daquelas pessoas (v. 13a). A confiança na vocação soberana de Deus nos capacita a crer que aqueles que se fizerem objeto desse chamado responderão positivamente à correção e tornarão à verdade, à justiça. À fé. É como nos ensina o livro de Hebreus: Deus disciplina ao que ama. Tudo aquele que se entende como filho de Deus recebe de bom grado a correção. E aquele que não admite a disciplina é porque de fato não é filho, mas bastardo. Quem ama aprende a esperar coisa melhor das pessoas e de fato se alegra amplamente quando vê cumpridas as suas expectativas. 2.1 O amor busca o serviço aos outros necessitamos de maior mobilidade (v. 13b) Devo dizer de inicio que se queremos nos tornar melhores na arte de amarmos uns aos outros devemos entender que amar não é somente negativo (suportar a raiva), mas é também positivo (praticar o bem a outrem). Se você apenas tolera alguém ainda não entendeu o verdadeiro sentido do amor cristão. Duas ilustrações me vêm à mente. Assistindo um filme ouvi uma frase que dizia mais ou menos assim: Assim é a vida em equipe; cada um cuida da vida do outro. Também ouvi dizer que existe uma espécie de ave que estando no seu ninho ver aproximar-se uma cobra, ele se joga no chão fingindo estar com a asa quebrada. A cobra então como o pássaro adulto deixando o ninho. Dessa forma a ave mãe salva a vida dos seus filhotes com a sua própria vida. Vivemos numa sociedade cada vez mais egoísta e não nos enganemos, a cultura que temos assimilado é, mormente a cultura de nossa era que a cultura do evangelho. Algumas vezes servir ao próximo é muito mais uma questão de obrigação que uma questão de satisfação. Estamos sempre por demais ocupados para podermos servir a alguém. Quando reflito sobre isso me lembro da parábola do bom Samaritano. O sacerdote passou por longe do homem ferido; o levita também nada fez. Mas então passa um samaritano; alguém estranho a religião estabelecida em Israel, mas é justamente ele quem faz alguma coisa pelo necessitado. Os cristãos evangélicos deveriam olhar com mais atenção para essas questões. Servir ao nosso irmão precisa deixar a zona de rebaixamento. Na nossa lista de prioridades precisamos elevar a posição do item “servir”. Servir precisa deixar de ser uma coisa que fazemos apenas quando estamos absolutamente disponíveis. Precisamos aprender a sacrificar algo que não é importante a fim de podermos prestar algum serviço a Deus e ao próximo. Lembro-me do que disse Davi a Ornã: não oferecerei ao Senhor um holocausto que não me custe nada. Em fim, precisamos deixar de ser lanterninha em termos de servir a Deus, à igreja, ao irmão. É esse sentimento que nos faz por exemplo, trazer o nosso alimento a fim de oferecer uma cesta básica a alguém. É esse sentimento que nos faz botar cadeiras na cabeça quando vamos realizar um culto publico. É esse sentimento que deve existir quando vemos na igreja algo que deve ser e então tomamos a iniciativa em vez de ficarmos criticando quem não fez. Deus nos faça crescer nesse aspecto do amor. III. A PRATICA DO AMOR, COMO SE DÁ? (V.14) 3.1 Efetivamente: Amarás. Todo crente deve ser capaz de identificar de forma concreta de que forma tem praticado o amor. Deve ser capaz de comparar a sua pratica a luz da Bíblia e confirmar se de fato está andando, crescendo e desenvolvendo-se em amor. Você está vivendo em amor? 3.2 Ao teu próximo. Envolve todas as pessoas; os nossos inimigos, aqueles com quem temos pouca afinidade, aqueles que antipatizamos, aqueles que não gostamos de amar, mas certamente deveríamos amar principalmente aos mais desprovidos e marginalizados. Certamente que vale mais um pedaço de pão para quem está com fome que uma lasanha para quem já esta saciado. Certamente que é mais valido dar uma carona para uma pobre senhora que para o empresário que ficou no prego no meio da rua. Quando menos tem a pessoa para me retribuir, mais realçado fica o amor. 3.3 Como a ti. É instintivo que desejemos nosso próprio bem. O que nem sempre é instintivo é que desejemos o bem do nosso próximo com intensidade semelhante ao que temos quanto ao nosso próprio bem. O pecado nos tornou pessoas egoístas. Mas Jesus nos convida a andar na contramão do nosso egocentrismo desejando intensamente que nosso próximo se “dê bem”. 3.4 Eis o melhor cartão postal. Eis a melhor doutrina. Eis o melhor compêndio de doutrina cristã. As pessoas poderão sistematicamente rejeitar a nossa doutrina, negar as nossas afirmações, amaldiçoar a nossa fé, rir-se da nossa fraqueza humana, desprezarem a nossa mensagem, mas se tivermos amor uns para com os outros todos conhecerão que somos discípulos de Jesus. O amor é a resposta quando tudo mais fracassa. CONCLUSÃO: Há muitas maneiras de demonstrar amor ao próximo. Todavia, há uma que a todas supera ao meu ver: Trata-se de mostrar para as pessoas o grande amor de Deus. É dizer para elas que Deus amou o mundo de tal maneira... é ajudar as pessoas a encontrarem o caminho de volta para Deus. É ir até os lugares longínquos anunciar o evangelho da graça de Deus em Cristo. É proporcionar para os que estão cativos a uma cultura de morte a contracultura do reino de Deus que é vida em abundancia. Que Deus que é infinito em poder transforme os nossos corações e nos conduza à pratica do amor cristão. Pr. João Batista de Lima

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Fanáticos ou Defensores da Verdade?.

Fanáticos ou Defensores da Verdade?. John Kennedy Por. João Batista de Lima Em tempos como o nosso é fácil alguém parecer fanático, se mantém uma firme convicção sobre a verdade e quando se mostra cuidadoso em ter certeza de que sua esperança procede do céu. Nenhum crente pode ser fiel e verdadeiro nesses dias, sem que o mundo lhe atribua a alcunha de fanático. Mas o crente deve suportar esse título. É uma marca de honra, embora a sua intenção seja envergonhar. É um nome que comprova estar o crente vinculado ao grupo de pessoas das quais o mundo não era digno, mas que, enfrentando a ignomínia por parte do mundo, fizeram mais em benefício deste do que todos aqueles que viviam ao seu redor. O mundo sempre sofre por causa dos homens que honra. Os homens que trazem misericórdia ao mundo são os que ele odeia. Sim! Os antigos reformadores eram homens fanáticos em sua época. E foi bom para o mundo eles terem sido assim. Estavam dispostos a morrer, mas não comprometeriam a verdade. Submeter-se-iam a tudo por motivo de consciência, mas em nada se sujeitariam aos déspotas. Sofreriam e morreriam, mas temiam o pecado. Esse fanatismo trouxe liberdade para a sua própria terra natal, como bem demonstra o exemplo dos reformadores escoceses. O legado deixado por esses homens. cujo lar eram as cavernas na montanha e cuja única mortalha era a neve, que com freqüência envolvia seus corpos quando morriam por Cristo. é uma dádiva mais preciosa do que todas as oferecidas por reis que ocuparam o trono de seus países ou por todos os nobres e burgueses que possuíam suas terras. Sim, eles eram realmente fanáticos, na opinião dos zombadores cépticos e perseguidores cruéis; e toda a lenha com a qual estes poderiam atear fogueiras não seria capaz de queimar o fanatismo desses homens de fé. Foram esses implacáveis fanáticos, de acordo com a estimativa do mundo, que encabeçaram a cruzada contra o anticristo, quando na época da Reforma desceu fogo do céu e acendeu em seus corações o amor pela verdade. Esses homens, através de sua inabalável determinação, motivados por fé viva, venceram em épocas de severas provações, durante as quais eles ergueram sua bandeira em nome de Cristo. Um lamurioso Melanchthon teria barganhado o evangelho em troca de paz. A resoluta coragem de um Lutero foi necessária para evitar esse sacrifício. Em todas as épocas, desde o início da igreja, quando a causa da verdade emergiu triunfante sobre o alarido e a poeira da controvérsia, a vitória foi conquistada por um grupo de fanáticos que se comprometeram solenemente na defesa dessa causa. Existe hoje a carência de homens que o mundo chame de fanáticos. Homens que possuem pulso fraco e amor menos intenso pouco farão em benefício da causa da verdade e dos melhores interesses da humanidade. Eles negociarão até sua esperança quanto à vida por vir em troca da honra proveniente dos homens e da tranqüilidade resultante do comprometimento do evangelho. Há muitos homens assim em nossos dias, mesmo nas igrejas evangélicas e na linha de frente do evangelicalismo; homens que se gloriam de uma caridade indiscriminada em suas considerações, de um sentimento que rejeita o padrão que a verdade impõe; homens que aprenderam do mundo a zombar de toda a seriedade, a queixarem-se da escrupulosidade de consciência e a escarnecer de um cristianismo que se mantém através da comunhão com os céus! Esses têm os seus seguidores. Um amplo movimento emergiu afastado do cristianismo vital, de crenças fixas e de um viver santo. As igrejas estão sendo arrastadas nessa corrente. Aproxima- se rapidamente o tempo em que as únicas alternativas serão ou a fé viva ou o cepticismo declarado. . Uma violenta maré se abate sobre nós nessa crise, e poucos mostram-se zelosos em resistir. Não podemos prever qual será o resultado nas igrejas, nas comunidades e nos indivíduos, tampouco somos capazes de tentar conjeturá-lo sem manifestar sentimentos de tristeza. Contudo, uma vitória segura é o destino da causa da verdade. E, até que chegue a hora de seu triunfo, aqueles que atrelaram seus interesses à carruagem do evangelho perceber ão que fazem parte de um grupo que está diminuindo, enquanto avançam até àquele dia; seu sentimento de solidão se aprofundará, enquanto seus velhos amigos declinarão à negligência, a indiferença se converterá em zombaria, e as lamúrias se transformar ão em amarga inimizade. Eles levarão adiante a causa da verdade somente em meio aos escárnios dos incrédulos e às flechas dos perseguidores. Mas nenhum daqueles que amam a verdade, aqueles cujos olhos sempre descansaram na esperança do evangelho, deve acovardado fugir das provações. Perecer lutando pela causa da verdade significa ser exaltado no reino da glória. Ser massacrado até à morte, pelos movimentos de perseguição, significa abrir a porta da prisão, para que o espírito redimido passe da escravidão ao trono. Em sua mais triste hora, aquele que sofre por causa da verdade não deve recusar a alegria que os lampejos da mensagem profética trazem ao seu coração, quando brilham através das nuvens de provação. O seu Rei triunfará em sua causa na terra e seus amigos compartilharão da glória dEle. Todas as nações sujeitar-se-ão ao seu domínio. As velhas fortalezas de incredulidade serão aniquiladas até ao pó. A iniqüidade esconderá sua face envergonhada. A verdade, revelada dos céus, receberá aceitação universal e será gloriosa no resplendor de seu bendito triunfo aos olhos de todos. Fonte: [ Editora Fiel ]