Comemorando a Reforma
Há 494 [Nota do Blog dos Eleitos: em 2011 comemoramos 494 anos] anos atrás um padre colocava um cartaz, contendo 95 teses, na porta da Catedral de Wittenberg. No dia 31 de Outubro, Martinho Lutero resolveu expor publicamente o que ele descobrira acerca da salvação nos seus estudos da Escritura Sagrada.
Eventos antecedentes à Reforma
A Reforma iniciou num ambiente favorecido pela crise que a Europa sofria durante a Idade Média. Seis eventos podem esclarecer a origem deste movimento:
1. A origem e desenvolvimento da burguesia. Durante a Idade Média uma nova classe social surgiu no sistema feudal. Uma "classe média" interpôs-se entre os senhores feudais e os seus miseráveis vassalos. Artesãos enriqueciam, e começaram a enviar os seus filhos para os monastérios, não com o intuito de tornarem-se monges, mas para aprenderem o uso das letras, para adquirir a cultura necessária para aplicá-la nas transações comerciais emergentes.
2. A origem das universidades. Os monges eram os detentores da cultura, por isso, criaram escolas anexas aos seus monastérios. Os senhores feudais e os burgueses com recurso financeiro enviavam os seus filhos para serem educados por eles. A partir do século XI a Europa passa a ter seis centros culturais nas cidades de Salerno, Bolonha, Salamanca, Coimbra, Orfoxd, e Paris. Este movimento educacional conhecido como Escolasticismo limitava-se ao estudo de quatro áreas especiíficas como a medicina, direito, artes e a teologia, que era o centro unificador destes cursos recebendo o título de rainha das ciências.
3. O enfraquecimento do poder político da Igreja Católica Romana. O evento conhecido como Cativeiro Babilônico, em que o Papa Bonifácio VIII, ficou prisioneiro do rei francês Felipe, causou uma mudança no eixo do controle da Europa medieval. O Papa que então entronizava, ou efetiva maldições sobre reis e reinos, tornava-se detento de sua própria estratégia de centralizar o poder. Em reação, o clero romano propõe anular o seu papado, sob domínio francês, e anunciar um substituto; então, surgem simultaneamente três papas na Europa: Urbano VI, em Roma, Bento XIII, em Avinhão e Clemente VIII, em Anagni. Esta controvérsia ficou conhecida como o Grande Cisma (1378-1423).
4. O grande número de mortes por causa da Peste [bubônica], em 1347. Com a desestruturada migração para as cidades, a falta de recursos básicos em higiene e moradia, bem como a proliferação de animais peçonhentos, propiciou para um ambiente em que uma pandemia como a peste bubônica se alastrasse de uma forma nunca vista antes na Europa medieval. A religião não forneceu respostas, nem garantias para a presente vida. As pessoas procuravam assegurar a sua vida eterna através das exigências da Igreja Romana. Este ambiente religioso gerou um sentimento apocaliptíco na Europa, de modo que a Igreja reconquistou o controle sobre a população européia.
5. A crise moral e doutrinária da Igreja Católica. Apesar dos conflitos internos e externos a Igreja tentava centralizar o poder em Roma, convergindo a atenção da Cristandade na construção da suntuosa Basílica de São Pedro. A simonia tornou-se a prática dominante entre os arrecadores de dinheiro para tamanho empreendimento arquitetônico. Vendia-se de tudo o que era identificado como "sacro", desde unhas, ossos, roupas, objetos de santos, dos apóstolos, e do próprio Cristo. Mas, a indulgência era o produto mais procurado para aquisição, pois, segundo o ensino católico, garantia o perdão dos pecados passados e futuros, bem como o alívio das almas presentes no purgatório. A imoralidade havia se alastrado em todas as áreas da Igreja e da sociedade.
6. O desenvolvimento do movimento Humanista nas universidades. Apesar da maioria da população ser controlada pela Igreja Romana, um grupo pensante questionava as incoerências doutrinárias e morais ensinadas pela Igreja Romana. O espírito pesquisador levou os humanistas a procurarem esclarecimento, não apenas nas respostas prontas da tradição católica, mas a retornarem ad fontes. O estudo dos textos clássicos impulsionaram estes pesquisadores a redescobrirem os antigos filósofos, os Pais da Igreja, mas principalmente, o estudo das Escrituras a partir dos originais hebraico e grego. Assim, descobriram que algumas das doutrinas centrais da fé católica derivaram a sua origem de uma má interpretação e tradução da Vulgata Latina, e de uma tradição distorcida.
O início da Reforma
Dentro deste contexto ocorre uma mudança na vida de Martinho Lutero. A conversão de Lutero aconteceu entre 1516-17, sobre a qual ele descreveu o seguinte: “embora eu vivesse irrepreensível como um monge, percebi que era um pecador diante de Deus, com uma consciência extremamente perturbada. Não conseguia crer que Ele estava satisfeito com a minha dedicação. Eu não o amava; sim, eu odiava o Deus justo que punia pecadores, e secretamente, se não de maneira blasfematória, certamente murmurando, estava com ódio de Deus... Finalmente, pela misericórdia de Deus, meditando dia e noite, dei ouvidos ao contexto das palavras: ‘A justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito, 'O justo viverá por fé'’ (Rm 1:17). Então, comecei a compreender que a justiça de Deus é aquela mediante a qual o justo vive por uma dádiva de Deus, ou seja, pela fé. E, é este o significado: a justiça de Deus é revelada pelo evangelho, a saber, a justiça passiva com a qual o Deus misericordioso nos justifica pela fé, segundo está escrito: ‘O justo viverá por fé’. Aqui, senti como se renascesse totalmente e entrasse no paraíso pelos portões abertos" (Preface to Writings on Latim, Luther's Works, vol. 34, pp. 336-37).
Houve muita controvérsia dentro da Igreja, por causa dos escritos de Martinho Lutero, porque muitos desejavam uma reforma moral, educacional, social, mas principalmente teológica. Com a excomunhão de Lutero, em 15 de Junho de 1520, ficou consumado a divisão entre reformadores e católicos. Com o reformador alemão outros adotaram o programa de reformar a Igreja e a sociedade, usando o princípio da sola Scriptura [somente a Escritura é fonte e autoridade final], como Ulrich Zuínglio, Felipe Melanchton, Martin Bucer e João Calvino. A Reforma expandiu-se da Alemanha e Suiça para todo o continente europeu.
Breve cronologia biográfica de Lutero
1483 - Nascimento de Lutero em Eisleben
1490 - Foi para a escola de Mansfeld
1497 - Mudou-se para a escola de Magdeburg
1498 - Mudou-se para a escola de São Jorge em Eisenach
1501 - Iniciou na Universidade de Erfurt
1505 - Tornou-se noviço agostiniano
1507 - É ordenado monge
1507 - Enviado para Universidade de Wittemberg por Johann von Staupitz
1510 - Ida à Roma
31/10/1517 - Escreve as 95 teses
1519 - Debate de Leipzig com Johann Eck
1520 - Recebe a bula papal Exsurge Domini decretando a sua exclusão
1521 - Dieta de Worms
1522 - Controvérsia com "os entusiastas" [profetas de Zwickau]
1524-1525 - Ocorre a revolta dos camponeses
1525 - Lutero rompe com os Humanistas [Erasmo de Rotterdam]
1529 - Debate com Zwinglio sobre a Ceia do Senhor
1530 - Escrita a Confissão de Augusburg por Felipe Melanchthon
1531 - União Esmalcada - defesa contra os princípes católicos
18/02/1546 - Lutero falece em Eisleben
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Igreja Reformada precisando de uma Reforma
Quase quinhentos anos depois, muitas coisas da concepção original (do projeto de reforma) mudaram... Inclusive, é possível perceber que uma coisa importante da época continua: A disposição mental maléfica no coração do ser humano... Em meu achômetro, o ser humano continua tão caído, quanto tenho certeza que DEUS continua sendo excessivamente bom... Entendo que ter um caráter de DEUS semelhante ao caráter de DEUS, deve continuar sendo o alvo a ser perseguido por cada ser humano, em cada lugar da terra... Pode parecer pretensão, mas, quando leio nas Sagradas Escrituras que DEUS enviou SEU filho JESUS CRISTO, para que além de conhecê–LO, pudéssemos ser semelhantes a JESUS, penso que o ser humano achando isso pouco, intentou algo que já dera errado: ser um pouco mais que DEUS... Não vejo de outra forma a venda de indulgências em nossos dias... Alguém poderia pensar que estou supondo... MAS, esse negócio de se encher de dívidas ou torrar dinheiro pra fazer caravanas pra conhecer os lugares onde CRISTO viveu... Esse negócio de vender em troca de ofertas, água do Rio Jordão ou uma porção de terra de Israel... Esse negócio de IDOLATRAR a terra santa ou coisas de lá, é a forma atual de indulgência... Entendo que, se faz necessário, uma volta urgente pra DEUS... Se faz necessário viver com fome e com sede da palavra e, mais que isso: andar com fome e com sede do DEUS vivo!!! Digamos como o profeta Oséias (que se fez boca de DEUS): O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento (Oséias 4:6); Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; Como a alva, a SUA vinda é certa; e ELE descerá sobre nós como a chuva, como a chuva serôdia (que vem tarde, fora de tempo) que rega a terra (Oséias 6:3).
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
A Crocodilagem da Fé
A Crocodilagem da Fé
.
Por Pr. Silas Figueira
Muitos líderes não tem nenhuma vergonha na cara de fazer chacota com as crises que as pessoas estão passando. Muitos se aproveitam desse momento de fragilidade, seja na área emocional, profissional, familiar, na saúde para brincar com a fé dessas pessoas e arrancar delas tudo o que elas tem. Primeiro lhes arranca o dinheiro, depois lhes arrancam a fé e por fim leva essas pessoas a total bancarrota espiritual.
Temos visto isso ocorrer em todos os seguimentos da igreja que se diz evangélica, mas que a muito tempo se tornou uma servidora fiel de Satanás. Líderes que sem nenhum pudor, sem nenhum temor manipulam a Palavra de Deus para se beneficiarem. São os Caifás modernos, são pessoas que se utilizam da religião para enriquecerem, são monstros cruéis, leviatãs camuflados de sacerdotes enganando o povo que anda cego em busca de um milagre. E é exatamente na crise, na fragilidade e da fragilidade humana que esses crocodilos se alimentam. Se alimentam da dor de uma mãe que está vendo seu filho indo para as drogas, que está vendo sua filha na prostituição, um pai de família desempregado e vendo dia após dia as contas de acumularem e o alimento se acabar no armário. Se aproveitam daquela esposa que está vendo seu casamento se acabar e lutando com todas as suas forças não vendo resultado o do seu esforço.
Esses crocodilos fantasiados de sacerdotes do Deus Vivo são instrumentos de Satanás vendendo os seus martelos poderosos, as suas meias milagrosas, as suas águas bentas que tudo purifica, o sal grosso, a arruda, a rosa, a toalha encharcada de suor e meleca do apóstolo. Como se diz por aí, crente não acredita em cartomante, mas adora uma revelagem, e o que mais vemos por aí são crentes buscando revelação. Esses Caifás modernos não poupam nem crianças ...
Mas tudo isso ocorre porque o brasileiro é um povo místico e imediatista, querem o milagre não importa de onde venha nem quanto custa. Vivem de campanha em campanha. Quem alimenta essa máfia de crocodilos são as próprias pessoas que as buscam ávidas por ver o milagre. Muitos, é bom lembrar, são levados como ovelhas para esses matadouros, são inocentes, mas outros já são crias antigas desse sistema viciante e não sabem ou não querem sair dessa roda viva em busca das migalhas alcançadas. Eu creio que muitos ali alcançam alguns benefícios, pois Satanás é ardiloso e nós conhecemos os seus desígnios e ardis. Alguns milagres são fabricados, outros ocorrem na mente de gente que desesperadamente quer ver alguma coisa acontecer, nem que seja na vida dos outros. É uma porta de emprego que se abre, é um namorado que se arranja, é uma bênção nessa ou naquela outra área que se alcança. Mas tudo isso não procede de Deus, pois Deus não tem compromisso com os que falam em seu nome aquilo que Ele não disse e nem prometeu.
O evangelho Puro e Simples, o Evangelho transformador que trás ao coração do homem esperança, alento, renova a fé e opera o maior milagre que pode ocorrer na vida de uma pessoa que é a salvação, esse tem sido esquecido ou muito pouco procurado e por causa disso alguns tem se vendido a esse mercado das campanhas, dos atos proféticos, das unções e jejuns de Daniel.
Estou escrevendo isso com um peso e uma grande tristeza no coração por ver pessoas inocentes sendo roubadas daquilo que é mais bonito na vida de uma pessoa o prazer de servir a Deus pelo o que Ele é e não pelo o que Ele dá e faz. Que o Senhor nos ajude a livrar das garras de Satanás essas pobres almas encarceradas do engodo da mentira.
Que o SENHOR seja conosco!
.
Por Pr. Silas Figueira
Muitos líderes não tem nenhuma vergonha na cara de fazer chacota com as crises que as pessoas estão passando. Muitos se aproveitam desse momento de fragilidade, seja na área emocional, profissional, familiar, na saúde para brincar com a fé dessas pessoas e arrancar delas tudo o que elas tem. Primeiro lhes arranca o dinheiro, depois lhes arrancam a fé e por fim leva essas pessoas a total bancarrota espiritual.
Temos visto isso ocorrer em todos os seguimentos da igreja que se diz evangélica, mas que a muito tempo se tornou uma servidora fiel de Satanás. Líderes que sem nenhum pudor, sem nenhum temor manipulam a Palavra de Deus para se beneficiarem. São os Caifás modernos, são pessoas que se utilizam da religião para enriquecerem, são monstros cruéis, leviatãs camuflados de sacerdotes enganando o povo que anda cego em busca de um milagre. E é exatamente na crise, na fragilidade e da fragilidade humana que esses crocodilos se alimentam. Se alimentam da dor de uma mãe que está vendo seu filho indo para as drogas, que está vendo sua filha na prostituição, um pai de família desempregado e vendo dia após dia as contas de acumularem e o alimento se acabar no armário. Se aproveitam daquela esposa que está vendo seu casamento se acabar e lutando com todas as suas forças não vendo resultado o do seu esforço.
Esses crocodilos fantasiados de sacerdotes do Deus Vivo são instrumentos de Satanás vendendo os seus martelos poderosos, as suas meias milagrosas, as suas águas bentas que tudo purifica, o sal grosso, a arruda, a rosa, a toalha encharcada de suor e meleca do apóstolo. Como se diz por aí, crente não acredita em cartomante, mas adora uma revelagem, e o que mais vemos por aí são crentes buscando revelação. Esses Caifás modernos não poupam nem crianças ...
Mas tudo isso ocorre porque o brasileiro é um povo místico e imediatista, querem o milagre não importa de onde venha nem quanto custa. Vivem de campanha em campanha. Quem alimenta essa máfia de crocodilos são as próprias pessoas que as buscam ávidas por ver o milagre. Muitos, é bom lembrar, são levados como ovelhas para esses matadouros, são inocentes, mas outros já são crias antigas desse sistema viciante e não sabem ou não querem sair dessa roda viva em busca das migalhas alcançadas. Eu creio que muitos ali alcançam alguns benefícios, pois Satanás é ardiloso e nós conhecemos os seus desígnios e ardis. Alguns milagres são fabricados, outros ocorrem na mente de gente que desesperadamente quer ver alguma coisa acontecer, nem que seja na vida dos outros. É uma porta de emprego que se abre, é um namorado que se arranja, é uma bênção nessa ou naquela outra área que se alcança. Mas tudo isso não procede de Deus, pois Deus não tem compromisso com os que falam em seu nome aquilo que Ele não disse e nem prometeu.
O evangelho Puro e Simples, o Evangelho transformador que trás ao coração do homem esperança, alento, renova a fé e opera o maior milagre que pode ocorrer na vida de uma pessoa que é a salvação, esse tem sido esquecido ou muito pouco procurado e por causa disso alguns tem se vendido a esse mercado das campanhas, dos atos proféticos, das unções e jejuns de Daniel.
Estou escrevendo isso com um peso e uma grande tristeza no coração por ver pessoas inocentes sendo roubadas daquilo que é mais bonito na vida de uma pessoa o prazer de servir a Deus pelo o que Ele é e não pelo o que Ele dá e faz. Que o Senhor nos ajude a livrar das garras de Satanás essas pobres almas encarceradas do engodo da mentira.
Que o SENHOR seja conosco!
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
O Fracasso da "Psicologia Cristã"
O Fracasso da "Psicologia Cristã"
Enquanto isso, entretanto, a atitude reinante na igreja é a de ser, mais do que nunca, aberta à psicoterapia. Se a mídia cristã serve como barômetro para a igreja como um todo, uma mudança dramática está em andamento. Emissoras de rádio evangélicas, por exemplo, outrora fortalezas de ensinamentos bíblicos e música cristã, estão agora repletas de entrevistas, psicologia popular e psicoterapia por telefone. Pregar a Bíblia está fora de moda. Os psicólogos e os conselheiros que se utilizam das emissoras de rádio são os novos heróis do evangelicalismo. As emissoras de rádio evangélicas são a ferramenta de propaganda mais eficaz para a venda da psicologia — o que gera milhões de dólares em retorno para tais emissoras.
A igreja está, por assim dizer, ingerindo doses maciças do dogma da psicologia, adotando a "sabedoria" secular e tentando santificá-la, chamando-a de cristã. Os valores mais fundamentais do evangelicalismo, portanto, estão sendo redefinidos. "Saúde mental e emocional" é a nova moda. Não se trata de um conceito bíblico, embora muitos pareçam equalizá-lo com a integridade espiritual. O pecado recebe o nome de doença, de forma que as pessoas acham que precisam de terapia e não de arrependimento. O pecado habitual recebe o nome de vício ou de comportamento compulsivo, e muitos presumem que a solução está no cuidado médico e não na correção moral.
As terapias humanas são abraçadas com avidez pelos espiritualmente fracos, aqueles que são superficiais ou ignorantes no tocante à verdade bíblica e que não estão dispostos a aceitar o caminho do sofrimento que conduz à maturidade espiritual e a uma comunhão mais profunda com Deus. O infeliz efeito disso é que as pessoas permanecem imaturas, ficam presas a uma dependência auto-imposta, a algum método pseudo-cristão ou ao psico-charlatanismo que, em última análise, asfixia o crescimento genuíno.
Quanto mais a psicologia secular influencia a igreja, tanto mais o povo se afasta de uma perspectiva bíblica quanto a problemas e soluções. O terapeuta, com o seu aconselhamento individual, está substituindo a pregação da Palavra, o principal meio da graça de Deus (1 Co 1.21; Hb 4.12). O conselho que tais profissionais dispensam é freqüentemente desastroso. Há pouco tempo, ouvi consternado um psicólogo cristão que, no programa de rádio, aconselhava um ouvinte a expressar ira contra o seu terapeuta, através de gestos obcenos. "Vá em frente!", ele aconselhou. "Trata-se de uma honesta expressão de seus sentimentos. Não procure guardar ira em seu interior."
"E os meus amigos?", perguntou o ouvinte. "Será que eu devo reagir assim com todos eles, quando fico irado?"
"É claro que sim!", respondeu o conselheiro. "Você pode fazer isso a qualquer um, sempre que sentir vontade. Só não o faça àqueles que você acha que não o compreenderão; eles não seriam bons terapeutas para você." Isto é uma paráfrase. Eu tenho a fita cassete de todo o programa, e o que aquele conselheiro sugeriu foi bem mais explícito, a ponto de ser inadequado registrar aqui.
Naquela mesma semana, ouvi outro programa evangélico bastante popular, que oferece aconselhamento ao vivo para aqueles que telefonarem de qualquer parte do país. Uma mulher telefonou para relatar que, por anos, tivera problemas de fornicação compulsiva. Ela disse que ia para a cama com "qualquer um e com todos" e se sentia impotente para mudar o seu comportamento.
O conselheiro sugeriu que a forma de agir dela era sua maneira de revidar, um resultado das feridas impostas por um pai passivo e uma mãe autoritária. "Não existe um caminho simples para a recuperação", disse o rádio-terapeuta. "Seu problema não irá embora imediatamente; trata-se de um vício, e esse tipo de coisa requer aconselhamento prolongado. Você precisará de anos de terapia para vencer sua necessidade por sexo ilícito". Então, sugeriu que ela procurasse uma igreja que fosse tolerante, enquanto ela labutasse para sair daquelas "feridas dolorosas", que a estavam "fazendo" praticar a fornicação.
Que tipo de conselho é esse? Primeiramente, o conselheiro deu a ela permissão para adiar a obediência a um claro mandamento das Escrituras: "Fugi da impureza" (1 Co 6.18; 1 Ts 4.3). Em segundo lugar, ele culpou os pais dela e justificou a vingança dela contra eles. Em terceiro, parece ter sugerido que ela podia ir parando gradualmente com seu pecado, sob a alegação de terapia, é claro.
Além do mais, comunicou à sua audiência nacional a clara mensagem de que ele não tem qualquer confiança no poder do Espírito Santo para transformar imediatamente o coração e o comportamento de uma pessoa. Pior ainda, encorajou as igrejas a serem tolerantes com pecados sexuais até que a terapia comece a funcionar.
Contraste os conselhos emitidos por estes dois conselheiros com a profunda simplicidade de Gálatas 5.16: "Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne". Será que realmente cremos que anos de terapia podem trazer uma pessoa ao ponto de andar no Espírito? É claro que não, se o terapeuta for alguém que recomenda gestos obcenos, arrependimento procrastinado e igrejas tolerantes com a imoralidade crônica! Não há justificativa bíblica para tal conselho; aliás, isso contradiz frontalmente a Palavra de Deus. O apóstolo Paulo disse à igreja em Corinto que entregasse o adúltero a Satanás, excluindo-o da igreja (1 Co 5.1-13).
Sou grato a Deus por homens e mulheres na igreja que dependem da Bíblia para aconselhar outros. Sou igualmente grato por conselheiros piedosos que insistentemente recomendam a oração às pessoas atribuladas e apontam, para tais pessoas, as Escrituras, Deus e a plenitude dos recursos dEle para cada necessidade.
Não tenho qualquer dificuldade com aqueles que usam o bom senso ou as ciências sociais como plataformas úteis a um observador da conduta humana e desenvolvem meios para dar assistência a pessoas que precisam obter controle externo de seu comportamento. Isso pode até ser um primeiro passo para se obter a verdadeira cura espiritual. Mas um conselheiro sábio reconhece que todo tipo de terapia behaviorista pára logo na superfície, ficando aquém das verdadeiras soluções para as reais necessidades da alma, que são satisfeitas somente em Cristo.
Por outro lado, eu não mostro qualquer tolerância para aqueles que exaltam a psicologia acima das Escrituras, da intercessão e da perfeita suficiência de nosso Deus. Não tenho qualquer palavra de encorajamento para as pessoas que desejam misturar psicologia aos recursos divinos, a fim de vender tal mistura como uma espécie de elixir espiritual. A metodologia de tais pessoas resume-se num reconhecimento tácito de que o que Deus nos deu, em Cristo, não é realmente adequado para satisfazer as nossas reais necessidades e curar nossas vidas atribuladas.
Deus mesmo não estima muito os conselheiros que reivindicam representá-Lo, mas que, na realidade, dependem de sabedoria humana. Jo 12.17-20, afirma:
Aos conselheiros, leva-os despojados do seu cargo [sinal de humilhação]
E aos juízes faz desvairar.
Dissolve a autoridade dos reis,
E uma corda lhes cinge os lombos.
Aos sacerdotes, leva-os despojados do seu cargo
E aos poderosos transtorna.
Aos eloqüentes ele tira a palavra
E tira o entendimento aos anciãos.
A sabedoria de Deus é tão vastamente superior à dos homens que os maiores conselheiros humanos tornam-se ridículos. Os versículos 24 e 25 acrescentam:
Tira o entendimento aos príncipes do povo da terra
E os faz vagear pelos desertos sem caminhos.
Nas trevas andam às apalpadelas, sem terem luz,
E os faz cambalear como ébrios.
Se houve alguém que teve de agüentar a insensatez de conselheiros humanos bem-intencionados, essa pessoa foi Jó. Os conselhos irrelevantes e inúteis, ouvidos por Jó, foram tão pesarosos quanto as aflições satânicas pelas quais ele passou.
O abismo ao qual a psicoterapia "santificada" pode descer é realmente profundo. Recentemente, um jornal local trouxe um artigo acerca de uma clínica, com 34 leitos, que foi aberta no sul da Califórnia, para tratar de "cristãos viciados em sexo". (A razão pela qual uma clínica desse tipo precisa de leitos me foge à compreensão.) De acordo com o artigo, a clínica está ligada a uma grande e conhecida igreja protestante da região. A equipe dessa clínica inclui especialistas que foram descritos como "verdadeiros pioneiros na área [de vício sexual]. Eles são todos psicoterapeutas legítimos, devidamente licenciados e que dispensam à terapia uma orientação fortemente cristã", assim informou o diretor da clínica.
Será que a orientação "cristã" deles é sólida o suficiente para permitir que os psicoterapeutas admitam que a lascívia é pecado? É evidente que não. Vários deles foram entrevistados para o artigo. Eles constantemente se referiram a essa questão como doença, conflito, comportamento compulsivo, tratamentos terapia. Palavras que tivessem implicações morais foram cuidadosamente evitadas. Pecado e arrependimento em ocasião alguma foram mencionados.
Pior ainda, estes chamados "especialistas" zombaram do poder da Palavra de Deus para transformar um coração e quebrar a escravidão ao pecado sexual. O artigo citou o diretor da programação da clínica, que explicou porque ele crê que seu centro de tratamento especificamente dirigido a cristãos é tão crucial: "Há alguns tipos de cristãos que crêem que a Bíblia é tudo que se precisa".
Essa afirmativa é um eco do neognosticismo. Ao menosprezar aqueles que crêem que a Bíblia é suficiente, essas "nuvens sem água" (Jd 12) insistem que são possuidores de um conheci-mento secreto, sofisticado e mais elevado, que detém a verdadeira resposta às angústias da alma humana. Não se deixem intimidar pelas falsas afirmações que eles fazem. Não há qualquer conhecimento mais elevado, não há qualquer verdade secreta, nada existe, além dos todo-suficientes recursos que encontramos em Cristo, capaz de mudar o coração humano.
Levar o aconselhado à suficiência de Cristo precisa ser visto como o alvo dos esforços de todo conselheiro que deseja honrar a Deus e ser eficaz em seu aconselhamento. A idéia de que o homem é capaz de resolver seus próprios problemas, ou que as pessoas podem ajudar-se mutuamente, através de "terapia" ou outros meios humanos, nega a doutrina da depravação total do homem e nega também sua necessidade de Deus. Ela substitui o poder transformador do Espírito pela impotente sabedoria humana.
John F. MacArthur Jr.
Em: Nossa Suficiência em Cristo, John MacArthur Jr., Editora Fiel.
Enquanto isso, entretanto, a atitude reinante na igreja é a de ser, mais do que nunca, aberta à psicoterapia. Se a mídia cristã serve como barômetro para a igreja como um todo, uma mudança dramática está em andamento. Emissoras de rádio evangélicas, por exemplo, outrora fortalezas de ensinamentos bíblicos e música cristã, estão agora repletas de entrevistas, psicologia popular e psicoterapia por telefone. Pregar a Bíblia está fora de moda. Os psicólogos e os conselheiros que se utilizam das emissoras de rádio são os novos heróis do evangelicalismo. As emissoras de rádio evangélicas são a ferramenta de propaganda mais eficaz para a venda da psicologia — o que gera milhões de dólares em retorno para tais emissoras.
A igreja está, por assim dizer, ingerindo doses maciças do dogma da psicologia, adotando a "sabedoria" secular e tentando santificá-la, chamando-a de cristã. Os valores mais fundamentais do evangelicalismo, portanto, estão sendo redefinidos. "Saúde mental e emocional" é a nova moda. Não se trata de um conceito bíblico, embora muitos pareçam equalizá-lo com a integridade espiritual. O pecado recebe o nome de doença, de forma que as pessoas acham que precisam de terapia e não de arrependimento. O pecado habitual recebe o nome de vício ou de comportamento compulsivo, e muitos presumem que a solução está no cuidado médico e não na correção moral.
As terapias humanas são abraçadas com avidez pelos espiritualmente fracos, aqueles que são superficiais ou ignorantes no tocante à verdade bíblica e que não estão dispostos a aceitar o caminho do sofrimento que conduz à maturidade espiritual e a uma comunhão mais profunda com Deus. O infeliz efeito disso é que as pessoas permanecem imaturas, ficam presas a uma dependência auto-imposta, a algum método pseudo-cristão ou ao psico-charlatanismo que, em última análise, asfixia o crescimento genuíno.
Quanto mais a psicologia secular influencia a igreja, tanto mais o povo se afasta de uma perspectiva bíblica quanto a problemas e soluções. O terapeuta, com o seu aconselhamento individual, está substituindo a pregação da Palavra, o principal meio da graça de Deus (1 Co 1.21; Hb 4.12). O conselho que tais profissionais dispensam é freqüentemente desastroso. Há pouco tempo, ouvi consternado um psicólogo cristão que, no programa de rádio, aconselhava um ouvinte a expressar ira contra o seu terapeuta, através de gestos obcenos. "Vá em frente!", ele aconselhou. "Trata-se de uma honesta expressão de seus sentimentos. Não procure guardar ira em seu interior."
"E os meus amigos?", perguntou o ouvinte. "Será que eu devo reagir assim com todos eles, quando fico irado?"
"É claro que sim!", respondeu o conselheiro. "Você pode fazer isso a qualquer um, sempre que sentir vontade. Só não o faça àqueles que você acha que não o compreenderão; eles não seriam bons terapeutas para você." Isto é uma paráfrase. Eu tenho a fita cassete de todo o programa, e o que aquele conselheiro sugeriu foi bem mais explícito, a ponto de ser inadequado registrar aqui.
Naquela mesma semana, ouvi outro programa evangélico bastante popular, que oferece aconselhamento ao vivo para aqueles que telefonarem de qualquer parte do país. Uma mulher telefonou para relatar que, por anos, tivera problemas de fornicação compulsiva. Ela disse que ia para a cama com "qualquer um e com todos" e se sentia impotente para mudar o seu comportamento.
O conselheiro sugeriu que a forma de agir dela era sua maneira de revidar, um resultado das feridas impostas por um pai passivo e uma mãe autoritária. "Não existe um caminho simples para a recuperação", disse o rádio-terapeuta. "Seu problema não irá embora imediatamente; trata-se de um vício, e esse tipo de coisa requer aconselhamento prolongado. Você precisará de anos de terapia para vencer sua necessidade por sexo ilícito". Então, sugeriu que ela procurasse uma igreja que fosse tolerante, enquanto ela labutasse para sair daquelas "feridas dolorosas", que a estavam "fazendo" praticar a fornicação.
Que tipo de conselho é esse? Primeiramente, o conselheiro deu a ela permissão para adiar a obediência a um claro mandamento das Escrituras: "Fugi da impureza" (1 Co 6.18; 1 Ts 4.3). Em segundo lugar, ele culpou os pais dela e justificou a vingança dela contra eles. Em terceiro, parece ter sugerido que ela podia ir parando gradualmente com seu pecado, sob a alegação de terapia, é claro.
Além do mais, comunicou à sua audiência nacional a clara mensagem de que ele não tem qualquer confiança no poder do Espírito Santo para transformar imediatamente o coração e o comportamento de uma pessoa. Pior ainda, encorajou as igrejas a serem tolerantes com pecados sexuais até que a terapia comece a funcionar.
Contraste os conselhos emitidos por estes dois conselheiros com a profunda simplicidade de Gálatas 5.16: "Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne". Será que realmente cremos que anos de terapia podem trazer uma pessoa ao ponto de andar no Espírito? É claro que não, se o terapeuta for alguém que recomenda gestos obcenos, arrependimento procrastinado e igrejas tolerantes com a imoralidade crônica! Não há justificativa bíblica para tal conselho; aliás, isso contradiz frontalmente a Palavra de Deus. O apóstolo Paulo disse à igreja em Corinto que entregasse o adúltero a Satanás, excluindo-o da igreja (1 Co 5.1-13).
Sou grato a Deus por homens e mulheres na igreja que dependem da Bíblia para aconselhar outros. Sou igualmente grato por conselheiros piedosos que insistentemente recomendam a oração às pessoas atribuladas e apontam, para tais pessoas, as Escrituras, Deus e a plenitude dos recursos dEle para cada necessidade.
Não tenho qualquer dificuldade com aqueles que usam o bom senso ou as ciências sociais como plataformas úteis a um observador da conduta humana e desenvolvem meios para dar assistência a pessoas que precisam obter controle externo de seu comportamento. Isso pode até ser um primeiro passo para se obter a verdadeira cura espiritual. Mas um conselheiro sábio reconhece que todo tipo de terapia behaviorista pára logo na superfície, ficando aquém das verdadeiras soluções para as reais necessidades da alma, que são satisfeitas somente em Cristo.
Por outro lado, eu não mostro qualquer tolerância para aqueles que exaltam a psicologia acima das Escrituras, da intercessão e da perfeita suficiência de nosso Deus. Não tenho qualquer palavra de encorajamento para as pessoas que desejam misturar psicologia aos recursos divinos, a fim de vender tal mistura como uma espécie de elixir espiritual. A metodologia de tais pessoas resume-se num reconhecimento tácito de que o que Deus nos deu, em Cristo, não é realmente adequado para satisfazer as nossas reais necessidades e curar nossas vidas atribuladas.
Deus mesmo não estima muito os conselheiros que reivindicam representá-Lo, mas que, na realidade, dependem de sabedoria humana. Jo 12.17-20, afirma:
Aos conselheiros, leva-os despojados do seu cargo [sinal de humilhação]
E aos juízes faz desvairar.
Dissolve a autoridade dos reis,
E uma corda lhes cinge os lombos.
Aos sacerdotes, leva-os despojados do seu cargo
E aos poderosos transtorna.
Aos eloqüentes ele tira a palavra
E tira o entendimento aos anciãos.
A sabedoria de Deus é tão vastamente superior à dos homens que os maiores conselheiros humanos tornam-se ridículos. Os versículos 24 e 25 acrescentam:
Tira o entendimento aos príncipes do povo da terra
E os faz vagear pelos desertos sem caminhos.
Nas trevas andam às apalpadelas, sem terem luz,
E os faz cambalear como ébrios.
Se houve alguém que teve de agüentar a insensatez de conselheiros humanos bem-intencionados, essa pessoa foi Jó. Os conselhos irrelevantes e inúteis, ouvidos por Jó, foram tão pesarosos quanto as aflições satânicas pelas quais ele passou.
O abismo ao qual a psicoterapia "santificada" pode descer é realmente profundo. Recentemente, um jornal local trouxe um artigo acerca de uma clínica, com 34 leitos, que foi aberta no sul da Califórnia, para tratar de "cristãos viciados em sexo". (A razão pela qual uma clínica desse tipo precisa de leitos me foge à compreensão.) De acordo com o artigo, a clínica está ligada a uma grande e conhecida igreja protestante da região. A equipe dessa clínica inclui especialistas que foram descritos como "verdadeiros pioneiros na área [de vício sexual]. Eles são todos psicoterapeutas legítimos, devidamente licenciados e que dispensam à terapia uma orientação fortemente cristã", assim informou o diretor da clínica.
Será que a orientação "cristã" deles é sólida o suficiente para permitir que os psicoterapeutas admitam que a lascívia é pecado? É evidente que não. Vários deles foram entrevistados para o artigo. Eles constantemente se referiram a essa questão como doença, conflito, comportamento compulsivo, tratamentos terapia. Palavras que tivessem implicações morais foram cuidadosamente evitadas. Pecado e arrependimento em ocasião alguma foram mencionados.
Pior ainda, estes chamados "especialistas" zombaram do poder da Palavra de Deus para transformar um coração e quebrar a escravidão ao pecado sexual. O artigo citou o diretor da programação da clínica, que explicou porque ele crê que seu centro de tratamento especificamente dirigido a cristãos é tão crucial: "Há alguns tipos de cristãos que crêem que a Bíblia é tudo que se precisa".
Essa afirmativa é um eco do neognosticismo. Ao menosprezar aqueles que crêem que a Bíblia é suficiente, essas "nuvens sem água" (Jd 12) insistem que são possuidores de um conheci-mento secreto, sofisticado e mais elevado, que detém a verdadeira resposta às angústias da alma humana. Não se deixem intimidar pelas falsas afirmações que eles fazem. Não há qualquer conhecimento mais elevado, não há qualquer verdade secreta, nada existe, além dos todo-suficientes recursos que encontramos em Cristo, capaz de mudar o coração humano.
Levar o aconselhado à suficiência de Cristo precisa ser visto como o alvo dos esforços de todo conselheiro que deseja honrar a Deus e ser eficaz em seu aconselhamento. A idéia de que o homem é capaz de resolver seus próprios problemas, ou que as pessoas podem ajudar-se mutuamente, através de "terapia" ou outros meios humanos, nega a doutrina da depravação total do homem e nega também sua necessidade de Deus. Ela substitui o poder transformador do Espírito pela impotente sabedoria humana.
John F. MacArthur Jr.
Em: Nossa Suficiência em Cristo, John MacArthur Jr., Editora Fiel.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Confessar e Viver a Fé Reformada
Confessar e Viver a Fé Reformada
Nós Reformados defendemos a fé Bíblica, a fé Reformada. Um dos pontos fortes do Presbiterianismo é que, todos que um dia conheceram Jesus Cristo como Senhor e Redentor só serão recebidos na igreja quando professarem a sua fé em Cristo e a Bíblia como única regra de fé e pratica. Os pastores e oficiais das igrejas Presbiterianas, quando são ordenados, fazem votos e juramentos de que aceitam a Fé Reformada; juram subscrever a Confissão de Fé de Westminster e os Catecismos que declaram Jesus como Filho de Deus, segunda pessoa da Trindade; que veio ao mundo para morrer pelos eleitos do Pai, tornando-se a propiciação pelos seus pecados e reconciliando-os com Deus.
Os Reformados ensinados nos pontos da Fé Reformada, e que no mínimo façam o que fizeram os crentes da igreja primitiva descrita em Atos 2:24 “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Mas aprendem algo maravilhoso sobre o propósito de viver : “Glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”! A Fé Reformada defende a grande comissão que Jesus Cristo deu à Sua Igreja e que enfatiza:
1. Ir e pregar o evangelho ao mundo inteiro—a oferta livre do evangelho 2. Ensinar tudo o que Ele nos ordenou em Sua Palavra.
Então, a responsabilidade da Igreja é de instruir as pessoas na fé Bíblica. Temos sempre de mencionar esta Fé Reformada que é conhecida também como Calvinismo. B. B. Warfield, o grande teólogo de Princeton, dizia que Calvinismo é “o cristianismo chegando á maturidade”. Quando falamos de Calvinismo e teologia Reformada estamos, sem duvida, falando do verdadeiro cristianismo, da fé cristã redescoberta na Reforma Protestante do século XVI.
Certa vez Manoel Canuto perguntou ao Dr. Morton Smith, professor de Teologia no Seminário Presbiteriano de Greenville-SC porque pastores reformados são impedidos de pregarem nos púlpitos, até de igrejas históricas, quando estas igrejas ficam sabendo que eles são calvinistas de fortes convicções. Ele respondeu: “Acho que é por causa da própria natureza do calvinismo: o cristianismo Bíblico em sua maturidade; como disse B. B. Warfield. Wardfield disse de Calvino: “Até onde a Bíblia o levava, Calvino a seguia; onde a Bíblia parava, Calvino parava”. É esta a caracteristica principal do Calvinismo: toda a Bíblia. Por isso o Calvinismo é uma ofensa aos seus críticos. B. B. Warfield estava se referindo a natureza positiva do Calvinismo; a natureza profunda e firme do Calvinismo irrita os críticos. Eles rejeitam o fato de o Calvinismo afirmar que “isto é a verdade. Calvino dizia: “A Bíblia diz assim e nada mais!`. Isso, de fato irrita: Os críticos não percebem que Calvino falava dessa forma porque ele apresentava a doutrina Reformada como sendo a doutrina Bíblica em sua essência e não como a sua própria doutrina. As pessoas estão mais abertas para ouvir outros pregadores não calvinistas porque a natureza humana é pecaminosa e está sempre aberta para aquilo que não é Bíblico. Infelizmente isto existe até entre os reformados Presbiterianos”.
A Reforma abraça a fé total dos crentes, toda a fé protestante. Isso significa que a Fé Reformada é ampla. Inclui todas as verdades que a igreja cristã tem tirado da Palavra de Deus. Um Reformado confessional deseja e busca se identificar com a teologia total das Escrituras.
Esta mensagem Bíblica expressa na Fé Reformada foi o que os grandes pregadores do passado pregaram; que Calvino, John Knox e os puritanos pregaram e ensinaram. que Deus nos abençoe e nos faça defender a Fé que um dia foi entregue aos Santos!Extraído da revista os puritanos Pb. João Batista de Lima! Soli Deo Gloria
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
1º Coríntios 12. 27 – 30
IGREJA PRESBITERIANA DE MORADA NOVA
Centro. Cep. 62940-000 wwwipbmoradanova.blogspot.com
Rua: Expedicionário Moreno Nº 336
Pb. João Batista de Lima
1º Coríntios 12. 27 – 30
Em uma conversa com um amigo ele me falou algo que considero interessante, então resolvi postar parte desta conversa e falar um pouco sobre meu ministério em plantação de igrejas, como também algumas dificuldades que tenho enfrentado nesta labuta! Ele me disse:
No campo da evangelização criam cursos para criar uma categoria de líderes que não existe nas Escrituras, MISSIONÁRIOS, dão cursos que não são reconhecidos pela própria denominação. e não são nem valorizados em fazê-lo, querem campos com números, ora, a única igreja que não deveria se importar com números é a igreja Reformada, por que temos a doutrina da predestinação, isso não quer dizer que eu não me preocupe com a evangelização, mas, quer dizer que eu não posso produzir corações regenerados. Em Jeremias 15. 10 lemos “Ai de mim, minha mãe! Pois me deste á luz homem de rixa e homem de contendas para toda terra! Nunca lhes emprestei com usura, nem eles emprestaram a mim com usura; todavia cada um deles me amaldiçoa”. Eu estou contente que Jeremias disse isso, porque eu conheci desanimo também. E se você está sendo fiel na sua pregação e não apenas optando por não participar, numa cultura como a nossa você também sofrerá tempos de desanimo.
Ai você diz: como um homem de Deus pode ser desencorajado? Qualquer pessoa que faz esta pergunta nunca teve no meio da batalha; ele não compreende coisa alguma sobre uma batalha legitima para Deus. Nós somos homens de verdade. Nós não somos perfeitos. Nós estamos deste lado da Queda. Nós temos nossos sonhos, nossas necessidades psicológicas, e nós desejamos satisfação em tudo. Há tempos de heroísmo quando nós permanecemos firmes e somos fieis pregando a homens que não se permitem escutar. Mas também há tempos quando nos sentimos subjugados.
É possível ser fiel a Deus, e ainda assim ser subjugado com desanimo á medida que se encara o mundo. Portanto, num mundo pós-cristão e, muitas vezes, numa igreja pós-cristã é imperativo apontar com amor onde está a apostasia.
Eu estou no meu décimo campo de plantação de igrejas! Eu evangelizo e faço visitas com efeito pastoral, eu aconselho, me alegro com os que se alegram, eu até choro com os que choram.
Se alguém estiver doente, eu vou visitar e orar com essa pessoa, se um casal se separa eu tento junta-lo, se morre alguém eu ministro a cerimônia fúnebre. Porem, não poço batizar e nem casar ou ministrar a ceia do Senhor! Ora, se nós os missionários fazemos tudo que até muitos teólogos não fariam, então porque não somos reconhecidos como quem de fato atende o ide de Jesus?
Eu tenho alguns cursos de teologia, mais não foi possível concluir o bacharelado porque aqui no nordeste, terra do sol onde guardas chuvas devem ser usados como guardas sol, não me proporcionou concluir o bacharelado.
No sertão nordestino é assim! Mais pela graça de Deus eu consegui com muitos esforços, iniciar uma pequena Biblioteca que me ajuda a não ser mais um alienado de Deus, eu já tenho o bacharelado na pratica de evangelismo e de sofrimento nos campos que eu implantei.
Todos eles eu comecei do zero, e, portanto, aprendi algo importante. Não adianta ter conhecimento teórico se na verdade eu não tiver a pratica na área da evangelização. A mesma coisa que o bispo na Bíblia é o Presbítero. O missionário que desbrava os campos também deveria ter mais respeito e ser mais valorizado pelo seu trabalho!
Independente de denominação, que se crie os maios para preparar os obreiros do Senhor, criem-se os cursos, mais que a denominação reconheça, que se faça com que eles sejam reconhecidos por seu trabalho no Reino de Deus.
É de conhecimento de todos de que, uma igreja solida que tem um pastor com tempo integral, já foi um dia um campo missionário, alguém se deu para que essa igreja chegasse aonde chegou.
Que Deus abençoe os desbravadores na plantação de novas igrejas, e que as denominações, principalmente as REFORMADAS valorizem mais seus obreiros que estão plantando igrejas! Soli Deo Gloria!!!
Pb. João Batista de Lima
sábado, 1 de outubro de 2011
Seis Regras para Jovens Cristãos!
Seis Regras para Jovens Cristãos!
1. Jamais despreze a oração diária. E, quando orar, lembre que Deus está presente ali, ouvindo suas orações (Hb 11.6).
2. Jamais menospreze a leitura diária das Escrituras. E, quando ler, lembre que Deus está falando a você; portanto, precisa crer e agir de acordo com o que Ele diz. Acredito que toda apostasia começa em se negligenciar estas duas regras (Jo 5. 39).
3. Jamais passe um dia sem fazer algo para Jesus. Todas as noites, medite sobre aquilo que Ele fez por você e pergunte a si mesmo: "O que estou fazendo pra Ele?" (Mt 5.13-16).
4. Se você está em divida acerca de algo ser correto ou errado, dirija-se ao seu quarto, dobre seus joelhos e peça a benção de Deus sobre aquilo (Colossenses 3.17). Se você não puder fazê-lo, aquilo é algo errado (Rm 16.23).
5. Jamais copie seu cristianismo de outros cristãos ou argumente que tal pessoa faz isto ou aquilo e, por conseguinte, você também pode faze-lo (2Co 10.12). Pergunte a si mesmo: "Como o Senhor Jesus agiria em meu lugar?" e esforce´se para segui-lo (Jo 10.27).
6. Jamais creia naquilo que você sente, se contradiz a Palavra de Deus. Pergunte a si mesmo: "O que eu sinto é verdadeiro, sendo confirmado pela Palavra de Deus?" Se ambos não podem ser verdadeiros, creia em Deus e acredite que seu coração está mentindo (Rm 3.4; 1 Jo 5. 10-11). Pb. João Batista de Lima
Cinco motivos que tornam a música gospel brasileira de péssima qualidade
1 – Jargões e evangeliques: Dependem muito do mover, unção profética, movimento ou heresia que rola na boca dos profeteiros, pastores, auto proclamados apóstolos e testemunheiros que percorrem as igrejas por ai como uma praga que empesteia as mentes das pessoas usando sistemas, frases de efeito e palavras que chamem a atenção do publico. Por exemplo, as palavras adorador, vitória, adoração, chuva, fogo e por ai vai. Ou seja, muitos só seguem o modismo do momento quando compõem suas pérolas musicais. Escrevem qualquer coisa e colocam uma dessas palavras e está tudo certo eis o sucesso nas rádios.
2 - Comércio acima de tudo: Você imagina em sua inocência que os cantores gospel estão preocupados em evangelizar o Brasil através da música deles, edificar pessoas e ministrar as tais unções disso e daquilo. Então proponho uma questão simples para você. Faça um evento em sua igreja local que fica no subúrbio de sua cidade que mal tem grana para se manter, pagar o aluguel e outros compromissos. Ligue para qualquer cantor que toca na rádio e que seja de sua cidade para não ter desculpa de gastos com transporte. Você irá falar com a secretária ou assessoras dele. Explique a falta de grana e a necessidade da comunidade de ter um talento desses ministrando nela. O máximo que ele irá fazer para facilitar sua vida é mandar você vender uns quinhentos CD’s e isso não acontece só com cantores tem os testemunheiros que usam isso também na venda de DVD’s. Claro muitos vão dizer que isto faz parte do sustento e profissão deles. Mas peraí tocar uma vez ou outra em uma comunidade carente vai deixá-los tão desprovidos assim, não propor valores ou arrastar ofertas também os deixara mais pobres. O mercado gospel é grande e dá lucro muitos enriqueceram com isso. Pense o comércio tem mesmo que ser o principio de alguém que se auto intitula ministro, levita ou abençoador. Os tais ungidos servem a dois senhores? Estrelismo dos “ungidos” é um produto deste comércio também e gospel nada mais é que uma marca cheia de estratégias e tendências de mercado.
3 – Cópias descaradas do que existe de pior na música secular: Sabe aquela música que toca alto no som do seu vizinho chato e nos carros tunados que deixam qualquer um surdo. Músicas como Créu, Bonde do Tigrão, Luan Santana, os tecno bregas e por ai vai. Sei que tem gente que gosta e até respeito quem gosta, mas o que acho estranho é fazer de tudo que tenha um suposto sucesso um equivalente gospel dando só uma ajeitada nas letras colocando um Jesus ali, um céu no lugar de créu, um “vem orar que o irmão vai te ensinar”. Ontem minha esposa se espantou ao ouvir a rádio; estava tocando forró universitário gospel. Pelo menos pra mim não é espanto já que o comércio está acima de tudo. O problema maior não é o tipo ou o gênero da música, mas o problema maior são os aproveitadores que copiam descaradamente se aproveitando dessa falsa bolha protetora que se criou chamada de mundo gospel. Onde os crentes para não passarem vontade em requebrar em um funk desses bondes que existem recorrem ao seu equivalente gospel.
4 – Falta de Criatividade e Novidade: Uma coisa leva a outra. Se eu sou criativo tenho novidades para apresentar em minha arte, simples assim. É claro que o processo criativo custa estudo e tempo, é bem mais fácil usar jargões e copiar o que existe no mercado secular e que já é sucesso ou ainda se pode pegar a rabeira do “sucesso” que já toca nas rádios gospel e copiar descaradamente, como copiam até a entonação de voz entre eles. Estava ouvindo uma música agora a pouco que estava tocando em uma rádio e estava em dúvida entre uns três cantores que cantam iguais. Lembro que antigamente as músicas no meio cristão eram inovadoras e até referencia para muita gente que estava no meio secular. Um grande exemplo fora do país foi Ray Charles que buscou na música gospel negra e sulista americana uma fonte para suas músicas. Sem criatividade e novidade a música gospel brasileira não poderá ser referencia para ninguém, nem mesmo pode ter um espaço ou relevância cultural no país e muito menos pode ser considerada contra-cultura. O cristão tem uma fonte de inspiração incalculável, inesgotável e cheia de vida que é própria Palavra em todos seus aspectos espirituais. Usar isso bem inova e inspira vida nas pessoas.
5 – Salvacionismo: Este tipo de coisa não é o zelo ou amor por almas, mas tem muito mais a ver com prepotência, antropomorfismo e auto-realização. Ou seja, muitos cantores gospel criam uma música e crêem que por ela muita gente será salva, curada, liberta magicamente e quase instantaneamente. Muitos cantores se acham os salvadores e libertadores do Brasil e creio que eu não estou exagerando em dizer isso. Talvez seja culpa nossa onde por preguiça, desinteresse ou mesmo inocência de algumas pessoas, deixamos de ter iniciativa própria em buscar a Deus, crescer em sua palavra e exercer nossa fé diariamente. Erguemos a carreiras e endeusamos estes cantores, os elevamos a patamares intocáveis e confundimos troca de experiências, testemunhos verdadeiros com tietismo.
Contudo, sempre existem as exceções e espero que possamos reconhecer essas exceções. Também existe muita gente boa fora da mídia e do mundinho gospel, hoje temos a internet como aliada para poder garimpar estes talentos. Sem contar que proibições de ouvir músicas seculares hoje só são desculpas para proteger o mercado gospel. Coisa que creio ser prejudicial ao próprio mercado tornando-o escravo de si mesmo e o implodindo em mediocridade e ganância. Existem músicas seculares ótimas e tenha certeza que você não irá para o inferno ao ouvi-las. Pelo menos para mim música tem a ver com sentimentos se você sente amor ouvirá músicas que fala disso se você odeia ouvira música que professam o ódio. Bom senso, bom gosto musical é uma variável muito grande, então aproveite o que tem de melhor por ai. Fonte: Lion Of Zion
Assinar:
Postagens (Atom)