segunda-feira, 11 de julho de 2011

SÓ O SENHOR É DEUS

SÓ O SENHOR É DEUS
Deuteronômio 5.1-10
O coração de fé da aliança de Israel se encontra no pacto firmado no Sinai e no Decálogo. A aliança era mais que uma lista de estipulações (regras e normas fixadas). Era fundamentalmente um relacionamento entre Deus e o seu povo.
O Decálogo, expressão mais básica das exigências gerais da aliança, é reapresentado. O primeiro versículo contem quatro injunções: ouvir, aprender, cuidar e cumprir. A aliança original é relembrada. O fato ocorrido em Horebe não é simplesmente um acontecimento do passado, concernente apenas aos antepassados de Israel, mas algo que diz respeito a todos os israelitas de todas as épocas.
Seja qual fosse o meio de expressar ou simbolizar o fato, as conseqüências terríveis da quebra de uma aliança eram claramente expressas em todas as antigas alianças. Por outro lado, benção cairiam sobre aquele que cumprisse a aliança. A expressão “face a face falou o Senhor conosco”, v.4, não significa que Israel tenha visto a Deus, sugerindo que a aliança foi feita na área de relacionamento pessoal e não em termos meramente legalistas.
Os mandamentos têm sido normativos tanto para Israel quanto para a Igreja cristã através dos séculos. Basicamente afirmam que para o povo de Deus havia duas grandes áreas de obrigação: para com Deus e para com os homens. A observância cuidadosa a ambas era essencial a uma vida plena. A violação de qualquer das duas era uma violação do relacionamento do individuo com Deus.
(Tg 2.20). É obrigatório para o povo de Deus respeitar a integridade do próprio Deus e de seus irmãos na fé. No novo testamento enfatiza-se Deus em sua soberana graça. Todavia a observância dos dez mandamentos deveria ser um efeito natural da nova vida em Cristo, o resultado de termos a lei escrita nas tábuas de carne do coração. (Hb 10.16-17).
O primeiro mandamento dá expressão clara ao principio de absoluta lealdade a Deus. Quer o povo de Israel, ou parte dele, admitisse a existência de outros deuses, “era-lhes exigido que reconhecessem apenas Deus como soberano Senhor. O segundo mandamento é quase idêntico á forma de Êxodo 20.4-6. Dirigido contra os deuses pagãos e contra a falsa noção de adoração a Deus que pudesse representá-lo por uma imagem, conforme o costume dos pagãos. Era absolutamente proibido a Israel prostrar-se perante qualquer imagem ou servir a qualquer deus estranho
O verbo adorar sugere uma atitude de submissão semelhante à adotada pelo vassalo ante o seu Senhor. O outro verbo “dar culto ou servir” denota igualmente uma atitude de adoração. Deus mais uma vez é apresentado como Deus zeloso, ativamente envolvido no estabelecimento de sua própria soberania e que não tolera qualquer forma de idolatria, uma vez que isso equivale a uma lealdade dividida. Tal zelo para com a afirmação de sua própria soberania pode ser manifesto em juízo ou em bênção até às gerações futuras.
Agradeço ao Reverendo Isaias Cavalcante Pastor auxiliar da Catedral do Rio de Janeiro
Autor desta reflexão. 

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