quarta-feira, 21 de março de 2012

O Milênio, porque eu creio que já estamos vivendo o Milênio. Parte 3

Por Pb. João Batista
3) Tudo isso terá lugar “naquele dia”. No texto grego, essa frase está isolada no final do versículo 10, como uma breve referencia a um dia especial na profecia bíblica: o dia do Senhor, o dia do juízo. Esse dúplice julgamento pode ser referido como acontecendo na vinda de Cristo para os seus santos, em sua visível revelação desde p céu, naquele dia. Assim, não se pode sustentar que essa vinda [parousia], essa revelação [apokalypsis], e esse dia [hemera], acontecerão em tempos diferentes.
O juízo executado por Deus na vinda de Cristo será duplo: bendito para o povo de Deus e punitivo para os incrédulos. Nada sugere que essa passagem fale apenas da punição temporal (morte) recebida pelos ímpios viventes na terra por ocasião do retorno de Cristo, e do juízo final a ser executado após o milênio. A linguagem do apostolo é geralmente inclusiva. Ele fala não somente daqueles que estavam importunando os tessalonicenses, mas também dos “que não conhecem a Deus e os que não obedeceram ao evangelho de nosso Senhor Jesus”. Dizer que os ímpios precisam estar vivos no tempo do retorno de Cristo, para poder receber a punição, não é mais convincente do que afirmar que os crentes precisam estar vivos na volta de Cristo, a fim de poder receber o refrigério e a benção final. Se o julgamento aqui referido somente cair sobre aqueles que estão vivos no retorno de Cristo, a ameaça falhará em seu cumprimento naqueles que perseguiam os tessalonicenses, porque eles morreram há muito tempo.
Essa passagem fala da condenação final e eterna—“destruição eterna [...] separação da presença do Senhor”—aplicada por Deus, o santo juiz, não após a ressurreição dos ímpios no final do milênio, mas no retorno de Cristo.
Romanos 8. 17-23
Aqui, o apostolo afirma o ardente desejo dos crentes em Cristo e de toda a criação, pela prometida glória vindoura. Ele também fala dos sofrimentos do tempo presente e da glória que nos será revelada. Falando da “natureza criada”, o apostolo utiliza uma
Figura de linguagem chamada “personificação”; isto é, ele fala do cosmos material como se esse fosse uma pessoa pensante, sensível e volitiva. Não apenas os crentes que “gemem” com “grande expectativa” da gloria vindoura, mas também “toda a natureza criada”. A criação ficou sujeita à esterilidade, deterioração e decadência envolvidas na maldição pronunciada no Éden por causa do pecado de Adão (Gn 3. 17, 18). O que a sujeitou “na esperança” (Rm 8. 20) foi Deus.
Ou seja, essas são “as dores de parto” de que Paulo fala em Romanos 8.22; elas são as dores de morte. Este mundo será renovado e não aniquilado. Caso contrario, Paulo não poderia ter dito que ele ficou sujeito “em esperança” (Rm 8. 24,25). Eis porque deveríamos falar de renovação cósmica em vez de destruição cósmica. Pense no paralelo que Pedro faz entre o juízo futuro e o antigo juízo do diluvio: “O mundo daquele tempo foi [...] destruído”, mas certamente não aniquilado (2Pe 3.6). compare a imagem que Paulo faz do cristão como um “novo homem” (Ef 4.24; Cl 3.10), e como uma “nova criação” (Gl 6.15). o novo ser é o antigo feito novo.
A renovação do cosmos é comparável á ressurreição do corpo. E quão novo será esse corpo—tão diferente de nosso corpo presente como o grão que surge da semente que foi semeada (1 Co 15. 35-44).
Os justos e a criação conhecerão uma segura e completa libertação. Paulo expressa esse futuro livramento do povo de Deus de vários modos. Ele fala da glorificação com Cristo (Rm 8.17), “a gloria que em nós será revelada” (v. 18), a revelação dos filhos de Deus (v. 19), “gloriosa liberdade dos filhos de Deus” (v. 21), “nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo” (v. 23).
Todos esses termos falam da libertação completa do pecado e dos seus resultados maravilhosos advindos dessa libertação. Paulo nos fala aqui sobre quando essa libertação total será nossa—na ressurreição. Ele a chama de “a redenção de nosso corpo”, o grande objetivo para o qual os crentes receberam o selo do Espirito Santo como depósito, “a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus” (Ef 1.14). o apostolo também se refere a ela como “nossa Adoção”, porque as implicações completas da bendita adoção que já desfrutamos em união com o filho de Deus serão efetivadas só naquele momento. E, como veremos, Paulo ensina claramente em 1 Coríntios 15.23 que a ressurreição dos que pertencem a Cristo ocorrerá na vinda de Cristo [parousia].
(Romanos 8.21). Aqui novamente o apostolo dirige nossa atenção para o tempo em que essa libertação será realizada: quando “os filhos de Deus [forem] revelados” (Rm 8. 19). O dia de sua “revelação” [apokalypsis] como filhos de Deus é a gloriosa meta da expectação dos crentes, e também a expectante meta da criação. Nesse tempo, a própria criação será libertada “da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus” (v. 21). A “revelação dos filhos de Deus” e “a gloriosa liberdade dos filhos de Deus” não podem ser adiadas para além da vinda de Cristo e da ressurreição, nem o livramento da criação posposto ao grande dia. Isso é descartado pelos versículos 22 e 23, nos quais vemos os crentes e toda a criação gemendo juntos e esperando pela adoção que aqui é definida como “a redenção de nossos tempos”.
Portanto, o significado dessa passagem com relação ao assim chamado “assunto milenar” está claro. O apostolo Paulo, por inspiração do Espirito Santo, ensina que a glória da ressurreição dos filhos de Deus marcará também a glória da ressurreição da criação. Na vinda de Cristo, e não um milênio mais tarde, “e participará da glória que é comparada à “gloriosa liberdade dos filhos de Deus”.
2Pedro 3. 3-4
Uma cuidadosa leitura dessa passagem revelará que Pedro apresenta um quadro do que acontecerá quando nosso Senhor retornar, que está em total harmonia com o ensino de Paulo em Romanos 8. 17-23.
Pedro está respondendo aos escarnecedores que perguntarão: “O que houve com a promessa da sua vinda?” (2Pe 3. 4), declarando que “o dia do Senhor virá” (v. 10). Está claro que a “vinda” [parousia] de Cristo e o “dia do Senhor” referem-se ao mesmo evento. Caso contrário, a afirmação de Pedro no versículo 10 não seria relevante como resposta à pergunta zombeteira do versículo 4. Nos versículos 7, 10, 11, 12 e 13, Pedro fala do que pode ser chamado de “renovação cósmica”—isto é, a destruição do céu e terra atuais por fogo, de forma que um novo céu e uma nova terra, “o lar dos justos”, possam surgir. Isso terá lugar, diz Pedro, no “dia do juízo e [...] [da] destruição dos ímpios” (v. 7).
A vinda de Cristo e a transformação do cosmos são apresentadas como a meta do cristão vigilante, pois elas ocorrerão concomitantemente.
Em outras palavras, o quadro apresentado pelo Espirito por intermédio de Pedro não permite que mil anos intervenham entre a segunda vinda de Cristo e a vinda do dia do juízo divino e da renovação cósmica.
ICoríntios 15. 20-26
Os pré-milenaristas têm, com frequência visto essa passagem de Paulo não apenas meramente compatível com a doutrina pré-milenarista, mas também como apoio para aquela doutrina.
Alguns argumentam que, uma vez que o apostolo, no versículo 22, refere-se à ressurreição geral—deveríamos esperar que ele falasse da ressurreição dos justos nos versículos 23 e 24. Assim, a referencia de Paulo ao “fim” no versículo 24 precisa ser interpretado como apontando para outra fase, a final, depois da ressurreição pós-milenar: “Então virá o fim [da ressurreição]”. Mas o fato é que não há referencia a ressurreição geral no versículo 22.
Aqueles que discutem que Paulo fala aqui da ressurreição de toda humanidade insistem que a palavra “todos morrem”. Em outro lugar, porém, o apostolo usa a palavra “todos”, cuja referencia não é inclusiva; e ele pode usar esse vocábulo nas duas orações de uma mesma sentença, quando em apenas uma delas houver a referencia inclusiva. Imediatamente, pensamos em Romanos 5. 18, em que linguagem de Paulo é, de formar notável, paralela a 1Corintios 15.22: “Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens”. Embora o “todos os homens” na primeira frase seja inclusiva (excluindo apenas nosso imaculado salvador), essa expressão repetida na segunda frase não pode ser todo-inclusiva, porque o contexto claro que Paulo está ai falando daquela justificação que é para a vida eterna; e é contrário à teologia de Paulo dizer que todos os homens e mulheres recebem essa justificação, quer confiem em Cristo, quer não.
George Ladd escreve: Alguém pode arrazoar, então, que o “fim” deve ter lugar em um período considerável após a parousia de Cristo, em cujo tempo (no fim) ele entregara o reino ao Pai quando, por meio do seu reinado durante o período interveniente, ele completou a tarefa de subjugar todos os inimigos.
Nerkouwer observa: A sequencia de pensamento em 1Corintios 15.23 não é uma série: a ressurreição de Cristo seguida pela ressurreição dos crentes e finalmente pela ressurreição
Geral. A ênfase está sobre Cristo e o poder de sua ressurreição. A interpretação da sequencia epeita [...] eita [...] como uma referencia paulina ao milênio tem vestígios de ser muito influenciada por Apocalipse 20.
O que, pois, podemos aprender do contexto que dará a resposta sobre a extensão do intervalo assinalado pelo segundo “então”, o “então” do inicio do versículo 24?
1) O contexto maior das cartas de Paulo (e o Novo Testamento em geral) mostra-nos que “o fim” não pode ser separado da segunda vinda de Cristo. Por exemplo, note como o apostolo, no inicio dessa mesma carta aso Coríntios, concilia a revelação (apokalysis) de nosso Senhor Jesus Cristo, o fim e o dia de nosso Senhor Jesus Cristo: “...Enquanto vocês esperam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado. Ele os manterá firmes até o fim, de modo que vocês serão irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1. 7,8).
2) Olhando com mais atenção 1 Coríntios 15, nos versículos 24-26, aprendemos que Cristo destruirá a morte, “ o ultimo inimigo”, no “fim”. Esse será o ultimo ato de Cristo realizará quando colocar todos os inimigos debaixo de seus pés e “entregar o reino a Deus, o Pai”. Mas, observe que nos versículos 54 e 55, o apostolo Paulo uma vez mais fala da futura vitória sobre a morte. ...Então se cumprirá a palavra que está escrita: “a morte foi destruída pela vitória”. “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?”
Portanto, devemos concluir que a vitória sobre a morte ocorrerá na ressurreição dos crentes (v. 54), que, por sua vez, acontecerá na vinda de Cristo (v. 23), e que essa vitória se dará no “fim” (v. 24-26). Assim, outra vez o “fim” não pode ser separado da segunda vinda de Cristo. Por consequência, a força do “então”, no versículo 24, precisa ser aquela do “imediatamente então”.
O reino intermediário de Cristo alcança seu final culminante quando ele destrói o último inimigo, a morte, trazendo novamente seu povo à vida (v. 54 e 55), por ocasião de sua vinda (v. 23). Agora, se o “fim” acontece na vinda de Cristo, quando seu reino intermediário começa? O NT nos aponta claramente a ressurreição e glorificação de Cristo como o começo desse reinado (veja At 2.26; Ef 1.20-23; Fp 2.9-11; Hb 1.3; 10.12,13; 1Pe 3.21,22). Em Efésios 1.21 Paulo se vale das mesmas palavras gregas usadas em 1 Coríntios 15.24 (arché, exousia e dynamis) e, na mesma ordem: “muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio”. Essa passagem de Efésios também nos fala que foi quando Deus “ressuscitando-o dos morto” (v. 20), exaltou a Cristo para dar inicio a esse domínio e reinado.
Em 1 Coríntios 15.24-27, o apostolo alegra-se no domínio intermediário que Cristo está agora exercendo com o objetivo de pôr todos os inimigos sob seus pés. Esse reino será completado quando Cristo vier e “a última trombeta” assinalar o dia da ressurreição para o povo de Deus (15. 52). Quando Paulo fala claramente que Cristo um dia entregará o reino nas mãos do Pai (v. 24) “a fim de que Deus seja tudo em todos” (v. 28), ele não está contradizendo Pedro, que fala do “reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 1.11). devemos lembrar-nos que esse é especialmente o reino de Cristo de conquista sobre seus inimigos, que Paulo tem em vista em 1 Coríntios 15. Quando essa conquista estiver completa e todo inimigo for destruído, essa espécie particular de reino terá alcançado seu fim. A história redentiva terá atingido sua dramática conclusão; cada proposito divino terá sido cumprido; e o Filho entregará ao Pai o domínio intermediário, que lhe fora dado com o proposito de alcançar justiça perfeita e paz, a
Eterna shalom de Deus. CONTINUA NA PRÓXIMA POSTAGEM!

sábado, 17 de março de 2012

2 ANOS DE LUTAS E DE VITÓRIAS IPB DE JAGUARIBE/CE

2 ANOS DE LUTAS E DE VITÓRIAS IPB DE JAGUARIBE/CE
A Igreja Presbiteriana de Jaguaribe comemorou neste 16 de março, 2 anos de história. De acordo com o pastor local da igreja, Jeová Ananias, um dos principais objetivos da igreja é cumprir a ordem de Jesus Cristo de “ir e pregar o evangelho a toda criatura”. Na oportunidade foi realizados batismo e confissão de fé, e ainda a celebração da Santa Ceia. O oficiante foi o Rev. Ely Leite Pr. Da IPB na cidade de Pereiro no Ceará.
“Temos um legado histórico, quase que invejável dado a sua atuação como agência de anunciação da Palavra de Deus, através dos irmãos que tem se dedicado, estamos otimistas de que em breve estaremos construindo o nosso templo”, afirma Pr. Jeová Ananias e sua esposa Clarize. Ambos vem desenvolvendo um excelente trabalho naquela cidade.
Nestes 2 anos a Igreja começou a construção de uma nova história nesta cidade, bem planejado, que ainda está em fase de aperfeiçoamento, mas que está atendendo as expectativas de uma cidade em crescimento. “Neste ano de 2012 estamos recebendo o avanço missionário, como outras atividades que serão desenvolvidas em nossa Igreja”.
O Grupo de Comunhão acontece nos lares de membros da igreja e pessoas não crentes, com uma boa participação, inclusive de visitantes. “Resta-nos agradecer ao Senhor, pelas vidas alcançadas e transformadas pelo poder do Evangelho”, conclui Pr. Jeová Ananias.


terça-feira, 13 de março de 2012

O Milênio, porque eu creio que já estamos vivendo o Milênio. Parte 2

Por Pb. João Batista
4. O reino de Davi
Com relação às promessas feitas a Davi, podemos observar primeiramente que Lucas apresenta a vinda de Jesus como cumprimento dessas promessas (Lc 1.30-33); O reino do filho maior do que Davi deve ser um reino terreno, conforme prometido em 2 Samuel 7.16 e Isaias 9.6. Assim como a promessa a Abraão de uma terra perpétua não pode ser cumprida nesta atual terra amaldiçoada pelo pecado, assim também a promessa de um trono eterno para Davi não pode ser cumprida em nenhum ser mortal.
Continue lendo Lucas e você ficará impressionado com as imagens usadas por Maria (v. 46-55) e Zacarias (v. 67-69) em seus louvores a Deus por sua obra redentora. Veja por exemplo Lucas 1. 52-55, 69-67:
Derrubou governadores dos seus tronos, mas exaltou os humildes.
Encheu de coisas boas os famintos, mas despediu de mãos vazias os ricos.
Ajudou a seu servo Israel, lembrando-se da sua misericórdia para com Abraão e seus descendentes para sempre, como disse aos nossos antepassados.
Ele promoveu poderosa salvação para nós, na linhagem do seu servo Davi (como falara pelos seus santos profetas, na antiguidade), salvando-nos dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam—para mostrar sua misericórdia aos nossos antepassados e lembrar sua aliança, o juramento que fez ao nosso pai Abraão...

Voltando ao livro de Atos, como o apostolo Pedro vê o cumprimento da promessa de 2 Samuel 7. 16? Pela ressurreição de Jesus (veja At 2.31-31):
Esse apoteótico evento redentivo também é visto como cumprimento dos Salmos 2.7; 16.10; e de Isaias 53.3 (At 13. 32-37). Muito instrutivo a esse respeito é o registro do Concilio de Jerusalém. Feito em Atos 15. Lemos ai o relatório missionário que Paulo e Barnabé fizeram sobre sua viagem à Fenícia e Samaria, enquanto falavam perante o conselho de apóstolos e anciãos em Jerusalém (15. 3,4)—um surpreendente número de gentios convertidos por meio de sua pregação. Pedro, lembra à assembleia que em seu ministério também tem visto tanto gentios quanto judeus salvos “pela fé [...] pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo” (15. 9-11). Quando Tiago fala (15. 13-21), ele aponta para a profecia de Amós 9. 11,12 como a chave para entender esse surpreendente fenômeno de Graça.
Mas a interpretação “literal” dessa passagem não pode estar correta. Se essa tivesse sido a força da invocação de Amós por parte de Tiago, isso teria feito o argumento do apostolo irrelevante para o assunto em discussão. Nessa interpretação, Tiago declarou ao conselho que eles não deveriam ficar confusos ou perturbados pelo relatório de Simão Pedro acerca dos gentios trazidos a Deus, porque os profetas haviam predito que era exatamente isso o que aconteceria durante o milênio. Um ancião presente nesse concilio poderia muito bem ter respondido: “Está tudo muito certo, Tiago, mas o que estamos buscando é uma compreensão escrituristica do que está acontecendo na igreja agora”.
E é exatamente isso que Tiago diz a eles e a nós pelo Espirito. Ele vê Amós 9. 11,12 sendo cumprido justamente ante seus olhos, por assim dizer. As palavras introdutórias “depois disso” devem ser entendidas a partir da perspectiva do exilio.
Do ponto de vista da percepção a nós provida pela interpretação correta da profecia veterotestamentária, essa passagem realmente é muito importante, pois observa bem o que está acontecendo aqui:
A aplicação profética de Tiago encontra o cumprimento de sua primeira parte (a reconstrução do Tabernáculo de Davi) na ressurreição e glorificação de Cristo, o Filho de Davi, e na constituição de seus discípulos como o novo Israel, e o cumprimento de sua segunda parte na presença de crentes gentios bem como judeus na igreja.
Podemos dizer que Tiago, o irmão de nosso Senhor e principal ancião da igreja de Jerusalém, estava “espiritualizando” a profecia do AT de um modo perigoso ou mórbido? Claro que não. Então como pode tal acusação ser dirigida aos amilenaristas, quando eles buscam compreender a profecia do AT, precisamente da mesma maneira cristocentrica adotada por Tiago?
5. O templo de Deus
Uma imagem conclusiva e tipologicamente rica na tapeçaria do AT é a do templo de Deus. Nesse ponto podemos ser breves. O tema principal no quadro profético do que Deus prometeu fazer nos dias do Messias é o fato de que ele restauraria ao seu povo as bênçãos anteriores. Mas essa não é toda a historia. Não só no NT, mas nos próprios profetas do AT, é revelado que o cumprimento das bênçãos da nova aliança excederia em muito aquelas que o povo de Deus conhecera no auge da antiga aliança.
Não só o remanescente reunido de Israel e Judá deve ser resgatado (Sl 11. 13; Ez 37.15-22; Os 1. 11; 3.5). Os gentios também estão incluídos (Is 2.2-4; Mq 4.1-3). Os desterrados de outras nações são reunidos com os cativos de Israel (Is 56.6-8). Dentre os gentios recolhidos, Deus escolherá sacerdotes e levitas (Is 66.21).
A chave para o cumprimento dessas maravilhosas promessas é a vinda de Cristo. O próprio Jesus declarou: “Aqui está o que é maior do que o templo” (Mt 12.6). Jesus falou da reconstrução do templo após três dias (Jo 2. 19-22), e João nos diz que Jesus estava se referindo a si mesmo. Jesus fala da sua ressurreição como o reerguimento do templo, não por causa de o corpo de alguém ser simbolizado por um templo, mas porque ele é o verdadeiro templo de Deus.
Tudo aquilo que o templo significa, então, é cumprido em Jesus Cristo: a habitação da gloria de Deus no santuário; a provisão do sacrifício expiatório no portão; a reunião da congregação onde os louvores e orações de Israel ascendem da santa festividade; a corrente água da vida que vem do limiar da casa—são todas realidades em Cristo.
Uma vez que Cristo é o verdadeiro templo, não devemos procurar por outro. Quando foi dada ao apostolo João a visão apoteótica de um novo céu e uma nova terra, e da “Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido” (Ap 21. 2), ele relata: “Não vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o seu templo” (21. 22). Nenhum outro fundamento pode ser lançado, além do que já foi posto (1Co 3. 11). Nenhum outro templo pode ser levantado sobre esse fundamento, senão o que já foi erguido, e no qual todos os santos de Deus, judeus e gentios, estão edificados como pedras vivas (Ef 2. 19-22; 1Pe 2. 5).
Esse é o ensino claro do apostolo Paulo em Romanos 11.7—“Israel não conseguiu aquilo que tanto buscava, mas os eleitos o obtiveram.” E essa não é nada menos do que a plenitude da salvação de Deus em Jesus Cristo, em quem a promessa da aliança de Emanuel é preeminente e finalmente cumprida: “Serei o Deus deles e eles serão o meu povo” (Jr 31. 33).
6. A segunda vinda de Cristo o ponto final da história redentiva
O AT não ensina um futuro reino milenar de Cristo. Os profetas veterotestamentarios falam uniformemente sobre o reino perene do Messias e suas bênçãos perpetuas. Com respeito à revelação do NT em relação ao futuro, porém, temos de dizer mesmo mais que isso. O NT não apenas não ensina o futuro reino milenar—como faz sobre a segunda vinda de Cristo—como também não considera um reino milenar terreno em seguida ao retorno de Cristo, porque o NT revela claramente que os eventos seguintes a ele são todos simultâneos, isso é, ocorrerão juntamente em um grupo de eventos finais, um grande e dramático encerramento da história da redenção: a segunda vinda de Cristo, a ressurreição dos crentes (e a “transformação” dos crentes vivos, 1Co 15. 51), a ressurreição dos ímpios, o julgamento de todos, o fim, os novos céus e a nova terra, e a inauguração do reino final de Deus, a bendita condição eterna dos resgatados.
Porque isso é assim, a Bíblia tem de ser mal interpretada artificialmente, de forma a ajustar-se a um período milenar depois do retorno de Cristo, separando a ressurreição dos ímpios da ressurreição dos justos, o julgamento dos crentes, e a renovação cósmica (um novo céu e uma nova terra) da vinda de Cristo. Em nosso estudo das muitas passagens do NT, que faremos a seguir, o nosso ponto principal é a ocorrência de todos esses temíveis eventos finais. Examinaremos muitos detalhes para chegar a conclusões, mas será importante não trocar a floresta pelas árvores. Quando a concorrência de todos esses eventos finais é reconhecida, o quadro escatológico resultante é simples. Alguns veem essa simplicidade como uma fraqueza do amilenarismo. Mas não devemos confundir simplicidade com superficialidade de ou perplexidade com profundidade. Temos espaço para considerar apenas uma amostra da revelação do NT. João 5. 28,29, Escute o que nosso Senhor diz:
Não fiquem admirados com isso, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados.
O apóstolo Paulo apresenta o mesmo ensinamento quando disse ao governador Félix que ele tem a mesma esperança em Deus que seus acusadores judeus “de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos” (At 24. 15). Observe o singular “ressurreição”. Posteriormente, consideramos 1Corintios 15. 22-24 e Apocalipse 20.5, para determinar se esses textos exigem de nós s busca de uma alternativa à leitura natural dessas afirmações de nosso Senhor e de seu apóstolo. 2Tessalonicenses 1. 5-10
Nessa passagem, o apóstolo Paulo dirige palavras de conforto e encorajamento à igreja: Elas dão prova do justo juízo de Deus e mostram o seu desejo de que vocês sejam considerados dignos do Reino, pelo qual vocês também estão sofrendo. É justo da parte de Deus retribuir com tribulações aos que lhes causam tribulação, e dar alivio a vocês, que estão sendo atribulados, e a nós. Isso acontecerá quando o Senhor Jesus for revelado lá dos céus, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes. Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do
Seu poder. Isso acontecerá no dia em que ele vier para ser glorificado em seus santos e admirado em todos os que creram inclusive vocês que creram em nosso testemunho.
Será que esse quadro gráfico é compatível com o conceito do pré-milenarismo sobre um futuro julgamento dividido? Note que será um e ao mesmo tempo que 1) Deus retribuirá “tribulações aqueles que causaram tribulações” aos crentes de Tessalonica, e “punirá os que não conhecem a Deus e não obedecem ao evangelho de nosso Senhor”, e que 2) Deus dará “alivio a vocês que sendo atribulados, e a nós também”. É típico das referencias bíblicas concernentes a esse maravilhoso evento de consumação, que ele seja abordado aqui de várias maneiras, alertando-nos para o fato de que o NT, com frequência, descreve o mesmo evento, ou grupo de eventos, de diferentes pontos de vista.
1) Esse duplo julgamento será dosado por Deus, “quando o Senhor Jesus for revelado lá dos céus, com seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes”. Assim aprendemos que o alivio dos crentes será recebido no retorno visível de Cristo.
2) Isso ocorrerá quando Cristo “vier para ser glorificado em seus santos e admirado em todos os que creram, incluindo vocês que creram em nosso testemunho”. O tempo no qual Cristo será glorificado em seus santos e admirado por todos os que creram, quando chamar à vida aqueles que morreram nele, e levar todos os crentes a encontrá-lo no ar, a fim de estarem para sempre com ele (1Ts 4. 15-18).
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SEMINÁRIO EVANGELÍSTICO

quarta-feira, 7 de março de 2012

O Milênio, porque eu creio que já estamos vivendo o Milênio.

Extraido da coleção DEBATES TEOLÓLICOS. Robert B. Strimple
Por Pb. João Batista de Lima
Introdução:
A palavra “escatologia” provém das palavras gregas para “as últimas coisas” (eschatos) e “estudo” (logos), mas precisamos reconhecer que sob a ótica dos escritores do Novo Testamento, os “últimos dias” da história redentiva foram inaugurados pela ressurreição e glorificação de Cristo, e o derramamento do Espirito Santo (At 2.16-21, “os últimos dias”; 1Co 10.11, “o fim dos tempos”; Hb 1.1,2, “nestes últimos dias”; 1Pe 1.20, “nestes últimos tempos”). Um sumario plenamente adequado da escatologia Bíblica precisa considerar o ensino de toda a Bíblia!
Quero focalizar dois fatores essenciais : 1) a instrução que recebemos do Novo Testamento com relação à interpretação correta da profecia do AT, e 2) o ensino do NT referente à segunda vinda de Cristo e os eventos que a acompanharão. Sob esse pano de fundo, veremos então duas passagens consideradas com frequência como de especial significado: Romanos 11 e Apocalipse 20.1-10.
Cristo: O Tema da profecia do Antigo Testamento
No AT existe passagens que falam sobre um tempo vindouro de paz mundial e justiça, uma época quando o templo será reconstruído; o sacerdócio, restabelecido, e os sacrifícios, novamente oferecidos (por exemplo, Sl 72.7-11; Is 60.10-14; Ez37.24-28; 40-48). Os pré-milenaristas insistem que essas passagens devem ser interpretadas “literalmente” (exatamente o que se requer em cada ponto é uma é uma questão debatida entre eles), e que elas se referem às condições que ocorrerão no milênio, o reino milenar que Jesus estabelecerá na terra em sua segunda vinda, com sua capital em Jerusalém, o templo reconstruído, o sacerdócio restabelecido, os sacrifícios de animais novamente oferecidos, e o trono de Davi outra vez erigido. A cada sábado, Cristo, o príncipe, adentrará o tempo pelo portão oriental, enquanto os sacerdotes oferecem em holocausto seis cordeiros sem mancha e um carneiro, como também as ofertas de comunhão (Ez 46).
À medida que lemos o NT, entendemos que os profetas do AT falaram das glórias do tempo messiânico—aquela era inaugurada por Cristo e na qual a igreja agora vive—em termos de sua própria era das bênçãos religiosas do povo de Deus da época da antiga aliança.
Para comunicar ao povo de Deus que vivia sob a antiga aliança, os profetas inspirados pelo Espirito falaram das bênçãos que Deus derramaria sob a nova aliança em termos de imagens tipológicas familiares aos santos da antiga aliança. E com respeito a qualquer tipo—quer seja ele um sacrifício, uma festa, o templo, quer a terra--,quando a realidade é apresentada, a sombra desaparece. E não desaparece para ser restaurada no futuro, mas porque foi cumprida em Jesus Cristo! Vemos no NT o verdadeiro significado de todos os tipos do AT, e a figura central na profecia bíblica é o Senhor Jesus Cristo. Cristo, e não o povo Hebreu, é o tema dos profetas do AT
1. O verdadeiro Israel
O verdadeiro Israel é Cristo. Ele é o Servo sofredor do Senhor, aquele que é—maravilha das maravilhas—o próprio Deus! Retorne, por exemplo, a Isaias 41. Por certo o Santo do AT,
Quando estudava o “cântico do servo” de Isaias, ficava confuso. Comentaristas judeus atuais ficam embaraçados. Ali Israel é chamado por Deus de seu escolhido (41.8,9). Mas, no capitulo 42, versículo 1-7 o Senhor diz algo sobre o Servo: Isaias 42.1-7.
Isso se refere a uma nação que é vista como serva do Senhor, ou trata-se de um individuo, o Messias? Sabemos como esses versículos de Isaias 42 são interpretados nos Evangelhos—como cumpridos em Jesus Cristo. Note, porém, como Isaias prossegue em 44.1,2; 45.4: Leiamos:
Se continuássemos lendo Isaias, veríamos o movimento de um lado para outro e a causa da perplexidade—declarações evidente de que a nação de Israel é a serva do Senhor, mas também sugestões veladas de que o servo é um individuo. Dado que Cristo é o verdadeiro Israel, a verdadeira semente de Abraão, nós que estamos em Cristo pela Fé operação de seu Espirito, somos o verdadeiro Israel, o Israel da fé, e não meros descendentes naturais, Paulo escreve em Gálatas 3.7-9, 26,27,29> Leiamos:
Muitas vezes, ao meditarmos sobre essa maravilhosa verdade, omitimos esse importantíssimo elo, que é o próprio Cristo, na corrente da redenção. Dizemos: “Sim, a nação de Israel era o povo de Deus na antiga aliança. Agora, na nova aliança, a igreja cristã é o povo de Deus”. O texto de Hebreus 8 e 10 apresenta grande dificuldade aos interpretes pré-milenaristas (conduzindo a uma variedade de explicações), porque o escritor cita ali a profecia da nova aliança de Jeremias 31.31-34, e parece dizer claramente que a nova aliança profetizada por intermédio de Jeremias é o melhor porque está fundamentada em melhores promessas, das quais nosso Senhor Jesus Cristo é o mediador (8.6), e que está em vigor agora, trazendo, bênçãos a judeus e gentios. Muitos pré-milenaristas, entretanto, insistem em que essa nova aliança não é cumprida (pelo menos não plenamente) como aliança divina com sua igreja agora, mas será realizada durante o milênio. Por quê? Porque Deus diz em Jeremias (também citado em Hebreus 8.8) que essa nova aliança será feita “com a casa de Israel e com a casa de Judá”. Os judeus, em sua maioria, não estão usufruindo os benefícios da nova aliança agora. Mas não há uma boa razão para nos embaraçarmos com essa passagem. Sim, a nova aliança é feita “com a casa de Israel e com a casa de Judá”. Louvado seja Deus porque em união com o Filho de Deus, o verdadeiro Israel, somos membros dessa casa. O apóstolo Paulo escreve em Filipenses 3.3: “Pois nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos pelo Espirito de Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus e não temos confiança alguma na carne”.
2. Canaã, a terra prometida.
Aprendemos no NT que Canaã, a terra da promessa, não era senão um tipo da mais plena e rica herança que é de Abraão e de todos os seus descendentes em Cristo: todo o mundo, céus e terra, renovados e restaurados em justiça (2Pe 3.13), como o lar divino da nova raça de homens e mulheres em Cristo Jesus, o segundo Adão.
Em Romanos 4.13, por exemplo, lemos: “Não foi mediante a Lei que Abraão e a sua descendência receberam a promessa de que ele seria herdeiro do mundo [gr. Cosmos], mas mediante a justiça que vem da fé”. Onde, no AT, você encontra a promessa a que Paulo se refere aqui? Em nenhuma parte, se você insistir no sentido literal estrito. Mas você a encontra em Gênesis 17.8 (toda a terra de Canaã [...] darei como propriedade perpétua a você e a seus descendentes”), se você entende que essa é a interpretação apostólica inspirada da promessa do AT que Paulo está nos fornecendo aqui. O ponto a ser lembrado sempre é que essa é uma interpretação apostólica inspirada, oficial e normativa para nós.
3. A santa cidade de Jerusalém
Quando pensamos sobre o que o NT diz com respeito à santa cidade de Jerusalém, o texto de Hebreus 12.18-24 nos vem imediatamente à mente: “Vocês não chegaram ao monte que se podia tocar [...] Mas vocês chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo [...]” Talvez tenhamos lido os versículos 18-21 desse capitulo pausadamente, dando um profundo suspiro de alivio e pensando: “Estou muito feliz por não ir a uma montanha como aquela! Eu muito não poderia possui-la. Essa é uma questão muito séria. Aquela foi uma cena terrível. Fogo, escuridão, nuvens e tormenta; o som da trombeta, a própria voz de Deus, morte para um passo em falso. O próprio Moisés, o líder com quem Deus havia falado face a face, estava com medo”.
Mas se reagirmos dessa maneira, deixamos escapar o ponto essencial do argumento do escritor. Ao continuarmos a leitura (v.22-29), vemos que seu ponto é—se a realidade da experiência inaugurativa da antiga aliança foi tão apavorante e a penalidade por considera-lo levianamente e desrespeitar as advertências do Deus que lhes falou desde o Sinai—era coisa realmente séria, quão mais temível é a experiência do cristão da nova aliança. Maiores ainda serão as consequências eternas de voltar às costas para Deus, o qual revelou-se a si mesmo muito mais plena e claramente em seu Filho, o mediador da nova aliança. Não viemos a uma montanha criada—e isso era tudo o que o monte Sinai representava naquela assustadora ocasião da entrega da nova aliança. Não chegamos ao lugar santíssimo no tabernáculo ou do templo terreno. Viemos ao verdadeiro Lugar Santíssimo, à presença do próprio Deus! Viemos ao trono celestial de Deus, o verdadeiro e eterno monte Sião.
Agora, em certo sentido, estamos ainda esperando pela Jerusalém celestial. “Mas buscamos a [cidade] que há de vir” (Hb 13.14). o dia da consumação, a plena manifestação da Jerusalém celestial, ainda está à frente (Ap 21). Agradecemos, porém, a Deus porque em um sentido preliminar, mas real, chegamos já a essa cidade. “Mas vocês chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo” (Hb 12.22).
Pense na ênfase de Joao sobre o “verdadeiro” em seu evangelho. Jesus é a videira verdadeira, a verdadeira luz, o verdadeiro pão, o verdadeiro caminho e a verdadeira porta. Jesus é a realidade para a qual apontavam a videira na parede do templo, a luz do candelabro e o pão consagrado no santuário.
Também pense sobre como Paulo fala da verdadeira Jerusalém em Gálatas 4.25,26: “Hagar representa o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à atual cidade de Jerusalém, que está escravizada com os filhos. Mas a Jerusalém do alto é livre, e é a nossa mãe”.
Em Apocalipse 14.1, Joao vê o cordeiro “sobre o Monte Sião”. As antigas profecias de Isaias 2.2-4 e Malaquias 4.1-3 de “Muitos povos” de “todas as nações” fluíram para Jerusalém, não serão cumpridas durante o futuro milênio por peregrinações terrenas a uma cidade da terra. Louvado seja Deus porque essa bendita profecia está sendo cumprida agora, quando homens e mulheres de toda tribo de face da terra invocam o nome do Rei de Sião, e se tornam cidadãos da “Jerusalém do alto”, a mãe de todos os que estão em Cristo pela fé. Assim, é significativo que Jesus não leva a mulher que encontrou junto ao poço, do monte Gerizim (lugar onde os Samaritanos adoravam). Antes, Cristo a leva a ele próprio. Observe novamente a ênfase sobre o “verdadeiro” em João 4. 23-26. O verdadeiro templo da verdadeira Jerusalém fornece a água viva e verdadeira. Foi dada ao profeta Ezequiel (Ez 47.9). A visão da água fluindo do templo, do lado sul do altar, de forma que “onde o rio fluir tudo viverá” (4.7). A mulher de Samaria, porém, não recebeu uma visão ou fotografia, mas a realidade. Jesus diz (João 4.10,14): quando pensamos no significado de Jerusalém como a capital divinamente escolhida do povo da aliança, também cogitamos a respeito do trono de Davi e do templo.
continua na próxima postagem!