sábado, 15 de setembro de 2012

A Reforma Protestante 1517


A Reforma Protestante 1517
A Reforma do Século XVI
Movimento restaurador.
Primariamente religiosa; dimensões políticas, econômicas e sociais.
Origem das igrejas históricas do protestantismo.
Quatro manifestações principais: luteranismo, calvinismo, anabatismo e anglicanismo
Causas
A situação da Igreja Católica medieval.
A insatisfação política e religiosa dos povos europeus. O nacionalismo emergente.
A ansiedade e insegurança provocadas pela espiritualidade vigente.
Preparação
Os pré-reformadores:
João Wyclif (c.1325-1384) e os lolardos.
João Hus (c.1372-1415) e os irmãos boêmios/morávios.
A tradução das Escrituras nas línguas locais.
A obra dos humanistas.
O Estopim da Reforma
A experiência religiosa de Lutero.
A eleição do sacro imperador  romano (Alemanha).
A escolha do arcebispo de Mainz (Alberto de Brandemburgo)
A venda das indulgências.
As Noventa e Cinco Teses.
1. A Reforma Luterana: Martinho Lutero
1483 - Nasce em Eisleben, leste da Alemanha, filho de Hans e Margaretha Luder.
Martinho Lutero
1505 - Ingressa no mosteiro agostiniano de Erfurt.
1512 - Torna-se professor da Universidade de Wittemberg.
1517 - 31 de outubro: convoca a comunidade acadêmica para um debate sobre as indulgências (as 95 Teses).
1519 - Em debate com João Eck, defende Hus e afirma que papas e concílios podem errar.
1520 - Bula Exsurge Domine dá-lhe 60 dias para retratar-se. É queimada em praça pública.
1520 - Escreve À Nobreza Cristã da Nação Alemã, O Cativeiro Babilônico da Igreja e A Liberdade do Cristão.
1521 - Bula de excomunhão: Decet Pontificem Romanum.
Lutero vai à Dieta de Worms: defende-se e é condenado.
Refugia-se no Castelo de Wartburg, onde começa a traduzir a Bíblia.
Luteranismo
Idéias de Lutero difundem-se na Alemanha e na Europa graças à imprensa.
1529 - Dieta de Spira: surge o nome “protestantes.”
1529 - Filipe de Hesse convoca o Colóquio de Marburg. Divergência entre luteranos e zuinglianos sobre a Ceia do Senhor.
Surgem igrejas nacionais luteranas na Suécia, Dinamarca, Noruega e Islândia.
Na Alemanha, ocorrem guerras entre católicos e luteranos, que cessam com a Paz de Augsburgo (1555).
Princípio: “cuius regio, eius religio.”
Houve novas guerras na primeira metade do século XVII, até a Paz de Westfália (1648).
2. A Reforma Calvinista
O segundo movimento de reforma surgiu na Suíça.
Seus primeiros líderes foram Ulrico Zuínglio (Zurique) e João Calvino (Genebra).
Esta segunda expressão histórica do protestantismo ficou conhecida como “movimento reformado.”
Ulrico Zuínglio
1484 - Nasce em Wildhaus.
1516 - Lê o Novo Testamento traduzido por Erasmo.
1518 - É nomeado sacerdote da catedral de Zurique. Torna-se afamado pregador bíblico.
1522 - Questiona o jejum da quaresma e o celibato clerical; abandona o sacerdócio e torna-se pastor evangélico.
Zuínglio
1523 - Início dos debates públicos em Zurique. Os Sessenta e Sete Artigos.
Zuínglio casa-se publicamente com Ana Reinhart.
1525 - As missas são abolidas em Zurique. Passa-se a celebrar a Ceia do Senhor. Surge o movimento anabatista.
1529 - Encontra-se com Lutero e outros líderes no Colóquio de Marburg.
1531 - Morre na segunda batalha de Kappel.
Movimento reformado difunde-se na Suíça e no sul da Alemanha.
Bullinger, sucessor de Zuínglio
Participantes do Colóquio de Marburgo
Martinho Lutero
Justus Jonas
Filipe Melanchton
André Osiander
Estêvão Agrícola
João Brentz
João Ecolampádio
Ulrico Zuínglio
Martin Butzer
Gaspar Hedio
João Calvino
Com a morte precoce de Zuínglio, o movimento reformado passou à liderança de João Calvino.
1509 - Calvino nasce em Noyon, no nordeste da França. Seus pais são Gérard Cauvin e Jeanne Le Franc.
1523 - Estuda e humanidades e teologia em Paris.
1528 - Estuda direito em Orléans e Bourges.
1531 - Retorna a Paris e retoma seus estudos humanísticos. Escreve um comentário do tratado de Sêneca “De Clementia.”
1533 - Converte-se e tem de fugir de Paris. Começa a escrever a sua obra magna.
1536 - Primeira edição da Instituição da Religião Cristã ou Institutas (Basiléia).
1536 - Deseja ir para Estrasburgo; Guilherme Farel convence-o a ficar em Genebra.
1538 - Devido a conflitos com as autoridades civis, ambos são expulsos.
1538-41 - Calvino passa três anos felizes em Estrasburgo:
Pastoreia uma igreja de refugiados franceses.
Participa de conferências com o reformador Martin Butzer.
Leciona na academia de João Sturm.
Casa-se com Idelette de Bure.
Escreve diversas obras.
1541 - Calvino retorna a Genebra; Escreve as Ordenanças Eclesiásticas. Enfrenta uma longa luta com os magistrados.
1559 - Torna-se cidadão de Genebra, funda a Academia e publica a última edição das Institutas.
1564 - Morre no dia 27 de maio.
Princípios calvinistas
A soberania de Deus na criação, providência e redenção.
O estudo sério e criterioso das Escrituras.
A importância da educação, para os pastores e os crentes em geral.
Governo representativo através de presbíteros e concílios.
3. A Reforma Anabatista
1522 - Grupo de jovens religiosos e humanistas reúne-se em torno de Zuínglio, em Zurique (os Irmãos Suíços).
1525 - Conflitos acerca do batismo infantil; primeiros batismos de adultos e primeira congregação anabatista.
Também conhecidos como reformadores radicais.
Anabatistas
1527 - União Fraternal reúne-se em Schleitheim e aprova uma Confissão de Fé escrita por Miguel Sattler.
Começa um período de intensas perseguições em diversas partes da Europa.
1534-36 - Extremistas criam uma teocracia em Munster e são destruídos.
1536 - Menno Simons torna-se líder dos anabatistas da Holanda. Fundador da Igreja Menonita.
1540 - Simons publica a obra Fundamento da Doutrina Cristã.
Princípios Anabatistas
Volta ao ideal da igreja primitiva.
Separação entre igreja e estado.
Batismo de adultos, por imersão.
Afastamento do mundo.
Fraternidade e igualdade.
Pacifismo: proibição de porte de armas e serviço militar.
Vida comunitária em colônias agrícolas.
4. A Reforma Anglicana
Ao contrário de outros países da Europa, na Inglaterra a Reforma foi introduzida pela ação direta de alguns reis.
1527 - Henrique VIII procura a anulação do seu casamento com Catarina de Aragão, mas o papa recusa-se a atendê-lo.
Henrique VIII
1533 - Um tribunal eclesiástico inglês declara nulo o casamento do rei.
1534 - O Ato de Supremacia reconhece o rei como “chefe supremo” da Igreja da Inglaterra.
1547 - Eduardo VI sucede o pai. Seus conselheiros são todos protestantes.
Eduardo VI e Maria I
1549 - Adotado o Livro de Oração Comum, escrito por Thomas Cranmer, Arcebispo de Cantuária.
1552 - Cranmer escreve os Quarenta e Dois Artigos (teologia calvinista).
1553 - Eduardo morre e sua irmã Maria Tudor sobe ao trono.
Maria I, a sanguinária
1555 - Muitos evangélicos são mortos ou exilados. Mártires mais famosos: Nicolau Ridley e Hugo Latimer.
1556 - Cranmer também é morto na fogueira.
1558 - Maria morre e é sucedida por sua irmã Elizabete.
Elizabete I
Elizabete tem um longo governo de 45 anos (1558-1603) e implanta definitivamente o protestantismo na Inglaterra.
O anglicanismo reúne elementos católicos (hierarquia, liturgia) e reformados (teologia).
Compõe-se da Igreja Alta e da Igreja Baixa (evangélica).
A Reforma Escocesa
A Reforma na Escócia é parte da Reforma Calvinista.
O líder que mais contribuiu para implantar o calvinismo na Escócia foi João Knox (c.1514-1572).
No continente europeu, as igrejas calvinistas foram chamadas de igrejas reformadas; na Escócia, igrejas presbiterianas.
O Presbiterianismo
No século XVII, os calvinistas ingleses e escoceses realizaram a Assembléia de Westminster.
Os escoceses-irlandeses levaram o presbiterianismo e os padrões de Westminster para os Estados Unidos.
Simonton, um descendente de escoceses, trouxe o presbiterianismo para o Brasil.
Princípios dos reformadores
A Escritura: única regra de fé e prática (sola Scriptura).
Cristo como único mediador (solo Christo).
Salvação pela graça, mediante a fé (sola gratia e sola fides).
Sacerdócio universal dos fiéis.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

SONHAR É PRECISO


SONHAR É PRECISO
Eu tive um sonho, um sonho desses que outros já sonharam e que parece não morrer nunca.  Sonhei que a igreja Reformada desses pais era menos egoísta e mais solidaria que havia engajamento com as questões sociais e que os nossos templos ociosos eram bem mais utilizados na semana na realização de projetos comunitários que visam resgatar a cidadania, promover inclusão social e combater as diversas formas de injustiça. Sonhei que o modelo de relacionamento comunitário da Trindade servia de modelo para as igrejas, pastores, lideres,  membros e congregados. Como conseqüência havia menos proselitismo, menos preocupação com o poder e mais preocupação com o caráter, mais humildade e menos vaidade, mais espiritualidade e menos ativismo religioso. Sonhei que o marketing e a publicidade davam lugar à oração e ao evangelismo pessoal, e que missão deixava de ser um tipo de status quo para ser simplesmente um compromisso de quem ama o Reino de Deus. Sonhei que desistíamos todos de submeter à igreja as leis de mercado por crermos simplesmente na eficácia do evangelho como suficiência de Deus no alicerce e transformação regeneradora dos pecadores moribundos. Sonhei que na igreja evangélica Reformada já não havia lugar para quem tenta massificar a fé, mercadejando o evangelho a preços promocionais inescrupulosos, ao mesmo tempo em que lucra com a valorização das “ações” do competitivo mercado religioso. Sonhei com o retorno da igreja as Escrituras numa caminhada gloriosa de redescoberta da espiritualidade bíblica, da missão integral, do relacionamento intimo com Deus, da sua vocação sublime, da ética e do testemunho de quem vive como sal da terra e luz do mundo.
Sonhei que nesse contexto de despertamento espiritual a IPB redescobria suas origens doutrinarias reformada, sua experiência missionária Calvinista, e seu fervor espiritual Cristocentrico. Sonhei que continuávamos construindo templos sem, no entanto, s m perdermos de vista que a prioridade da igreja é missões. Sonhei então que as nossas ofertas anual de missões deixavam de ser anual para ser mensal e que as nossas ofertas para missões superavam os alvos de construção. Sonhei que já não membros inadimplentes ou infiéis nessa matéria. Sonhei que os pastores apascentavam-se mutuamente, que havia mais humildade entre todos e que nos tornávamos ensináveis, corrigíveis e conscientes das nossas fraquezas e pecados. Sonhei que as nossas igrejas eram mais cooperativas, servindo com dedicação e santidade. Sonhei ainda que era possível canalizar nossas energias, recursos e talentos para fortalecer a missão em vez dos nossos pequenos guetos religiosos e espaços de poder.
Depois de sonhar com tudo isso, me dei conta de que na realidade eu não dormia, eu estava bem acordado, como bem acordado precisamos estar, a fim de que possamos construir uma nova página na nossa história de igreja que glorifique a Deus. Que o Senhor provoque em nós um inconformismo profundo nos nossos corações no anseio de vivenciarmos um novo tempo. Uma nova realidade.

No amor de Cristo,
Pb. João Batista de Lima

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Jesus, o Cristo que ressuscita mortos.


Texto: João 11.28-46.
Tema: Jesus, o Cristo que ressuscita mortos.
Por João Batista de Lima

Introdução: A Bíblia com toda sua revelação, narra nesta historia a tristeza, o sofrimento e a dor que foi causado pelo pecado. E mostra que Jesus estava indignado com o pecado. Mas, revela também um Deus amoroso que se compadeça dos homens pecadores e que dar-les a vida eterna.
 Para que você saiba que é possível estar fisicamente vivo e espiritualmente morto, você precisa discernir um fato: que o nível físico, o nível do Espírito (o nível da alma), para existirem não se faz necessária uma simultaneidade. Lazaro estava morto fisicamente, mas estava vivo espiritualmente.
Seu corpo morrera, mas Espírito não.
Vamos descobrir se você esta morto, ou vivo espiritualmente das seguintes formas.

I. Mortos não têm apetite. Os evangelhos ensinam que Maria e marta faziam quitutes saborosos (Lc 10). Todavia, posso garantir-lhes que, depois de quatro dias de putrefação; depois de envolto na sombria morte, não havia perfume de comida apetitosa que levantasse Lazaro daquela tumba simplesmente porque nada apetece aos mortos espiritualmente, mortos não tem apetite. É por isso que homens mortos espiritualmente não têm gosto pela Bíblia e sua leitura, não gostam de oração, não tem fome de Deus, é por causa dos benefícios que Deus pode dar. Não é a pessoa de Deus que os atrai, pois eles não têm apetite por Deus. Deus não é para ele o grande prazer da vida.

II. Mortos não têm ação. O que caracteriza a morte é a inércia mais profunda. Não tem ação espiritual, sua argumentação é que não tem tempo. Eles têm ação no nível físico porque criam tempo para suas atividades físicas, fazem cursinhos casam e se dão em casamento, fazem faculdade vão a acampamentos de férias, no nível físico não falta tempo, mas no nível espiritual, dizem não ter tempo. Mas não é falta de tempo, é falta ação. O motivo é que eles estão mortos espiritualmente.

III. Mortos não reagem ao amor. Primeiramente, ao amor de Deus, mortos não podem reagir ao amor de Deus. O texto diz que Jesus chorou, quando chegou a sepultura de Lazaro, ele o amava. Mas Lázaro não reagiu ao seu amor, suas lagrimas não o levantou, seu amor não o ergueu, simplesmente porque mortos não reagem ao amor de Deus.
É por isso que nós pregamos a cruz; falamos que alguém veio a este mundo e morreu por amor. Levou sobre si as nossas dores, a nossa vergonha. A angustia do homem que já experimentou de tudo e não conseguiu satisfação, absorveu as lepras as AIDS, as dores de todos os homens. Pagou o preço do meu resgate do inferno. A historia convergiu para ele.

IV. Mortos precisam ter um encontro com Jesus. Mortos precisam de ressurreição. A resposta de Jesus aos mortos espirituais é: Eu sou a ressurreição e a vida. Mortos precisam de vida. Mortos precisam de salvação, precisam sair do pó. Não é uma ressurreição sem fonte que acontece por acaso. É uma ressurreição que tem objetivo, uma fonte, uma origem, uma pessoa, alguém de onde ele emana. “eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que morra vivera”. Jesus se comoveu com a situação de Lázaro, ele se comove quando vê o homem morto espiritualmente. Jesus se comove diante de um homem que esta como eu estava ou como você está, morto espiritualmente. O texto diz que Jesus chora por causa do homem morto porque Jesus o ama a ponto de dar a sua própria vida por ele. Jesus andou em direção ao morto e mandou que retirasse a pedra do tumulo. Há tantos sepulcros andantes em nossas ruas; tantos espíritos sepultados em corpos ambulantes, equal a entrada para sua interioridade? É o seu coração. Tire dele a pedra, a pedra do preconceito religioso. Você diz: eu não nasci nesta religião; tenho que morrer na minha! Mas eu estou convidando a vir a Jesus que da a você a vida espiritual. É preciso tirar a pedra do preconceito; de certos pecados que estão tapando, bloqueando o seu coração. A pedra da indiferença, da incredulidade, a pedra da carnalidade, da vaidade exagerada e da ambição. Tire a pedra! E escute Jesus te chamando para a vida eterna. Levante-se e desperte do sono espiritual, ouça Jesus a te convocar a sair da morte espiritual, como Lázaro você também pode ser ressuscitado por Jesus, venha seguir os passos de Jesus e ser feliz por toda a eternidade.

Conclusão: quando a luz de Jesus começar a entrar nessa caverna escura que é a sua alma, quando a voz de Jesus o despertar, ponha-se de pé: venha para fora! É a vida que te chama. Quem for ressuscitado por Jesus recebe a vida eterna. O ressuscitado necessita de viver livre, e foi para a liberdade que Cristo ti libertou. Ele convoca você para á salvação, para á liberdade, vá a Jesus hoje mesmo por meio da fé! Ele o convida para andar com ele, como Lázaro fez. Venha para fora!